Quinta-feira, 10/07/2025 | | | |  | Mauro Holanda |
| RESTAURANTES | Picadinho: o clássico que conquista paulistanos há décadas | |  | Gabrielli Menezes |
| É preciso coragem para tirar um picadinho do cardápio. O bom é que os quatro restaurantes desta lista mostram que isso nem faria sentido: o prato segue como um ícone da cidade e, muitas vezes, como o campeão de vendas. A paixão dos paulistanos pela carne cortada em cubos pequeninos mergulhada em molho escuro, intenso e levemente adocicado começou na noite. "É um prato que nasceu da boêmia. Era consumido por artistas, políticos e intelectuais nas baladas e madrugadas", conta Janaína Torres. No Bar da Dona Onça, a receita foi a primeira a ganhar fama, ao lado da rabada: "Era a favorita da minha mãe. Ela me levava para comer nas boates onde trabalhava como relações-públicas e dizia que o prato surgiu na Cantina Montechiaro (Bela Vista)" Para Janaína e sua mãe Rejane, já falecida, trata-se de uma combinação que representa o Brasil. "O picadinho tem suma importância na gastronomia nacional. Ele abre os caminhos para as nossas criações e invade os cardápios estrangeiros dos restaurantes de São Paulo, principalmente os franceses". A seguir, confira quatro endereços onde o prato é preparado com a excelência que merece. |
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| Publicidade |  | |  | Bruno Geraldi | Astor | Faz 24 anos que o picadinho é o prato mais vendido do bar. No início, chamava-se "meia-noite" e só era servido de madrugada. Mas agora já dá para comer o prato de filé-mignon, arroz, caldinho de feijão, farofa, ovo, pastel e banana (R$ 96) a qualquer hora. Vai lá: Rua Delfina, 163, Vila Madalena. @barastor | |
|  | Mauro Holanda | Bar da Dona Onça | Prato querido pela dona e pelo público, o picadinho de carne (R$ 98) é preparado com alcatra. Bem servido, chega à mesa com arroz soltinho, ovo frito e dois acompanhamentos não tão usuais: creme de queijos e tartar de banana, bem temperadinho. Vai lá: Avenida Ipiranga, 27/29, centro. @bardadonaonca | |
| |  | Tadeu Brunelli | Ritz | Aqui tem dia certo para comer picadinho: segunda, quarta e sexta. Anotou? Então se prepara para provar a receita presente no cardápio há 10 anos. Feito com filé-mignon, acompanha arroz, feijão, banana-da-terra, ovo poché e batata chips (R$ 86). Vai lá: Alameda Franca, 1088, Jardim Paulista. @restauranteritz | |
|  | Iara Venanzi | Tordesilhas | Há 20 anos, Mara Salles corta o coração da paleta na ponta da faca, flamba no conhaque e leva à pressão com tomate, cebola e colorau. "Sempre pedimos", confessa o sócio Ivo Ribeiro. O prato é servido com arroz, feijão, saladinha de couve crua, banana-da-terra grelhada e farofa (R$ 95). Vai lá: Alameda Tietê, 489, Jardins. @tordesilhas | |
| |  | Mosaik Comunicação |
| ESPECIAL | Veridiana faz anos! | | Quantos aniversários, formaturas e datas comemorativas não tiveram como cenário o casarão da Veridiana, em Higienópolis? Histórias acumuladas ao longo de 25 anos transformaram o local num ícone de São Paulo. Agora, é hora da 11ª pizzaria no ranking 50 Top Pizza da América Latina celebrar o seu próprio aniversário com cinco sabores criados por chefs reconhecidos na capital paulista. Pier Paolo Picchi, do Picchi Restaurante, foi de bottarga, stracciatella e raspas de limão-siciliano (R$ 96). Já Luiz Filipe Souza, do Evvai, apostou na pizza de abóbora com camarão e requeijão de corte (R$ 98) para lembrar o típico camarão na moranga. As novidades podem ser provadas até 30 de setembro. Vai lá: Rua Dona Veridiana, 661, Higienópolis. @veridianapizzaria |
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|  | Guido Rezzi |
| BARES | De São Paulo para o mundo em menos de 200 metros, no centro da cidade | |  | Sergio Crusco |
