Bom dia, investidor, Veja os destaques desta quinta (12): - Governo publica MP que muda regras de tributação e encerra isenção de LCIs e LCAs
- Varejo recua em abril após três meses de alta
- EUA divulgam novos pedidos de seguro-desemprego
- Inflação ao produtor dá pistas sobre a economia americana
Governo publica MP que muda regras de tributação e encerra isenção de LCIs e LCAs- Na noite de quarta-feira (11), o governo Lula publicou uma Medida Provisória que reformula a tributação de investimentos, em substituição ao aumento do IOF que enfrentava forte resistência no Congresso e no setor privado.
- Entre as principais mudanças está o fim da isenção de IR sobre LCIs e LCAs, que passarão a pagar 5% a partir de 2026. Também será adotada uma alíquota única de 17,5% para aplicações financeiras, incluindo criptomoedas. O IR sobre JCP (Juros sobre Capital Próprio) subirá de 15% para 20%, a CSLL de fintechs passará de 9% para 15% e apostas esportivas (bets) serão tributadas em 18%.
- A medida inclui ainda regras para compensação de perdas e mudanças no aluguel de ações. O governo estima arrecadar R$ 10 bilhões em 2025 e R$ 20 bilhões em 2026. A justificativa é corrigir distorções e ampliar a base de arrecadação, mas setores como o agronegócio e o imobiliário já sinalizam forte oposição, alegando que a perda de isenções pode comprometer o financiamento a essas áreas.
- A MP precisa ser aprovada pelo Congresso em até 120 dias para não perder validade. Até lá, o mercado acompanha os desdobramentos e seus possíveis efeitos sobre o apetite por ativos de renda fixa.
Varejo recua em abril após três meses de alta- As vendas do comércio varejista caíram 0,4% em abril na comparação com março, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (12) pelo IBGE. O recuo é interpretado como uma estabilidade do setor após três meses consecutivos de crescimento, que levaram o índice ao maior patamar da série histórica iniciada em 2000.
- Segundo o IBGE, o resultado reflete um efeito base, já que o pico de março tornou mais difícil manter o ritmo de alta. A média móvel trimestral ficou positiva em 0,3%, indicando uma tendência moderada de crescimento. Na comparação com abril de 2024, o varejo avançou 4,8%. No acumulado de 2025, o setor registra alta de 2,1%, e em 12 meses, de 3,4%.
- Das oito atividades pesquisadas, houve um equilíbrio entre avanços e recuos. Entre os destaques negativos estão combustíveis e lubrificantes (-1,7%), equipamentos de informática e comunicação (-1,3%), supermercados e alimentos (-0,8%) e móveis e eletrodomésticos (-0,3%).
- No varejo ampliado, que inclui veículos, materiais de construção e atacado especializado, a queda foi mais acentuada: -1,9% em abril, revertendo o avanço de 1,5% observado no mês anterior.
EUA divulgam novos pedidos de seguro-desemprego- Às 9h30 (horário de Brasília), o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos publica o número de novos pedidos iniciais de seguro-desemprego da semana encerrada em 7 de junho. O dado é um termômetro importante da saúde do mercado de trabalho americano e pode influenciar os rumos da política monetária.
- Na semana anterior, encerrada em 31 de maio, o número de solicitações subiu para 247 mil -- o maior patamar desde outubro de 2024 e acima da expectativa de 235 mil. O resultado acendeu um sinal de alerta sobre uma possível perda de tração da economia americana, pressionada por juros elevados e pelas tarifas de importação adotadas pelo governo do presidente Donald Trump.
Inflação ao produtor dá pistas sobre a economia americana - No mesmo horário, às 9h30 (de Brasília), o Departamento do Trabalho dos EUA divulga o Índice de Preços ao Produtor (PPI) de maio -- indicador que mede a variação média dos preços recebidos pelos produtores domésticos e antecipa tendências inflacionárias ao longo da cadeia produtiva.
- As expectativas do mercado são de alta de 0,2% na comparação mensal e de 2,6% na base anual. Já o núcleo do índice, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, deve subir 0,3% no mês e 3,1% em 12 meses.
- Os dados anteriores surpreenderam. Em abril, o PPI caiu 0,5% na margem, a primeira retração desde 2023, enquanto a variação anual ficou em 2,4%, abaixo do esperado. O núcleo também teve queda de 0,4% no mês, embora tenha avançado 3,1% em 12 meses.
Veja o fechamento de dólar e Bolsa na quarta (11): - Dólar: -0,57%, a R$ 5,533.
- B3 (Ibovespa): 0,51%, aos 137.128,05 pontos.
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