Investidores acompanham resultados de BBSE3 e Boletim Focus, com atenção à possibilidade de corte de juros pelo Fed em setembro.
Segunda-feira, 04 de agosto de 2025Tempo de leitura: 05 minutos
Bom dia, Investidor!
Suno Call
Resumo do Editor
A semana começa com o mercado de olho na temporada de balanços do segundo trimestre de 2025. Nesta segunda-feira, os investidores acompanham os números do BB Seguridade (BBSE3). No cenário macro, o Boletim Focus apontou queda nas projeções para o IPCA em 2025 e 2026, além de revisões no PIB para 2026 e 2027. As estimativas para a Selic se mantiveram em 15% ao ano para este ano. Lá fora, cresce a expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve em setembro, após um relatório fraco de emprego nos EUA. No Brasil, seguem em destaque as tarifas de 50% do governo Trump sobre produtos nacionais e a expectativa de conversa entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, nesta semana.
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Incerteza na arte de investir
Vivemos em um mundo obcecado por previsões. Basta ligar a TV ou abrir um site de notícias financeiras para encontrar alguém dizendo o que vai acontecer com o mercado nos próximos meses. Mas e se, em vez de tentar prever o futuro, a melhor estratégia fosse aceitar que ele é imprevisível?
Essa é a provocação feita por Howard Marks em seus memorandos sobre incerteza. Ao longo deste texto, vamos explorar por que reconhecer o desconhecido não é um sinal de fraqueza, mas sim de inteligência, e como essa postura pode transformar sua maneira de investir (e talvez até de viver).
Um dos pontos centrais da filosofia de Howard Marks sobre incerteza: prever o futuro é difícil, e é perigoso fingir que sabemos mais do que realmente sabemos. Como observa Ian E. Wilson, ex-presidente da GE: "Todo o seu conhecimento é sobre o passado, e todas as suas decisões são sobre o futuro." Ainda assim, muitos tentam fazer previsões como se o futuro já estivesse escrito, ignorando a natureza condicional e imprevisível dos acontecimentos.
Na realidade , a verdade é que nossa visão de futuro é moldada por vieses emocionais, cognitivos e sociais.
Mercados atentos a balanços, Focus e cenário internacional
A temporada de balanços do segundo trimestre segue a todo vapor nesta semana e é o foco do mercado nesta segunda-feira. O destaque de hoje é o BB Seguridade (BBSE3), enquanto amanhã será a vez de Itaú (ITUB4) e Embraer (EMBR3) divulgarem seus resultados.
No cenário macroeconômico, o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central trouxe queda nas projeções para o IPCA em 2025 e 2026. As estimativas para o PIB recuaram para 2026 e 2027, enquanto a projeção para a Selic permaneceu em 15% para este ano.
Nos mercados internacionais, prevalece o otimismo com a possibilidade de corte de juros pelo Federal Reserve em setembro. Após a divulgação de um payroll fraco na sexta-feira, as chances de redução na taxa subiram para 85%, segundo precificação do mercado. A decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de demitir a comissária do Escritório de Estatísticas do Trabalho, Erika McEntarfer, aumentou o nervosismo sobre a confiabilidade dos dados.
Na cena nacional, as tarifas de 50% impostas por Trump sobre produtos brasileiros seguem no radar. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que conversará por telefone com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, nesta semana.
Às 6h25 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 avançava 0,71%, a 539,59 pontos, após sofrer a maior queda em mais de três meses na sexta-feira. As bolsas asiáticas fecharam sem direção única: Nikkei caiu 1,25%, Kospi subiu 0,91%, Hang Seng avançou 0,92% e Taiex recuou 0,24%. Na China continental, Xangai subiu 0,66% e Shenzhen ganhou 0,78%.
Ibovespa cai e dólar recua na sexta-feira
O Ibovespa encerrou a semana passada com queda acumulada de 0,81%, e iniciou agosto com recuo de 0,48%, aos 132.437,39 pontos.
Entre os bancos, Bradesco (BBDC4) subiu 0,19%, mas Banco do Brasil (BBAS3) despencou 6,85% e Itaú Unibanco (ITUB4) caiu 0,61%.
As ações ligadas ao petróleo recuaram com nova baixa na commodity: Petrobras (PETR4) caiu 1,32% e PRIO (PRIO3) perdeu 2,84%. No setor siderúrgico, Gerdau (GGBR4) caiu 4,69% após queda no lucro, e CSN (CSNA3) recuou 4,99% mesmo reduzindo prejuízo.
O dólar comercial encerrou a sexta-feira em baixa de 1,01%, após dois dias de alta, influenciado pelo payroll mais fraco nos EUA.
Para ficar de olho 👀
Dividendos mensais acima de 1%: Diversos fundos imobiliários divulgaram seus dividendos referentes a julho, com alguns deles apresentando dividend yields acima de 1% em relação ao preço de fechamento do mês, como RPRI11 e PULV11. Leia mais.
Resultados da Vale (VALE3) surpreenderam: As principais casas de análise avaliaram de forma positiva os resultados da Vale, destacando avanços operacionais, redução de custos e bom desempenho no segmento de metais básicos. Entenda.
INFB11 anuncia dividendos: O FI-Infra INFB11 comunicou ao mercado que realizará o pagamento de dividendos de R$ 1,00 por cota no próximo dia 14 de agosto de 2025. Saiba mais.
Renda passiva: Fiagros como KNCA11 e AAZQ11 divulgaram os rendimentos para o mês de agosto. Veja a lista e os valores.
VRTA11 e VRTM11: O fundo imobiliário VRTA11 divulgou a distribuição de dividendos de R$ 0,85 por cota referente ao mês de julho. Já o fundo imobiliário VRTM11 anunciou o pagamento de dividendos de R$ 0,09 por cota referentes aos resultados do mês. Saiba mais.
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