Bom dia, investidor, Confira os destaques desta terça (15): - EUA: inflação de junho pode redefinir trajetória dos juros
- Governo e Congresso tentam conciliação no STF por IOF
- China: PIB cresce 5,2% e supera expectativas do mercado
EUA: inflação de junho pode redefinir trajetória dos juros - O mercado volta as atenções nesta segunda para a divulgação do CPI (Índice de Preços ao Consumidor) de junho nos Estados Unidos, que pode ser determinante para os próximos passos do Federal Reserve. O índice, previsto para as 9h30 (horário de Brasília), é visto como termômetro da inflação no país e será analisado à luz das tarifas impostas recentemente pelo presidente Donald Trump sobre uma ampla gama de produtos importados.
- Nos últimos meses, o governo norte-americano elevou tarifas sobre bens vindos do China, México, Canadá, Japão, Brasil, União Europeia, entre outros, provocando repasses de custos que começam a ser sentidos por empresas e consumidores. As projeções indicam que a inflação anual deve subir de 2,4% em maio para 2,7% em junho. Já o núcleo da inflação, que exclui alimentos e energia, deve avançar de 2,8% para 3%, sinalizando pressões persistentes e disseminadas.
- Entre os componentes que mais devem pesar estão os preços da gasolina e de produtos diretamente afetados pelas tarifas, como veículos, eletrônicos e alimentos industrializados. Para o Fed, esse dado será decisivo. O presidente do banco central, Jerome Powell, já havia indicado que o comportamento da inflação no meio do ano orientaria a manutenção ou o eventual corte da taxa básica de juros. Se a inflação acelerar como esperado, ou acima disso, o cenário de juros altos por mais tempo ganha força, impactando ativos de risco ao redor do mundo.
Governo e Congresso tentam conciliação no STF por IOF- No Brasil, o foco recai sobre a audiência de conciliação convocada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) para tratar da polêmica sobre o aumento do IOF. O encontro, que reunirá representantes dos Poderes Executivo e Legislativo, vai discutir a validade dos decretos editados pelo governo federal em maio que elevaram as alíquotas do imposto sobre crédito, câmbio e previdência privada.
- O governo Lula argumenta que a medida é legítima e está dentro das prerrogativas do presidente da República, classificando o IOF como um imposto regulatório. Já o Congresso, especialmente parlamentares do centrão, afirma que o Executivo extrapolou suas funções ao usar o IOF com objetivo exclusivamente arrecadatório, manobra que teria gerado um aumento estimado de R$ 20 bilhões na arrecadação de 2025.
- A tensão institucional aumentou quando o Congresso aprovou um PDL (Projeto de Decreto Legislativo) para suspender os efeitos do decreto presidencial, impondo uma derrota política significativa ao Planalto. Em resposta, o governo recorreu ao STF, que, por decisão do ministro Alexandre de Moraes, suspendeu tanto o decreto do Executivo quanto o do Legislativo até a conclusão da audiência de hoje.
China: PIB cresce 5,2% e supera expectativas do mercado- A China divulgou que seu PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 5,2% no segundo trimestre de 2025 em relação ao mesmo período do ano anterior. O número veio acima da expectativa de 5,1% apurada em pesquisa da Reuters, mas abaixo do crescimento de 5,4% registrado nos primeiros três meses do ano.
- Apesar da leve desaceleração, o desempenho é considerado positivo, especialmente em um ambiente global ainda marcado por incertezas geopolíticas, desaceleração do comércio internacional e dificuldades internas, como a crise do setor imobiliário e o endividamento elevado de governos locais.
- A resiliência da economia chinesa é uma boa notícia para mercados emergentes e para o setor de commodities, já que a China continua sendo uma das maiores demandantes globais de energia, metais e alimentos.
Veja o fechamento de dólar e Bolsa na terça (14): - Dólar: 0,65%, a R$ 5,584.
- B3 (Ibovespa): -0,65%, aos 135.298,98 pontos.
Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br. |