Lá fora, minério de ferro dispara 2,32%, e Estados Unidos podem ter 'shutdown'
Sexta-feira, 14 de Março de 2025Tempo de leitura: 05 minutos
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Suno Call
Resumo do Editor
A semana termina com as divulgações da Pesquisa Mensal do Comércio e do resultado primário do setor público consolidado, em janeiro, com as negociações do governo americano para evitar a paralisação dos órgãos públicos, e com desdobramentos da guerra comercial entre os Estados Unidos e seus parceiros comerciais. Nesta sexta-feira, Christine Lagarde, presidente do BCE, afirmou que uma guerra comercial global em grande escala tem potencial para prejudicar os Estados Unidos, mas dar impulso à União Europeia. Em Dalian, o preço da tonelada do minério de ferro disparou 2,32%, para US$ 109,72. A ver qual será o impacto dessa alta nas ações da Vale – principal companhia na composição do Ibovespa.
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Como funciona o custo de troca
Para que uma empresa tenha sucesso no longo prazo, conseguindo gerar valor para seus acionistas, é essencial que ela tenha fortes vantagens competitivas. Com elas, a companhia é mais propensa a gerar lucros sustentáveis e se proteger de eventuais pressões externas de outros concorrentes.
Existem diversos livros e artigos a respeito das diferentes vantagens competitivas que empresas podem ter, entre eles o "Seven Powers: The Foundations of Business Strategy". Esse é um livro escrito por Hamilton Helmer que se tornou essencial para empreendedores e investidores que desejam compreender o que realmente faz uma empresa alcançar o sucesso no longo prazo. Nele, Helmer apresenta os sete poderes fundamentais que permitem às empresas criarem vantagens competitivas duradouras.
O autor começa definindo dois conceitos essenciais: poder, que seria um conjunto de condições que criam o potencial para persistentes retornos acima do custo de oportunidade, e barreiras, características que impedem outras companhias de roubar essa vantagem da incumbente.
Atenções domésticas se voltam para ritmo do varejo e contas públicas, enquanto minério de ferro dispara e EUA tentam evitar 'shutdown'
Investidores acompanham, nesta sexta-feira, a Pesquisa Mensal do Comércio de janeiro, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o resultado primário do setor público consolidado em janeiro, as negociações do governo americano para evitar o "shutdown" (paralisação dos órgãos públicos), a partir de amanhã, e os desdobramentos da guerra comercial entre os Estados Unidos e seus parceiros comerciais.
No mercado doméstico, o levantamento do desempenho do varejo vai mostrar se a alta de juros já teve reflexo no ritmo de compras, dando pistas dos rumos da inflação e, consequentemente, da Selic. Espera-se aumento de 0,3%. No setor de serviços, houve queda de 0,2% em janeiro, segundo o IBGE.
Já o acompanhamento das contas públicas contribui para o entendimento de como o governo está tratando a questão fiscal. O resultado primário do setor público consolidado inclui os governos central, estaduais e municipais, além das empresas estatais, exceto bancos, Petrobras e Eletrobras.
Nesta manhã, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotivos (Anfavea) divulga os dados de produção e vendas em fevereiro. À tarde, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se encontra com Luiz Carlos Trabuco, presidente do conselho diretor da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e do Conselho de Administração do Bradesco.
Começa a valer hoje a hoje a alíquota zero do imposto de importação de 11 alimentos definida pelo governo para tentar segurar a inflação do setor.
Nos Estados Unidos, as atenções se voltam para a aprovação de novo financiamento para o governo. Caso isso não ocorra, haverá suspensão dos serviços públicos e interrupção dos gastos não essenciais. Às 8h44, os indicadores futuros de Wall Street subiam: Nasdaq ganhava 1,16%, Dow Jones valorizava 0,58%, e S&P 500 ganhava 0,86%.
Nesta sexta-feira, Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE), afirmou que uma guerra comercial global em grande escala tem potencial para prejudicar os Estados Unidos, mas dar impulso à União Europeia.
Às 8h40, as bolsas da Europa operavam no azul: CAC 40 (Paris) tinha leve alta de 1,15%, Euro Stoxx 600 avançava 0,77%, FTSE 100 (Londres) valorizava 0,63%, e DAX (Frankfurt) subia 1,58%.
Em Dalian, o preço da tonelada do minério de ferro disparou 2,32%, para US$ 109,72. A ver qual será o impacto dessa alta nas ações da Vale – principal companhia na composição do Ibovespa. Ontem, os papéis da mineradora subiram 1,38%.
Na Ásia, a maioria das bolsas fechou o último pregão da semana com ganhos. Xangai valorizou 1,81%, Nikkei subiu 0,72%, e Hang Seng avançou 2,12%. Por outro lado, Kospi registrou recuo de 0,28%.
Ibovespa ganha 1,43%, e dólar recua 0,11% na quinta-feira
Ontem, o Ibovespa avançou 1,43%, para 125.637 pontos.
O indicador foi impulsionado pelas altas de 1,38% da Vale e de 10,48% da B3.
Houve desvalorização de 0,11% do dólar, para R$ 5,801.
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