Bom dia, investidor, Confira os destaques desta segunda (7): - Trump ameaça impor tarifa extra a países alinhados ao Brics
- China e EUA avançam em acordo comercial
- EUA: dado sobre o emprego é termômetro do mercado de trabalho
Trump ameaça impor tarifa extra a países alinhados ao Brics- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lançou uma nova ofensiva no cenário internacional ao anunciar que pretende impor uma tarifa adicional de 10% a qualquer país que se alinhar às "políticas antiamericanas do Brics".
- O anúncio, feito neste domingo (6) em sua rede social Truth Social, ocorre em meio à 17ª Cúpula do Brics no Rio de Janeiro, que consolidou a ampliação do bloco. Agora, o Brics passa a contar com 11 países, incluindo novos membros como Indonésia, Irã e Arábia Saudita, além de parceiros como Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Tailândia, Uganda e Uzbequistão. O bloco representa cerca de 40% do PIB mundial e quase metade da população global.
- Trump afirmou que "qualquer país que se alinhar às políticas antiamericanas do Brics será cobrado com uma tarifa adicional de 10%" e destacou que não haverá exceções. Segundo a imprensa dos EUA, cerca de 100 países podem ser notificados ainda esta semana, com a medida começando a valer a partir de 1º de agosto. O presidente americano, porém, não detalhou quais nações seriam diretamente afetadas nem esclareceu o que caracteriza as chamadas "políticas antiamericanas".
- A ameaça veio poucas horas depois da publicação da "Declaração do Rio de Janeiro", documento que reforça o compromisso do Brics com o multilateralismo e critica práticas comerciais unilaterais que distorcem o mercado global, um recado indireto a Washington.
- Enquanto isso, os governos do Brasil e dos Estados Unidos buscam fechar um acordo comercial antes do prazo final. Na sexta-feira, as delegações dos dois países se reuniram por videoconferência para tentar um entendimento, e novas reuniões estão previstas. O esforço de negociação busca suavizar os impactos das medidas anunciadas por Trump e evitar que o Brasil seja diretamente afetado pelas tarifas adicionais.
China e EUA avançam em acordo comercial- Apesar das ameaças, o clima entre Washington e Pequim apresentou sinais de distensão. O Ministério do Comércio da China confirmou na última sexta-feira (4) que as primeiras etapas do recente acordo comercial com os EUA já estão em vigor.
- Ambas as partes concordaram em suspender tarifas adicionais de 34% por 90 dias, mantendo uma tarifa-base de 10%. O acordo inclui mecanismos para remoção gradual de tarifas e prevê continuidade das negociações nos próximos meses. As autoridades americanas suspenderam restrições a exportações de produtos estratégicos, como softwares essenciais para a indústria de semicondutores e motores de aeronaves. Em troca, a China se comprometeu a aliviar barreiras à exportação de terras raras e a acelerar a liberação de licenças para produtos controlados.
- A suspensão das tarifas beneficia empresas dos dois países, especialmente nos setores de tecnologia, semicondutores e aviação, além de facilitar exportações de terras raras da China, essenciais para a indústria global.
- Apesar da trégua, Pequim mantém certo controle sobre as exportações, com prazos mais curtos para concessão de licenças, o que preserva uma dose de pressão no relacionamento bilateral. Novas rodadas de negociação já estão previstas, com ambos os lados buscando proteger setores estratégicos.
EUA: dado sobre o emprego é termômetro do mercado de trabalho- Nos Estados Unidos, o mercado segue atento ao Índice de Tendência de Emprego, que será divulgado hoje às 11h. O dado é fundamental para medir a saúde do mercado de trabalho americano, que criou 147 mil novos postos em junho e reduziu a taxa de desemprego para 4,1%.
- Apesar da resiliência, o crescimento salarial perdeu fôlego, desacelerando para 0,2% no mês e 3,7% no ano. A participação da força de trabalho apresentou leve queda, e o número de trabalhadores desalentados aumentou, indicando que ainda existem desafios no horizonte. Setores como saúde e governos estaduais lideraram as contratações, enquanto o setor federal segue reduzindo vagas.
Veja o fechamento de dólar e Bolsa na sexta (4): - Dólar: 0,36%, a R$ 5,424.
- B3 (Ibovespa): 0,23%, aos 141.247,38 pontos.
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