Quinta-feira, 24/07/2025 | | | | | Siderurgia: setor é um dos mais vulneráveis às tarifas impostas pelos EUA, e vendas podem cair 11%, com perdas anuais de até US$ 1,6 bilhão | Getty Images |
| Trump pressiona o Brasil, Receita divulga arrecadação e EUA testam fôlego com PMIs | | | Bom dia, investidor, Confira os destaques desta quinta (24): - Trump indica que vai manter tarifa de 50% ao Brasil
- Receita Federal divulga hoje dados da arrecadação de junho
- EUA: PMIs indicam se economia resiste à pressão das tarifas
Trump indica que vai manter tarifa de 50% ao Brasil- A partir de 1º de agosto, produtos importados por Washington passarão a pagar tarifas que variam de 15% a 50%, conforme anunciou ontem o presidente dos EUA, Donald Trump. O Brasil foi colocado na mira da tarifa máxima, tornando-se o principal alvo da nova política comercial americana.
- Segundo Trump, as tarifas são resposta a práticas comerciais consideradas "desleais" e à falta de reciprocidade por parte de países que mantêm relações tensas com os EUA. No caso brasileiro, o governo americano também citou investigações envolvendo meios de pagamentos e a Rua 25 de Março como indícios de concorrência desleal.
- O impacto pode ser significativo: estimativas de economistas apontam que o PIB do Brasil em 2025 pode encolher entre 0,3 e 0,8 ponto percentual. Em valores absolutos, o prejuízo pode variar entre US$ 12 bilhões e US$ 17 bilhões, o equivalente a até 5% do total exportado pelo Brasil aos EUA.
- O setor mais atingido será o agronegócio, que responde por cerca de 30% das vendas brasileiras aos EUA. A FGVAgro projeta queda de até 75% nas exportações do setor, o que por si só pode reduzir o PIB brasileiro em até 0,41%. Outros setores com perdas significativas incluem siderurgia, sucos e aeronáutica.
- A siderurgia é particularmente vulnerável: os EUA compram quase 40% do aço e alumínio exportados pelo Brasil. Com as novas tarifas, as vendas do setor podem cair 11%, o que representa cerca de 700 mil toneladas a menos exportadas e perdas anuais de até US$ 1,6 bilhão.
Receita Federal divulga hoje dados da arrecadação de junho- Às 10h30 desta quinta (24), a Receita Federal divulgará os dados oficiais da arrecadação federal referentes ao mês de junho, além do acumulado do ano até agora. A expectativa do mercado é que os números confirmem a continuidade do bom desempenho observado nos primeiros cinco meses de 2025.
- Até maio, a arrecadação somava R$ 1,19 trilhão, uma alta real de 3,95% em relação ao mesmo período de 2024, já descontada a inflação. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pela recuperação do mercado de trabalho e pelo bom desempenho de tributos como PIS/Pasep, Cofins, Imposto de Renda de pessoas físicas e jurídicas, tributos sobre importação e receitas previdenciárias.
- O dado de junho ganha atenção especial por ser o primeiro a refletir integralmente o impacto do decreto que elevou temporariamente as alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), uma medida adotada pelo governo como parte do esforço para reforçar o caixa em meio a discussões fiscais no Congresso.
- Segundo estimativas da equipe econômica, o aumento do IOF gerou uma arrecadação extra de R$ 2,1 bilhões no mês, elevando o total arrecadado com esse imposto para aproximadamente R$ 8 bilhões somente em junho. Esse incremento deve ajudar a compensar pressões sobre as contas públicas e sustentar a meta fiscal do governo, ainda que analistas ressaltem o caráter pontual da medida.
EUA: PMIs indicam se economia resiste à pressão das tarifas- Às 10h45 (horário de Brasília), os Estados Unidos divulgam os PMIs preliminares de julho, com destaque para os setores de indústria e serviços. Os indicadores medem o ritmo da atividade e o sentimento das empresas.
- Em junho, o PMI industrial subiu para 52,9, o maior patamar desde maio de 2022, impulsionado por um salto nas exportações e na geração de empregos. Por outro lado, os custos de insumos e os preços finais aumentaram, refletindo os efeitos iniciais das tarifas comerciais.
- Já o PMI de serviços recuou para 52,9, indicando desaceleração, embora ainda em zona de expansão. Empresários demonstraram menor otimismo sobre o futuro, diante do ambiente incerto causado pela inflação e pelas novas barreiras comerciais.
Veja o fechamento de dólar e Bolsa na quarta (23): - Dólar: -0,80%, a R$ 5,522.
- B3 (Ibovespa): 0,99%, aos 135.368,27 pontos.
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