O foco do mercado, nesta manhã, é a divulgação do índice de preço ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos em outubro. Esperam-se aumentos de 0,2%, no mês, e de 2,6% no ano – em setembro, a alta em 12 meses foi de 2,4%. Embora não se trate do indicador preferido do Federal Reserve (Fed), o CPI também será levado em conta na tomada de decisão do ritmo de corte da taxa de juros de referência americana.
Atualmente, os juros dos Estados Unidos estão na faixa de 4,50% a 4,75%, e a maior parte dos investidores espera que o Fed anunciará nova redução de 0,25 ponto percentual neste ano. Estão previstas falas de dirigentes do banco central americano para hoje. À espera do CPI de outubro, os indicadores futuros de Nova York operavam no vermelho às 8:26, S&P 500 perdia 0,20%, Nasdaq caía 0,22%, e Dow Jones tinha baixa de 0,24%.
No Brasil, as apostas do mercado de que a nova alta da Selic poderá ser de 0,75 ponto percentual aumentaram depois da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), divulgada ontem. A ansiedade do mercado pelo anúncio das medidas de redução das despesas públicas pelo governo também cresceu.
O Copom deixou claro que, se necessário, irá prorrogar o ciclo de elevação da taxa básica de juros, indicou preferência por manter o ritmo de elevação de 0,5 ponto percentual da taxa básica de juros a cada reunião, mas alertou sobre risco fiscal no Brasil. Na ata, o comitê citou também que possíveis mudanças na política econômica americana aumentam as incertezas do atual cenário.
Nesta manhã, o BC vai vender US$ 4 bilhões, em leilão, para tentar conter a disparada da moeda americana.
Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária do Banco Central e próximo presidente da autarquia, participa, às 17 horas, do evento Fórum de Investimento 2025, do Bradesco Asset Management, onde deve falar sobre a ata do Copom e os mais recentes dados macroeconômicos.
Em setembro, o volume de vendas no varejo restrito cresceu 0,5%, na comparação com agosto, na série com ajuste sazonal, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O avanço foi inferior ao esperado pelo mercado. No acumulado do ano, a alta chega a 4,8% e, nos 12 meses encerrados em setembro, a variação é de 3,9%.
Após o fechamento do mercado, saem os resultados trimestrais da Americanas, do Banco do Brasil, da Casas Bahia, da Cyrela, da JBS, do Nubank e da Ultrapar, entre outros.
Na Europa, à 8h31, DAX (Frankfurt) tinha leve valorização de 0,03%, FTSE 100 (Londres) subia 0,04%, Euro Stoxx 600 caía 0,18%, e CAC 40 (Paris) recuava 0,03%.
Na Ásia, os mercados fecharam, majoritariamente, em queda. Nikkei perdeu 1,66%, Hang Seng recuou 0,124%, e Kospi teve baixa de 2,64%. Na contramão, Xangai subiu 0,51%.
Em Dalian, o preço da tonelada do minério de ferro recuou 0,20%, para US$ 105,75. |