Preços ao produtor nos EUA, guerra comercial e questão fiscal brasileira pautam o dia

Ministério do Planejamento propôs corte de R$ 7,7 bilhões no Bolsa Família

Quinta-feira, 13 de Março de 2025Tempo de leitura: 05 minutos   Bom dia, Investidor! Resumo do Editor Depois de o índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos subir menos do que o esperado pelo mercado, hoje é dia de divulgação da inflação ao produtor. O que todo mundo quer saber é se as sobretaxas de importação já estão impactando os preços. Ontem, começaram a valer as tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio pelos Estados Unidos. O governo brasileiro avalia tomar medidas na OMC e, amanhã, se reunirá com representantes da indústria para tratar do assunto. O mercado acompanha também o impacto de medidas que possam afetar a questão fiscal brasileira. Ontem, o Ministério do Planejamento encaminhou ao Congresso proposta de redução de R$ 7,7 bilhões no Bolsa Família no Orçamento deste ano. Por outro lado, o Auxílio-Gás terá R$ 3,3 bilhões adicionais. 🔓 CONTEÚDO EXCLUSIVO PARA ASSINANTES 🔓 Duplo desconto em Fundos Imobiliários Em uma conjuntura repleta de incertezas e com uma política monetária bastante restritiva, o conceito de duplo desconto tem ganhado relevância no mercado de Fundos Imobiliários, especialmente no segmento de Fundos de Fundos (FOFs). Essa dinâmica ocorre quando há uma dupla defasagem entre os preços de negociação e o valor patrimonial dos ativos envolvidos. Em um cenário de maior aversão ao risco e desvalorização dos FIIs, essa estrutura pode tanto representar uma oportunidade de compra para investidores estratégicos quanto um desafio para gestores e cotistas. O duplo desconto ocorre em dois níveis: Desconto no próprio FOF: o fundo que investe em cotas de outros FIIs pode estar negociando abaixo do seu valor patrimonial. Desconto nas cotas dos FIIs investidos: os FIIs que compõem a carteira do FOF também podem estar sendo negociados com desconto em relação ao seu valor patrimonial. Na prática, isso significa que um investidor que adquire cotas de um FOF pode estar acessando um portfólio de ativos imobiliários a um preço significativamente inferior ao seu valor contábil... ACESSE O CONTEÚDO COMPLETO Mercado acompanha PPI americano e discussões sobre Orçamento de 2025 do Brasil Depois de o índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos apresentar alta de 0,2%, em fevereiro, e elevação de 2,8%, em 12 meses, hoje é dia de divulgação da inflação ao produtor (PPI). O mercado estima aumento mensal de 0,3% do PPI e incremento anual de 3,3%. Mas o que todo mundo quer saber mesmo é se as sobretaxas de importação já estão impactando os preços. Ontem, com o CPI abaixo do esperado, houve arrefecimento dos temores de uma estagflação americana. Às 8h28, os indicadores futuros de Wall Street caiam: Nasdaq perdia 0,47%, Dow Jones desvalorizava 0,19%, e S&P 500 desvalorizava 0,28%.  A guerra tarifária entre os Estados Unidos e seus parceiros comerciais segue no radar de investidores. Ontem, começaram a valer as tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio pelos Estados Unidos, e o cancelamento dos acordos de cotas de produtos. O governo brasileiro avalia tomar medidas na Organização Mundial do Comércio (OMC). Amanhã, haverá reunião entre o governo e representantes da indústria para tratar do assunto. No ano passado, as exportações brasileiras de aço e alumínio somaram US$ 3,3 bilhões. O Brasil responde por 6% do que os Estados Unidos importam de aço semiacabado (placas). Por outro lado, é o terceiro maior importador do carvão siderúrgico americano. Ontem, União Europeia e Canadá divulgaram retaliações comerciais contra os Estados Unidos por conta das sobretaxas de aço e alumínio.  Às 8h21, as bolsas da Europa operavam no azul majoritariamente: CAC 40 (Paris) tinha leve alta de 0,04%, Euro Stoxx 600 avançava 0,26%, e FTSE 100 (Londres) valorizava 0,19%. Apenas DAX (Frankfurt) recuava 0,43%. Na Ásia, região muito dependente de exportações de produtos, as preocupações com as sobretaxas americanas prosseguem. Xangai desvalorizou 0,39%, Nikkei teve leve queda de 0,08%, Kospi registrou ligeiro recuo de 0,04%, e Hang Seng perdeu 0,58%. Em Dalian, o preço da tonelada do minério de ferro avançou 0,45%, para US$ 107,68. Na agenda doméstica, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulga, nesta manhã, a pesquisa mensal de serviços referente a janeiro. Há expectativa de queda de 0,2% na comparação com dezembro. O mercado acompanha também o impacto de medidas que possam afetar a questão fiscal brasileira. Ontem, o Ministério do Planejamento encaminhou ao Congresso Nacional proposta de redução de R$ 7,7 bilhões no Bolsa Família no Orçamento deste ano. Por outro lado, o Auxílio-Gás terá R$ 3,3 bilhões adicionais. Após o fechamento do mercado, saem os balanços de Magalu, Natura, LWSA, Prio, Eletrobras, Eztec e Vittia. Ibovespa sobe 0,29%, e dólar fecha com leve queda de 0,07% O Ibovespa subiu 0,29%, ontem, para 123.866 pontos, interrompendo a sequência de duas altas consecutivas. O dólar teve leve baixa de 0,07%, para R$ 5,8077. Em fevereiro, a inflação oficial brasileira subiu 1,31%, conforme previsto. Para ficar de olho 👀 Sobretaxa às importações de aço: O day after da tarifa de 25% imposta pelo governo americano ao aço deixa o setor siderúrgico brasileiro em choque; medida afetou bem mais da metade das exportações de aço do País. Leia mais. Margem Equatorial: Ibama dá três meses para Petrobras concluir limpeza de navio-sonda de bloco na Foz do Rio Amazonas; equipe de mergulhadores que fará a remoção dos corais  deverá ser orientada por profissional técnico habilitado. Saiba mais. Previsão de investimentos: Baixa confiança, dólar alto, crise global e incertezas fazem empresas reverem Capex; gastos de 40 grupos em ativos fixos caíram de 10,4% do faturamento em 2023 para 9% em 2024. Entenda. Desempenho do AAZQ11: Fiagro registra lucro de R$ 2 milhões em fevereiro, com alta de 66,67% em relação ao resultado de janeiro; carteira está 87% alocada em ativos do agronegócio, com predominância de CRAs (57,7%) e FIDCs (25,1%). Veja mais. Proventos do IBBP11: Fundo imobiliário confirmou o pagamento de R$ 0,0714 por cota em dividendos a ser feito em 19 de março; com a cotação atual de R$ 8,75, o rendimento mensal dos proventos foi de 0,82%. Entenda. Gostou desta edição? 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