O Ibovespa encerrou ontem em alta de 1,0%, aos 135.368 pontos, registrando seu segundo melhor desempenho do mês. Em um dia de agenda econômica doméstica mais esvaziada, o foco dos mercados se voltou ao cenário internacional, após os EUA anunciarem um acordo tarifário de 15% com o Japão e notícias afirmarem que a União Europeia também estaria próxima de firmar um acordo tarifário de 15%.
A Natura (NATU3, +4,3%) se recuperou da queda de 2,8% do pregão anterior, enquanto investidores aguardam pela divulgação dos resultados do 2T25 da companhia (veja aqui a prévia dos nossos analistas). Na ponta negativa, WEG (WEGE3, -8,0%) recuou após apresentar resultados abaixo do esperado para o 2T25 (veja aqui nosso comentário).
Nesta quinta-feira, os destaques da agenda econômica serão os PMIs de serviços e manufatura de julho na Zona do Euro e nos EUA.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quarta-feira com fechamento ao longo da curva . Nos Estados Unidos, as taxas reagiram ao anúncio do presidente Donald Trump sobre um acordo comercial com o Japão, que reduziu as tarifas de importação para 15%. O apetite por risco aumentou com a expectativa de um entendimento semelhante com a União Europeia, envolvendo cortes tarifários e isenções para alguns setores, o que pressionou os rendimentos dos títulos soberanos por lá. No Brasil, o noticiário mais esvaziado manteve os investidores focados na decisão do Copom da próxima semana, com impacto limitado sobre os mercados locais no dia. Com isso, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,88% (+3,94bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,39% (+4,03bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,94% (- 0,9bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,23% (- 2,4bps); DI jan/29 em 13,49% (- 0,1bp); DI jan/31 em 13,73% (+1,7bps).
Mercados globais
Nesta quinta-feira, os futuros dos EUA operam em alta (S&P 500: +0,1%; Nasdaq 100: +0,5%), após o presidente Donald Trump anunciar que visitará o Federal Reserve hoje, sendo a primeira visita de um presidente americano ao banco central em quase duas décadas. A notícia intensifica a pressão da Casa Branca sobre Jerome Powell, que já vinha sendo criticado por Trump em discursos e redes sociais.
Na véspera, o S&P 500 fechou em alta de 0,78%, renovando sua 12ª máxima histórica do ano, impulsionado por expectativas de avanço comercial com Japão e União Europeia. A Alphabet sobe 2% após divulgar resultados acima do esperado, enquanto a Tesla caiu 4% com nova queda nas receitas de automóveis.
Na Europa, os mercados operam em alta (Stoxx 600: +0,5%), com otimismo em relação a um possível acordo comercial EUA-UE, nos moldes do pacto firmado com o Japão.
Na China, os mercados fecharam em alta (CSI 300: +0,7%; HSI: +0,5%). O governo chinês anunciou que concederá cupons mensais a idosos para serviços de cuidado, como forma de aliviar o custo do envelhecimento da população e impulsionar o consumo, sendo uma das raras iniciativas de estímulo fiscal direto no país.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) registrou sua sétima queda consecutiva nesta quarta-feira, ao recuar 0,24%. Com isso, o índice acumula desvalorização de 1,47% no mês de julho. Tanto os FIIs de papel quanto os de tijolo apresentaram desempenho negativo na sessão, com quedas médias de 0,10% e 0,23%, respectivamente. Entre as maiores altas do dia, destacaram-se PATL11 (1,8%), ARRI11 (1,5%) e RBFF11 (1,1%). Já as principais quedas foram de BLMG11 (-3,8%), URPR11 (-2,0%) e RVBI11 (-1,7%).
Economia
O governo dos Estados Unidos pode anunciar em breve um acordo comercial estabelecendo tarifas de 15% sobre as importações de produtos da União Europeia. Autoridades do bloco teriam concordado com as chamadas tarifas recíprocas para evitar a ameaça de Donald Trump de aumentá-las para 30% a partir de 1º de agosto. Ambos os lados devem eliminar tarifas sobre alguns bens, incluindo aeronaves, bebidas alcoólicas e itens médicos. Além disso, o presidente dos Estados Unidos afirmou ontem que o país está próximo de concluir um acordo com a China.
Hoje, destaque para a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). O mercado espera manutenção das taxas de juros de referência, após oito cortes de 0,25 p.p.. A presidente do BCE, Christine Lagarde, sinalizou recentemente que “o ciclo da política monetária está chegando ao fim”. A inflação ao redor da meta de 2% e os sinais de estabilização da atividade econômica reforçam a postura do BCE de “esperar para ver”. Os preços de mercado apontam para mais uma redução de juros de 0,25 p.p. este ano, provavelmente na reunião de setembro.
