As eleições nos Estados Unidos continuam sendo tema incontornável para essa newsletter. Isso porque, uma semana depois dos resultados, com anúncios de quem vai ocupar quais cargos no futuro governo Donald Trump, vai ficando mais claro qual deve ser o impacto nos direitos femininos.
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Bárbara Blum
Escreve sobre gênero no Todas e apresenta o podcast Modo de Viver. Foi editora-assistente da Ilustrada
Após eleição de Trump, mulheres nos EUA começam boicote aos homens
Uma semana depois do anúncio da vitória de Donald Trump, alguns movimentos do republicano vão deixando mais claro como devem ser os próximos quatro anos.
Nada disso foi visto como vitória plena para as mulheres. Muitas estão reagindo com pessimismo à vitória de Trump e se organizando em um movimento de boicote aos homens. Elas se inspiram num movimento sul-coreano chamado 4B, que rejeita namoro, casamento e sexo com homens. A maternidade também está fora da equação.
A colunista Joanna Moura sugere que o caminho passa pelo fortalecimento das redes de mulheres —e pelo reconhecimento, sem medo de apedrejamento, ela diz, de que nem todo homem está do lado dos que elegeram Trump.
Não é novidade para quem lê essa newsletter que gênero foi um foco dessas eleições. Não só por causa do cabo de guerra pelo direito ao aborto, mas por questões como os direitos das pessoas trans, que Trump atacou durante a campanha.
A retórica do republicano, e de vários nomes que foram anunciados em cargos do seu futuro governo, é de defesa da família tradicional. Soa familiar?
Quer saber como é cobrir as eleições americanas? A repórter Patricia Campos Mello conta que não é nada glamouroso.
Doug Mills/The New York Times
A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou, nesta terça (12), a proibição dos celulares nas escolas. Essa discussão sobre o impacto das telas e das redes sociais nos pequenos ganha mais e mais temperatura.
O risco de criar dependência em tecnologia e os impactos das redes sociais na saúde mental são alguns dos motes dessa discussão. Mas é necessário lembrar também dos riscos sociais do acesso liberado à internet.
Sabe a máxima "não fale com estranhos"? Parece que vale para a rua, mas não para as redes. Um texto publicado originalmente no The New York Times e traduzido aqui conta a história de uma jovem que começou como influenciadora de esportes aos 8 anos e acabou vendendo fotos de biquini. Seus seguidores eram majoritariamente homens adultos.