|  | Presidentes da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e dos EUA, Donald Trump, durante reunião em meio à cúpula da Otan em Haia | Serviço Presidencial de Imprensa da Ucrânia/Divulgação via REUTERS |
| Economia perde fôlego e guerra na Ucrânia pressiona mercados; os destaques de hoje | | | Bom dia, investidor, Confira os destaques desta segunda (18): - IBC-Br: Economia dá sinais de desaceleração no 2º trimestre
- Boletim Focus: inflação deve ficar abaixo de 5% e no menor patamar de 2025
- Brasil entrega defesa aos EUA em disputa comercial que ameaça exportações
- Guerra na Ucrânia: encontro entre Trump e Zelensky eleva tensão nos mercados
IBC-Br: Economia dá sinais de desaceleração no 2º trimestre- Após um início de ano aquecido, a economia brasileira perdeu ritmo no segundo trimestre de 2025. O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica), considerado uma prévia do PIB, avançou apenas 0,28% no período, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (18) pelo Banco Central.
- O número contrasta com o desempenho do primeiro trimestre, que havia registrado crescimento recorde. Em junho, a atividade econômica recuou 0,05%, levando o índice dessazonalizado aos 109,1 pontos -- abaixo do pico de abril, de 109,9 pontos, o maior desde o início da série histórica, em 2003.
- Apesar da desaceleração recente, as comparações anuais continuam positivas: a atividade de junho foi 1,4% superior à de igual mês de 2024, e o acumulado em 12 meses registra alta de 3,9%.
Boletim Focus: inflação deve ficar abaixo de 5% e no menor patamar de 2025- Os economistas ouvidos pelo Banco Central voltaram a revisar para baixo a projeção da inflação em 2025, marcando a 12ª semana consecutiva de queda nas estimativas do IPCA. Segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (18), a expectativa para a inflação deste ano recuou de 5,00% para 4,95%, o menor patamar registrado em 2025 e o primeiro abaixo de 5% desde a primeira semana de janeiro.
- Essa é apenas a segunda vez no ano que os analistas projetam inflação inferior a 5%, sendo a última em 6 de janeiro, com estimativa de 4,99%. Para 2026, a projeção caiu levemente, de 4,41% para 4,40%.
- As estimativas para 2027 e 2028 ficaram estáveis, em 4,00% e 3,80%, respectivamente. A sequência de revisões para baixo reforça a percepção de alívio na pressão inflacionária, o que pode influenciar os rumos da política monetária nos próximos meses.
- Já a mediana das projeções para a taxa Selic ao fim de 2025 foi mantida em 15% pela oitava semana consecutiva, após o Copom (Comitê de Política Monetária) ter decidido manter os juros nesse patamar na última reunião, em 30 de julho.
Brasil entrega defesa aos EUA em disputa comercial que ameaça exportações- O governo brasileiro entrega nesta segunda-feira (18) sua defesa oficial às acusações de práticas comerciais desleais feitas pelos Estados Unidos. O processo foi aberto em 15 de julho pelo USTR (Escritório do Representante Comercial dos EUA), sob a Seção 301 da Lei de Comércio de 1974, instrumento que permite a aplicação de sanções unilaterais em caso de irregularidades.
- A investigação aponta seis frentes em que o Brasil teria adotado medidas consideradas "desleais": comércio digital (com destaque para o Pix), tarifas de importação, fiscalização anticorrupção, proteção à propriedade intelectual (com menção à Rua 25 de Março, em SP), mercado de etanol e desmatamento ilegal.
- A defesa do Brasil, coordenada pelo Itamaraty e elaborada com apoio técnico de especialistas em comércio exterior, sustenta que não há violação das normas internacionais e que as políticas adotadas são legítimas.
- O processo segue agora para uma audiência pública marcada para os dias 2 e 3 de setembro, em Washington. O desfecho pode levar até um ano e, se desfavorável ao Brasil, resultar em novas barreiras comerciais.
Guerra na Ucrânia: encontro entre Trump e Zelensky eleva tensão nos mercados- Nesta segunda-feira (18), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reúne em Washington com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e líderes europeus em busca de uma possível solução para a guerra na Ucrânia, que já dura mais de três anos e meio. O encontro ocorre logo após a cúpula entre Trump e Vladimir Putin, realizada na sexta (15), no Alasca, que terminou sem avanços por um cessar-fogo.
- O foco da reunião será a tentativa de destravar negociações de paz. Nos bastidores, há receio de que Trump pressione Kiev a aceitar concessões territoriais à Rússia, como o reconhecimento da atual linha de frente e da anexação da Crimeia e de partes de Donbas e Zaporizhzhia.
- Zelensky sinalizou pela primeira vez, no domingo (17), abertura para negociar a partir da linha de frente atual, movimento visto como uma possível flexibilização. Ainda assim, o presidente ucraniano reafirmou que não aceitará ceder territórios, embora analistas vejam a fala como um possível ponto de partida para concessões, diante do impasse militar e da pressão internacional.
- A expectativa pela reunião repercute nos mercados. Investidores monitoram qualquer sinal de cessar-fogo ou acordo, que poderia impactar fortemente o mercado de commodities, moedas e ações. Nesta manhã, os índices futuros de Nova York operam em leve baixa, com o Dow Jones Futuro recuando 0,13%, o S&P 500 Futuro caindo 0,21% e o Nasdaq Futuro em queda de 0,23%.
Veja o fechamento de dólar e Bolsa na sexta (15): - Dólar: -0,35%, a R$ 5,398.
- B3 (Ibovespa):-0,01%, aos 136.340,77pontos.
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