Bom dia, investidor, Confira os destaques desta segunda (4): - Brasil: Caged de junho deve confirmar ritmo sólido na geração de empregos formais
- EUA e Brasil: tensão comercial ganha novo capítulo com troca de recados entre Trump e Lula
- Temporada de balanços: Copasa, BB Seguridade, Pague Menos e Tegma revelam desempenho no 2º tri
Brasil: Caged de junho deve confirmar ritmo sólido na geração de empregos formais - O Ministério do Trabalho divulga hoje, às 14h30, os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) referentes a junho de 2025. A expectativa é de mais um resultado positivo, com a criação líquida de cerca de 175 mil postos com carteira assinada no mês, número que, se confirmado, superará o saldo de maio (148.992 vagas) e consolidará o bom desempenho do mercado de trabalho neste primeiro semestre.
- Segundo dados acumulados até maio, o Brasil já criou 1.051.244 empregos formais em 2025, com saldos positivos em todos os grandes setores da economia. O destaque continua sendo o setor de serviços, responsável por boa parte das novas contratações, seguido por indústria, construção, agropecuária e comércio.
- O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, antecipou que os números "serão bons", reforçando a percepção de que o mercado de trabalho segue dinâmico, mesmo diante de um cenário macroeconômico que combina juros reais elevados, crédito mais restrito e certa desaceleração na atividade.
- Na semana passada, o Copom (Comitê de Política Monetária) manteve a taxa Selic em 15% ao ano e afirmou, em comunicado, que "o mercado de trabalho segue mostrando resiliência", embora haja sinais de moderação no ritmo de crescimento econômico.
EUA e Brasil: tensão comercial ganha novo capítulo com troca de recados entre Trump e Lula- Na última sexta-feira (1), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, surpreendeu ao se referir diretamente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante uma conversa com repórteres nos jardins da Casa Branca. "Lula pode me ligar quando quiser", afirmou Trump, ao ser questionado sobre a nova rodada de tarifas comerciais impostas contra o Brasil. Em seguida, criticou "as pessoas que estão comandando o Brasil", sugerindo que decisões recentes não agradaram à Casa Branca.
- Apesar do tom aparentemente cordial, e da frase "I love Brazil" dita em tom informal, a diplomacia brasileira encara com cautela o aceno. Segundo o Itamaraty, gestos informais não substituem canais de negociação estruturados, ainda mais considerando o histórico recente de críticas da Casa Branca ao governo Lula e ao Supremo Tribunal Federal (STF).
- Lula respondeu pelas redes sociais, afirmando que sempre esteve aberto ao diálogo e que "quem define os rumos do Brasil são os brasileiros e suas instituições". O presidente tem focado seus discursos na defesa da soberania nacional e anunciou que o governo estuda a aplicação da Lei de Reciprocidade Econômica, aprovada em 2025, que permite retaliar tarifas impostas por outros países em igual intensidade.
- No plano técnico, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, abriu uma linha de conversas com o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent. A reunião, prevista para esta semana, pode marcar o início de uma reaproximação e abrir espaço para exceções pontuais à tarifação.
- O Brasil tenta, prioritariamente, retirar café, cacau e manga da lista de produtos sobretaxados. Já a carne bovina deve permanecer na lista.
Temporada de balanços: Copasa, BB Seguridade, Pague Menos e Tegma revelam desempenho no 2º tri- Nesta segunda-feira, quatro empresas (Copasa, BB Seguridade, Pague Menos e Tegma) divulgam seus resultados do segundo trimestre de 2025, refletindo tendências setoriais distintas.
- A Copasa deve apresentar crescimento contínuo, com avanços operacionais e expectativa de privatização. A BB Seguridade deve reportar lucro robusto, impulsionada pela queda da sinistralidade nos seguros Rural e Habitacional e pelos efeitos positivos da Selic elevada, especialmente no segmento de previdência.
- A varejista Pague Menos segue forte após a integração da Extrafarma, com ganhos operacionais e melhoria na rentabilidade. Já a Tegma deve mostrar estabilidade nos volumes de transporte de veículos, mantendo margens mesmo com desafios na indústria automotiva.
Veja o fechamento de dólar e Bolsa na sexta (1): - Dólar: -1,01%, a R$ 5,545.
- B3 (Ibovespa): -0,48%, aos 132.437,39 pontos.
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