O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a atacar o Brasil ontem, em entrevista a jornalistas no Salão Oval da Casa Branca. Trump falou que o Brasil tratou muito mal os EUA comercialmente, e tem sido um "parceiro horrível em termos de tarifas", "um dos piores países do mundo nesse sentido'. Ele disse ainda que o Brasil "tem algumas leis muito ruins acontecendo", e defendeu o ex-presidente Jair Bolsonaro. "Eles pegaram um presidente e o colocaram na prisão ou estão tentando prendê-lo. E eu conheço esse homem, e vou te dizer: eu sou bom em avaliar as pessoas. Acho que ele é um homem honesto, e acho que o que fizeram? Isso é realmente uma execução política que estão tentando fazer com o Bolsonaro. Acho isso terrível", disse. O Brasil, no entanto, registra déficit na relação comercial com os EUA há 17 anos. Os americanos mais vendem que compram. Nos dados parciais de 2025, a vantagem americana é de US$ 1,6 bilhão. Leia mais. Lula rebate Trump e diz que vai procurar outros parceiros para o Brasil. Em resposta à fala de Donald Trump sobre o Brasil ser um parceiro comercial "horrível", o presidente Lula disse "se os EUA não quiserem comprar, não vou ficar chorando, rastejando, vou procurar outros países e vamos seguir em frente. Eu aprendi a andar de cabeça erguida. Quero que este país seja respeitado. Se eu respeito o povo americano, ele tem que respeitar o povo brasileiro", disse. O presidente disse ainda que em dois anos e meio o Brasil abriu 400 mercados, e que nesta semana começou a vender carne e miúdos para as Filipinas, "que não compravam nada de nós". Apesar das críticas a Trump e ao tarifaço, Lula disse que os ministros do governo seguem abertos ao diálogo. Trump e Putin se reúnem hoje no Alasca. Os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, se encontram cara a cara pela primeira vez desde que começou a guerra com a Ucrânia, e há a expectativa em torno de um acordo de cessar-fogo. A reunião vai ocorrer na Base Militar Conjunta Elmendorf-Richardson, que fica em um local remoto no Alasca, com controle de acesso rigoroso, em um momento em que a relação dos dois países está fragilizada. Em maio, Trump chegou a chamar Putin de louco após um ataque aéreo massivo contra a Ucrânia. O tema principal do encontro será a guerra, mas o assessor de imprensa do Kremlin disse que Putin quer falar também sobre cooperação econômica e comercial entre os dois países e sobre armas nucleares. Trump afirmou ontem estar confiante de que Putin está pronto para fazer um acordo de cessar-fogo, e o russo disse acreditar que a reunião pode fortalecer a "paz mundial". Saiba mais. Moraes pede a Zanin para marcar a data do julgamento de Bolsonaro. No dia seguinte ao término do prazo para as defesas dos réus do chamado 'núcleo crucial' da trama golpista apresentarem suas alegações finais, o ministro do STF Alexandre de Moraes pediu para o presidente da Primeira Turma, o ministro Cristiano Zanin, marcar uma data para o julgamento. Os réus desse núcleo são o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o ex-chefe do GSI Augusto Heleno, o tenente-coronel Mauro Cid, o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e o ex-chefe da Casa Civil Walter Braga Netto. O deputado federal Alexandre Ramagem também faz parte do grupo, mas o processo contra ele foi paralisado pela Câmara. Zanin ainda não decidiu quando o julgamento deve ocorrer, mas a expectativa no Supremo é que a análise da acusação seja feita no mês de setembro. Motta diz que não há clima para anistia, mas defende rever algumas penas. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, disse ontem que não vê clima na Casa para conceder anistia "ampla, geral e irrestrita" "a quem planejou matar pessoas", referindo-se à trama que planejava o assassinato do presidente Lula, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro do STF Alexandre de Moraes. Motta afirmou, no entanto, que há um projeto auxiliar que já começou a ser discutido para revisar penas consideradas altas para quem não teve papel central na trama. O presidente da Câmara disse que o que aconteceu no 8 de janeiro foi muito grave e que "isso precisa ficar registrado para que, assim como aconteceu na última semana, no plenário da Casa, esses episódios não voltem a se repetir". Escritor Milton Hatoum é eleito para a ABL. O escritor manauara Milton Hatoum foi eleito ontem imortal da Academia Brasileira de Letras para o lugar que era do jornalista Cícero Sandroni. Essa foi a primeira vez que Hatoum se candidatou à ABL e ele recebeu 33 votos contra 1 de Antônio Campos. O escritor de 73 anos entra na Academia com o mesmo espírito de outros imortais recentemente eleitos, buscando falar com públicos diversos, principalmente os mais jovens. Romancista, contista, ensaísta, tradutor e professor universitário, Hatoum já passou de 500 mil exemplares vendidos no Brasil e foi traduzido em 16 países. Saiba mais sobre ele. |