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 Cada ser humano é um poço de contradições. Alinhar palavras e atitudes é um exercício constante, muitas vezes exaustivo. Quando uma contradição nos incomoda intimamente, é preciso treinar antes de naturalizar ações afinadas com nossos pensamentos. Faz parte do crescimento pessoal.
Contradições também abundam na vida em sociedade. E o mercado financeiro não está imune a elas. Longe disso. São incontáveis os exemplos disponíveis para aprendermos a melhor hora de comprar ou vender um ativo.
Muitas vezes, no entanto, o medo de perder uma oportunidade que passou e ficou cara ou a necessidade de resgatar um investimento fora da hora planejada induzem o investidor a decisões desalinhadas com suas ideias ou estratégias.
O bom da vida é que ela frequentemente proporciona novas oportunidades em meio a tantas contradições.
O momento atual dos mercados financeiros é um exemplo. O cenário de juros altos, crise fiscal, guerra comercial e incertezas geopolíticas tende a afastar os investidores dos ativos de risco.
Ao mesmo tempo, há meses analistas avisam que a bolsa brasileira está barata e uma virada pode acontecer a qualquer momento.
É válido ponderar que o mercado local não chegou a essa situação à toa. Existem boas razões para isso. Além disso, o que está barato sempre pode ficar ainda mais barato.
Isso não significa que não existam boas oportunidades em ações. Quem está de olho nisso é Pedro Rudge, sócio-fundador da Leblon Equities, gestora com cerca de R$ 1 bilhão sob sua administração.
A questão é: vale a pena entrar na bolsa agora?
“Quando todos acreditam que investir na bolsa é ruim, é sinal de que os preços estão muito deprimidos”, disse Rudge em entrevista ao Vinícius Pinheiro.
Segundo ele, as ações da carteira da Leblon têm potencial para duplicar ou triplicar de valor nos próximos anos. A seu favor, Rudge tem o retrospecto de gerir um fundo que rendeu o dobro do Ibovespa desde seu lançamento, no furacão da crise de 2008.
A íntegra da entrevista você confere aqui.
Enquanto isso, os mercados internacionais amanheceram no vermelho em dia de novos indicadores de inflação e atividade econômica nos EUA e no Brasil.
Por aqui, os investidores repercutem os desdobramentos da guerra comercial e a temporada de balanços, com destaque para o resultado da Casas Bahia. |
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| O que você precisa saber hoje |
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IPCA-15 DISPARA: ONDE INVESTIR? POWERED BY EQI |
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VALORIZAÇÃO EXPRESSIVA
Ações da Casas Bahia dobram de valor antes do balanço do 4T24 — e short squeeze pode estar por trás do salto de BHIA3. Segundo analistas da Genial Investimentos, houve um aumento dos custos para manter posição vendida em papéis da Casas Bahia e do Magalu desde fevereiro.
NÃO É TÃO RUIM QUANTO PARECE
Por que o Santander cortou preço-alvo de Assaí (ASAI3), mas continua otimista com a ação. Fundamentos sólidos e geração de caixa são pontos positivos para a tese de investimentos, mas redução da alavancagem pode ser prejudicada pela Selic mais alta.
DENTRO DO ESPERADO
O lado bom do IPCA ruim: inflação acelera em fevereiro, mas reforça visão de que Galípolo e Campos Neto acertaram com a Selic. IPCA acelera de +0,16% em janeiro para +1,31% em fevereiro e inflação oficial atinge o nível mais alto para o mês em 22 anos.
NEM É COISA DE CINEMA
As Sete Magníficas viraram as Sete Malévolas: Goldman Sachs corta projeções para a bolsa dos EUA. O banco reduziu as previsões para o S&P 500, o índice mais amplo da bolsa de Nova York, citando preocupações com o grupo formado por Amazon, Alphabet, Apple, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla.
DIÁRIO DOS 100 DIAS
Brasil contra Trump, aço versus ovo: muita calma nessa hora. Enquanto o governo Lula lida com as tarifas sobre o aço e o alumínio que entraram em vigor na quarta-feira (12), se prepara para aumentar as exportações de ovos para os EUA, que também sofrem com aumento de preços.
IR 2025
Receita divulga as regras do Imposto de Renda 2025; saiba quem precisa declarar e o que mudou neste ano. Prazo para a entrega vai de 17 de março a 30 de maio, mas a declaração pré-preenchida só ficará disponível a partir de 1 de abril. |
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| MAIS SOBRE O AUTOR
Ricardo Gozzi É jornalista e escritor. Passou quase 20 anos na editoria internacional da Agência Estado antes de se aventurar por outras paragens. Escreveu junto com Sócrates o livro 'Democracia Corintiana: a utopia em jogo'. Também é coautor da biografia de Kid Vinil.
COLABORAÇÃO
Dani Alvarenga
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