O Morning Call XP também está no YouTube, com participação dos nossos especialistas, ao vivo. Clique aqui e assista à transmissão de hoje!
ECONOMIA: 1. EUA e União Europeia podem estar próximos de um acordo comercial; BCE anuncia decisão de política monetária nesta manhã EMPRESAS: 1. Gerdau (GGBR4): Geração de FCF em um ponto de inflexão 2. Instituições Financeiras: o que esperar da temporada de resultados do 2T25? 3. Bens de Capital: Pesquisa XP – Receita consensualmente abaixo do esperado para a WEG 4.BRF (BRFS3) | Um trimestre decente; Prévia de resultados 2T25 5.Claro Brasil (AMX: não coberto): Resultados do 2T25 – Cross-read para VIVT3 e TIMS3 6.WEG (WEGE3): Sinais precoces de um ciclo mais lento 7.Óleo e Gás | ANP aprova novo AIP para JubarteRENDA FIXA: 1. De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa ALOCAÇÃO & FUNDOS: 1. Principais notícias ESG: 1. UE e China buscam liderança na agenda climática pré COP30 | Café com ESG, 24/07
Disclaimer
1) Este relatório de análise foi elaborado pela XP Investimentos CCTVM S.A. (“XP Investimentos ou XP”) de acordo com todas as exigências previstas na Resolução CVM 20/2021, tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar sua própria decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta ou solicitação de compra e/ou venda de qualquer produto. As informações contidas neste relatório são consideradas válidas na data de sua divulgação e foram obtidas de fontes públicas. A XP Investimentos não se responsabiliza por qualquer decisão tomada pelo cliente com base no presente relatório.
2) Este relatório foi elaborado considerando a classificação de risco dos produtos de modo a gerar resultados de alocação para cada perfil de investidor.
3) O(s) signatário(s) deste relatório declara(m) que as recomendações refletem única e exclusivamente suas análises e opiniões pessoais, que foram produzidas de forma independente, inclusive em relação à XP Investimentos e que estão sujeitas a modificações sem aviso prévio em decorrência de alterações nas condições de mercado, e que sua(s) remuneração(es) é(são) indiretamente influenciada por receitas provenientes dos negócios e operações financeiras realizadas pela XP Investimentos.
4) O analista responsável pelo conteúdo deste relatório e pelo cumprimento da Resolução CVM nº 20/2021 está indicado acima, sendo que, caso constem a indicação de mais um analista no relatório, o responsável será o primeiro analista credenciado a ser mencionado no relatório.
5) Os analistas da XP Investimentos estão obrigados ao cumprimento de todas as regras previstas no Código de Conduta da APIMEC Brasil para o Analista de Valores Mobiliários e na Política de Conduta dos Analistas de Valores Mobiliários da XP Investimentos.
6) O atendimento de nossos clientes é realizado por empregados da XP Investimentos ou por assessores de investimento que desempenham suas atividades por meio da XP, em conformidade com a Resolução CVM nº 178/2023, os quais encontram-se registrados na Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários – ANCORD. O assessor de investimento não pode realizar consultoria, administração ou gestão de patrimônio de clientes, devendo atuar como intermediário e solicitar autorização prévia do cliente para a realização de qualquer operação no mercado de capitais.
7) Para fins de verificação da adequação do perfil do investidor aos serviços e produtos de investimento oferecidos pela XP Investimentos, utilizamos a metodologia de adequação dos produtos por portfólio, nos termos das Regras e Procedimentos ANBIMA de Suitability nº 01 e do Código ANBIMA de Distribuição de Produtos de Investimento. Essa metodologia consiste em atribuir uma pontuação máxima de risco para cada perfil de investidor (conservador, moderado e agressivo), bem como uma pontuação de risco para cada um dos produtos oferecidos pela XP Investimentos, de modo que todos os clientes possam ter acesso a todos os produtos, desde que dentro das quantidades e limites da pontuação de risco definidas para o seu perfil. Antes de aplicar nos produtos e/ou contratar os serviços objeto deste material, é importante que você verifique se a sua pontuação de risco atual comporta a aplicação nos produtos e/ou a contratação dos serviços em questão, bem como se há limitações de volume, concentração e/ou quantidade para a aplicação desejada. Você pode consultar essas informações diretamente no momento da transmissão da sua ordem ou, ainda, consultando o risco geral da sua carteira na tela de carteira (Visão Risco). Caso a sua pontuação de risco atual não comporte a aplicação/contratação pretendida, ou caso existam limitações em relação à quantidade e/ou volume financeiro para a referida aplicação/contratação, isto significa que, com base na composição atual da sua carteira, esta aplicação/contratação não está adequada ao seu perfil. Em caso de dúvidas sobre o processo de adequação dos produtos oferecidos pela XP Investimentos ao seu perfil de investidor, consulte o FAQ. As condições de mercado, mudanças climáticas e o cenário macroeconômico podem afetar o desempenho do investimento.
