Temporada de balanços e tarifas dos EUA dominam o radar nesta sexta-feira.
Sexta-feira, 25 de julho de 2025Tempo de leitura: 05 minutos
Bom dia, Investidor!
Suno Call
Resumo do Editor
O mercado brasileiro segue atento à temporada de resultados do segundo trimestre, com destaque para a Usiminas (USIM5), que divulgou seus números antes da abertura do pregão. Além disso, investidores monitoram a reação do governo brasileiro à tarifa de 50% dos Estados Unidos, prevista para entrar em vigor em 1º de agosto. Em paralelo, o noticiário corporativo segue movimentado e as bolsas internacionais operam de forma mista, com queda na Ásia e leve instabilidade na Europa, enquanto prosseguem as negociações comerciais entre EUA e União Europeia.
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A análise Howard Marks sobre a crise de 2008
Howard Marks foi um dos poucos investidores que, antes da crise de 2008, alertaram sobre os riscos da alavancagem excessiva no mercado financeiro. Em seu memorando "Volatility + Leverage = Dynamite", ele analisa como a combinação perigosa entre ativos de risco, excesso de alavancagem e incentivos mal alinhados gerou um dos maiores colapsos da história financeira mundial.
Neste Suno Call, exploramos os principais fatores que desencadearam essa crise e quais lições podemos aplicar para evitar os erros do passado.
A Fórmula do Problema: Volatilidade + Alavancagem = Desastre
A crise de 2008 foi um exemplo clássico de como o desejo por retornos elevados pode levar a consequências devastadoras. O raciocínio era simples: se um investidor pode alavancar seus investimentos e obter retornos maiores, por que não fazer isso o máximo possível? O problema é que poucos pararam para considerar o que aconteceria se as apostas dessem errado, mesmo que uma pequena parte delas.
Mercado monitora Usiminas e tensão tarifária entre
Brasil e EUA
Nesta sexta-feira, os investidores voltam as atenções para a divulgação do balanço da Usiminas (USIM5). Antes da abertura do pregão, a companhia reportou um lucro líquido de R$ 128 milhões no segundo trimestre de 2025, revertendo prejuízo de R$ 100 milhões registrado no mesmo período do ano anterior. O resultado veio acima das estimativas do consenso LSEG, que previa um lucro de R$ 86,57 milhões.
No cenário político-econômico, o Brasil se aproxima do prazo final para evitar a tarifa de 50% anunciada pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que conversou com o secretário de Comércio dos EUA, reiterando o pedido de negociação.
O ministro Fernando Haddad alertou que mais de 10 mil empresas brasileiras podem ser afetadas, e que a medida também trará impacto negativo às companhias norte-americanas.
Enquanto isso, as bolsas europeias operam sem direção única. Por volta das 6h45, o índice Stoxx 600 caía 0,26%. Destaques incluem a queda de 17% das ações da Puma e o salto de 7% do Carrefour, após resultados trimestrais.
Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump demonstrou otimismo em relação às negociações com a União Europeia, indicando que as partes estão "a caminho de um ótimo acordo comercial". Caso contrário, novas tarifas de até 30% podem ser impostas já no início de agosto.
Na Ásia, os mercados fecharam majoritariamente no vermelho. O Nikkei caiu 0,88%, o Hang Seng recuou 1,09% e o Xangai Composto cedeu 0,33%. A bolsa australiana também recuou, com queda de 0,49% do S&P/ASX 200. A exceção foi o sul-coreano Kospi, que subiu 0,18%.
Ibovespa cai 1,21%; dólar também recua
Na quinta-feira (24), o Ibovespa sofreu uma queda de 1,15% nesta quinta-feira, 24 de julho, encerrando o pregão aos 133.807,59 pontos. O índice da B3 esteve em um intervalo de oscilação que variou de 133.647,84 a 135.362,58 pontos, com a abertura registrada em 135.356,88 pontos.
No mês, o índice acumula uma perda de 3,63%, mas, no ano, ainda apresenta um ganho de 11,24%.
No câmbio, o dólar à vista fechou praticamente estável, cotado a R$ 5,5211, com leve queda de 0,05%. Trata-se do menor patamar desde 9 de julho. No acumulado do ano, a moeda americana já recua 10,65%.
Para ficar de olho 👀
Azul (AZUL4) disparando: As ações da Azul (AZUL4) dispararam na sessão de ontem. A forte alta aconteceu após a companhia aérea divulgar um relatório com informações financeiras e operacionais mensais, que foi bem recebido pelo mercado. Leia mais.
Crédito privado em alta: O mercado de crédito privado tem se mostrado resiliente e atrativo, mesmo em um cenário desafiador. Segundo a AZ Quest, o desempenho desse segmento é destaque pela preferência dos investidores por ativos de alta qualidade e defensivos, com ganhos acima do CDI. Leia mais.
SNCI11 projeta dividendos: O fundo imobiliário SNCI11 divulgou os resultados do mês de junho, com um resultado final de R$ 5,176 milhões. As receitas distribuíveis somaram R$ 4,52 milhões. Em relação aos dividendos, o SNCI11 manteve a faixa de distribuição esperada entre R$ 1,00 e R$ 1,10 por cota. Confira.
Raízen (RAIZ4) vende usinas: A Raízen (RAIZ4) anunciou uma movimentação relevante no setor de energia: a venda de 55 usinas de geração distribuída por cerca de R$ 600 milhões. A medida marca o encerramento de sua parceria com o Grupo Gera e reforça a estratégia de reciclagem de portfólio da companhia. Entenda.
Gerdau (GGBR4) na mira da XP: As ações da Gerdau (GGBR4) também apresentaram fortes altas ontem, após a divulgação de um relatório da XP. A corretora reiterou a recomendação de compra para os papéis e elevou o preço-alvo da ação. Saiba mais.
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