Segunda-feira, 09/06/2025 | | | |  | Haddad se reuniu com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e líderes da Câmara | Reprodução/Youtube |
| Haddad anuncia acordo por IOF; EUA e China negociam tarifas; Focus mantém perspectiva de juros | | | Bom dia, investidor, Veja os destaques desta segunda (9): - Haddad anuncia acordo para reduzir IOF
- Tarifas: reunião entre China e EUA busca aliviar tensões
- Inflação dá o tom da semana no Brasil e nos EUA
- Mercado mantém Selic em 14,75% ao ano e adia expectativa de corte
Haddad anuncia acordo para reduzir IOF - Após reunião com líderes do Congresso no domingo (8), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o decreto editado no fim de maio será revisto.
- A medida original previa arrecadar R$ 19,1 bilhões neste ano. Agora, com a revisão e eliminação de alíquotas, esse valor deve cair para R$ 7 bilhões -- uma redução de 63%.
- Para compensar a perda, a equipe econômica vai mirar em outras frentes: aumento de impostos sobre apostas online, fintechs e investimentos atualmente isentos. Entre as mudanças previstas está uma Medida Provisória que eleva a alíquota sobre o faturamento das empresas de apostas de 12% para 18%. O governo também pretende acabar com isenções sobre determinados títulos de renda fixa.
- Ainda não há uma projeção oficial de arrecadação com essas novas medidas, que devem ser detalhadas por Haddad nesta segunda-feira (9).
- A negociação com o Congresso segue em curso, e o presidente Lula precisa dar a palavra final.
Tarifas: reunião entre China e EUA busca aliviar tensões- Representantes comerciais dos Estados Unidos e da China se reúnem nesta segunda-feira (9), em Londres. O encontro tenta consolidar o acordo provisório firmado em maio, que reduziu tarifas bilaterais após meses de escalada comercial.
- Apesar da trégua, persistem barreiras significativas: os EUA mantêm restrições à exportação de tecnologias sensíveis, como motores a jato e softwares para chips, enquanto a China reluta em liberar exportações de terras raras, insumos essenciais para a indústria americana.
- O presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder chinês Xi Jinping trocaram declarações conciliatórias na semana passada, mas a desconfiança mútua permanece. Se não houver avanço concreto, o risco de uma nova rodada de tarifas pode crescer -- elevando a volatilidade global e pressionando cadeias de suprimentos.
Inflação dá o tom da semana no Brasil e nos EUA- A agenda econômica da semana será dominada pelos dados de inflação.
- No Brasil, o IPCA de maio será divulgado na terça-feira (10), com projeções apontando para uma alta moderada, puxada por energia elétrica e compensada pela queda nos preços dos alimentos. A prévia (IPCA-15) veio em 0,36%, abaixo da expectativa do mercado e do resultado de abril.
- Nos EUA, o índice de preços ao consumidor (CPI) será divulgado na quarta-feira (11). O mercado espera estabilidade, com inflação anual próxima de 2,3% e núcleo (sem alimentos e energia) em torno de 3,3%. Mesmo sem aceleração, os preços de serviços como aluguel e saúde seguem pressionando.
- Ambos os indicadores serão decisivos para as próximas decisões de política monetária, tanto do Banco Central do Brasil quanto do Federal Reserve, influenciando expectativas sobre cortes de juros nos próximos meses.
Mercado mantém Selic em 14,75% ao ano e adia expectativa de corte - Apesar da desaceleração gradual da inflação e da leve alta na projeção do PIB para 2025 (de 2,13% para 2,18%), o mercado financeiro continua prevendo que a taxa Selic encerrará o ano em 14,75% ao ano. É o que mostra o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (9).
- A resistência do mercado em revisar a Selic para baixo reflete a combinação de incertezas fiscais, inflação ainda acima da meta (projeção de 5,44% para o IPCA em 2025) e dúvidas sobre a eficácia das medidas de arrecadação anunciadas pelo governo.
- Na prática, a perspectiva de juros elevados por mais tempo segue como um freio relevante para o crédito, o consumo e os investimentos produtivos.
Veja o fechamento de dólar e Bolsa na quarta (14): - Dólar: -0,28%, a R$ 5,57.
- B3 (Ibovespa): -0,10%, aos 136.102,09 pontos.
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