8) A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço ou valor pode aumentar ou diminuir num curto espaço de tempo. Os desempenhos anteriores não são necessariamente indicativos de resultados futuros. A rentabilidade divulgada não é líquida de impostos. As informações presentes neste material são baseadas em simulações e os resultados reais poderão ser significativamente diferentes.
9) Este relatório é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da XP Investimentos, incluindo assessores de investimentos da XP e clientes da XP, podendo também ser divulgado no site da XP. Fica proibida sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da XP Investimentos.
10) SAC. 0800 77 20202. A Ouvidoria da XP Investimentos tem a missão de servir de canal de contato sempre que os clientes que não se sentirem satisfeitos com as soluções dadas pela empresa aos seus problemas. O contato pode ser realizado por meio do telefone: 0800 722 3710.
11) O custo da operação e a política de cobrança estão definidos nas tabelas de custos operacionais disponibilizadas no site da XP Investimentos: www.xpi.com.br.
12) A XP Investimentos se exime de qualquer responsabilidade por quaisquer prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste relatório ou seu conteúdo.
13) A Avaliação Técnica e a Avaliação de Fundamentos seguem diferentes metodologias de análise. A Análise Técnica é executada seguindo conceitos como tendência, suporte, resistência, candles, volumes, médias móveis entre outros. Já a Análise Fundamentalista utiliza como informação os resultados divulgados pelas companhias emissoras e suas projeções. Desta forma, as opiniões dos Analistas Fundamentalistas, que buscam os melhores retornos dadas as condições de mercado, o cenário macroeconômico e os eventos específicos da empresa e do setor, podem divergir das opiniões dos Analistas Técnicos, que visam identificar os movimentos mais prováveis dos preços dos ativos, com utilização de “stops” para limitar as possíveis perdas.
14) Ação é uma fração do capital de uma empresa que é negociada no mercado. É um título de renda variável, ou seja, um investimento no qual a rentabilidade não é preestabelecida, varia conforme as cotações de mercado. O investimento em ações é um investimento de alto risco e os desempenhos anteriores não são necessariamente indicativos de resultados futuros e nenhuma declaração ou garantia, de forma expressa ou implícita, é feita neste material em relação a desempenhos. As condições de mercado, o cenário macroeconômico, os eventos específicos da empresa e do setor podem afetar o desempenho do investimento, podendo resultar até mesmo em significativas perdas patrimoniais. A duração recomendada para o investimento é de médio-longo prazo. Não há quaisquer garantias sobre o patrimônio do cliente neste tipo de produto.
15) O investimento em opções é preferencialmente indicado para investidores de perfil agressivo, de acordo com a política de suitability praticada pela XP Investimentos. No mercado de opções, são negociados direitos de compra ou venda de um bem por preço fixado em data futura, devendo o adquirente do direito negociado pagar um prêmio ao vendedor tal como num acordo seguro. As operações com esses derivativos são consideradas de risco muito alto por apresentarem altas relações de risco e retorno e algumas posições apresentarem a possibilidade de perdas superiores ao capital investido. A duração recomendada para o investimento é de curto prazo e o patrimônio do cliente não está garantido neste tipo de produto.
16) O investimento em termos são contratos para compra ou a venda de uma determinada quantidade de ações, a um preço fixado, para liquidação em prazo determinado. O prazo do contrato a Termo é livremente escolhido pelos investidores, obedecendo o prazo mínimo de 16 dias e máximo de 999 dias corridos. O preço será o valor da ação adicionado de uma parcela correspondente aos juros – que são fixados livremente em mercado, em função do prazo do contrato. Toda transação a termo requer um depósito de garantia. Essas garantias são prestadas em duas formas: cobertura ou margem.
17) O investimento em Mercados Futuros embute riscos de perdas patrimoniais significativos. Commodity é um objeto ou determinante de preço de um contrato futuro ou outro instrumento derivativo, podendo consubstanciar um índice, uma taxa, um valor mobiliário ou produto físico. É um investimento de risco muito alto, que contempla a possibilidade de oscilação de preço devido à utilização de alavancagem financeira. A duração recomendada para o investimento é de curto prazo e o patrimônio do cliente não está garantido neste tipo de produto. As condições de mercado, mudanças climáticas e o cenário macroeconômico podem afetar o desempenho do investimento.
18) ESTA INSTITUIÇÃO É ADERENTE AO CÓDIGO ANBIMA DE DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS DE INVESTIMENTO.