| O circuito de coquetelaria do centro tem crescido e aparecido. Amo andar por lá, bar hopping é uma paixão: tomar um drinque aqui, outro acolá, encontrar um amigo num bar, outra turma noutro. E assim vai... Recentemente, a região ganhou duas novas cartas de drinques: a do Cordial, que há quase dois anos fincou pé por lá, e a do Mundibar, que há pouco saiu de Perdizes para enriquecer a rota etílica da República. As historinhas têm a ver com passear, bater perna ou mesmo se mandar para além-mar. No Cordial, o chefe da casa, Gabriel Santana, e o bartender Henrique Exotor propõem um giro por marcos arquitetônicos paulistanos, numa carta enxuta, porém diversa em estilos. No Mundibar, a menos de 200 metros do Cordial, a boa sacada de Luciano Ricarte, dono do pedaço, foi organizar uma lista extensa de receitas dos cinco continentes, gentilmente cedidas por bartenders famosos, além de opções clássicas. Tem até passaporte para preencher com carimbinhos de cada "destino". Se quiser pular em mais points coqueteleiros do centro, vish, a lista só engorda: Fel, Lágrima, Regô, Reguinho, Dentro, Infini... Sem contar as bandas de Santa Cecília. |
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|  | Helen Cassiano | Cordial | Embora o frio esteja bravo, guarde a dica de Panorâmico (R$ 39), sideralmente refrescante e um tico picante - a mistura de tequila, abacaxi, hortelã, pimenta-dedo-de-moça, limão, sal e club soda homenageia o Edifício Martinelli. Perspectiva (R$ 33), o drinque da Pinacoteca, tem uma pegada tropical, com cachaça, caju, limão, Cointreau e manjericão. Para quem quer esquentar a alma, 1901 (R$ 39) - ou Estação da Luz - tem rye (uísque de centeio), blend de amaros, vermute seco, absinto, bitters e Fernet: potente e com um final amarguinho. Vai lá: R. Epitácio Pessoa, 32, República. @_cordial_sp | |
|  | Guido Rezzi | Mundibar | A volta ao mundo pode começar com um drinque ácido: El Linguista (R$ 40) - de Carl Wimen, bartender sueco - vem com runs branco e envelhecido, amaretto, siciliano, mel e fernet, que traz uma pontinha de amargor. Psychopatia Sexualis (R$ 44), clássico novaiorquino dos anos 1930, leva mix de gim, jerez oloroso, vermutes seco e tinto e bitter de laranja - é para quem ama bebidas mais secas e austeras. Já o Mount Rushmore (R$ 44), criado em Roma por Patrick Pistolesi, é como um belo fim de noite com bourbon, jerez fino, amaro e licor de café. Vai lá: R. Rego Freitas, 420, República. @mundibar | | | | Publicidade |  | |  | Divulgação |
| BELISQUETES | Um bolo de cenoura para cada memória | |  | Gabrielli Menezes |
| Há tantos jeitos de se preparar um bolo de cenoura. Eu, que sempre defendi a massa alaranjada por me transportar diretamente para alguma tarde da infância assistindo a desenhos, fui pega de surpresa pela versão americana ao provar uma fatia de seis andares num restaurante turístico de uma ilha remota do Caribe. Agora, quando achar as massas levemente amarronzadas pelo acréscimo de especiarias nas vitrines de São Paulo, darei uma nova chance. Quem sabe, numa garfada ou outra, eu não imagine o azul-turquesa do mar de Anguilla. Porque até o crítico gastronômico mais cético há de concordar: com histórias, as garfadas ganham mais sabor. Saiba onde provar cada um dos tipos. |
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|  | Divulgação | Joana Cafés | A confeiteira Mariana Carreiro faz bolos para diferentes estabelecimentos da cidade. E eu vou à caça de cada um deles. Novidade nesta cafeteria em Pinheiros, o bolo de cenoura brasileiro (R$ 20) leva o caprichado recheio de brigadeiro 100% cacau em dose dupla. É de devorar! Vai lá: Rua Capote Valente, 239, Pinheiros. @joana.cafes | |
|  | Divulgação | Kez | Seguindo a cartilha americana, o carrot cake (R$ 29) desta padaria especializada em bagels é preparado com cenoura ralada, canela e pedaços graúdos de nozes. A fatia (R$ 29) é alta e leva cobertura branca, feita com manteiga batida, açúcar e cream cheese. Vai lá: Rua Sabará, 347, Higienópolis. @kezpadaria | |
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