Projeção para inflação oficial brasileira sobe para 4,64% neste ano

Governo deve anunciar pacote de redução de gastos após Cúpula do G20

Segunda-feira, 18 de Novembro de 2024Tempo de leitura: 05 minutos   Bom dia, Investidor! Resumo do Editor O mercado reajustou, mais uma vez, as estimativas de inflação e crescimento do PIB em 2024. Para o IPCA, a mediana das projeções passou de 4,62% para 4,64% neste ano. Depois da Cúpula do G20 – evento realizado hoje e amanhã no Rio de Janeiro –, o governo deve anunciar pacote de redução de despesas públicas que pode chegar ao total de R$ 70 bilhões no biênio 2025-2026. Às 8h15, os indicadores futuros de Wall Street operavam de forma mista: Nasdaq ganhava 0,41%, S&P 500 tinha leve alta de 0,09%, e Dow Jones caía 0,22%. O dia é de alta das commodities. Em Dalian, o preço da tonelada do minério de ferro avançou 1,87%, para US$ 105,10, o que é positivo para as ações da Vale. Às 8h11, o barril do Brent ganhava 0,72%, enquanto o do WTI avançava 0,55%, refletindo o acirramento dos conflitos entre Rússia e Ucrânia. 🔓 CONTEÚDO EXCLUSIVO PARA ASSINANTES 🔓 Pass-through: a relação entre câmbio e inflação A relação entre câmbio e inflação é um dos temas mais complexos dentro da economia, interligando conceitos teóricos e impactos práticos que moldam o dia a dia da sociedade. Entender essa conexão é essencial para decifrar movimentos econômicos e tomar decisões informadas, tanto no âmbito empresarial quanto na vida cotidiana. No coração dessa relação está a taxa de câmbio, que reflete o valor de uma moeda em relação a outra. Quando um país, como o Brasil, experimenta uma desvalorização da sua moeda – ou seja, o real perde valor frente ao dólar, por exemplo –, os preços de produtos importados aumentam. Essa elevação nos custos de importação, que engloba desde componentes industriais até bens de consumo final, tende a ser repassada para os consumidores, gerando pressão inflacionária. Esse fenômeno é conhecido como inflação de custos, em que o aumento dos preços de insumos e produtos importados, devido à desvalorização cambial, eleva o nível geral de preços na economia. Na literatura econômica chamamos esse efeito, de repasses das variações da taxa de câmbio para a inflação, de pass-through. ACESSE O CONTEÚDO COMPLETO Mercado reajusta previsão de alta do IPCA para 4,64% em 2024 Enquanto o mercado aguarda o anúncio do pacote de redução de despesas públicas pelo governo, o Relatório Focus, do Banco Central (BC), indicou novo aumento da estimativa para a inflação oficial, desta vez, de 4,62% para 4,64% neste ano. A previsão é superior ao teto do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é de 4,50%. Para a Selic no fim de 2024, a mediana das projeções de economistas de mercado foi mantida em 11,75% ao ano, e para a alta do Produto Interno Bruto (PIB), a expectativa continua em 3,10%. Às 10 horas, a Secretaria de Política Econômica divulga estimativas para o PIB e para a inflação. Após a Cúpula do G20 – evento realizado hoje e amanhã no Rio de Janeiro –, o governo deve anunciar pacote de redução de despesas públicas que pode chegar ao total de R$ 70 bilhões no biênio 2025-2026. Roberto Campos Neto, presidente do BC, comentará o cenário macroeconômico, nesta segunda-feira, em evento da Consulting House. Na quinta-feira, o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) de setembro, divulgado pelo Banco Central (IBC-Br), apontou crescimento de 0,84%, na comparação dessazonalizada com agosto. Considerado a prévia do PIB, o indicador ficou acima do esperado. Às 8h15, os indicadores futuros de Wall Street operavam de forma mista: Nasdaq ganhava 0,41%, S&P 500 tinha leve alta de 0,09%, e Dow Jones caía 0,22%.  Na Europa, a maioria do mercado recuava às 8h11: DAX (Frankfurt) desvalorizava 0,11%, CAC 40 (Paris) perdia 0,02, e Euro Stoxx 600 caía 0,13%. Na contramão, FTSE 100 (Londres) tinha alta de 0,26%.  Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE), tem discurso previsto para às 15h30. No primeiro pregão da semana, as bolsas asiáticas fecharam sem tendência definida. Enquanto Hang Seng e Kospi subiram, respectivamente, 0,77% e 2,16%,  Xangai caiu 0,21%, e Nikkei perdeu 1,09%. Em outubro, as vendas do varejo chinês tiveram o maior crescimento em oito meses. Pequim vem anunciando medidas de estímulo ao consumo da segunda maior economia do mundo. O dia é de alta das commodities. Em Dalian, o preço da tonelada do minério de ferro avançou 1,87%, para US$ 105,10, o que é positivo para as ações da Vale, companhia com maior peso no Ibovespa. Às 8h11, o barril do Brent ganhava 0,72%, enquanto o do WTI avançava 0,55%, refletindo o acirramento dos conflitos entre Rússia e Ucrânia. Dólar subiu 0,91%, enquanto Ibovespa recuou 0,03% na semana passada Na quinta-feira, o dólar fechou estável, com leve queda de 0,01%, a R$ 5,7896. O Ibovespa terminou a sessão com ligeira alta de 0,05%, a 127.792 pontos. Refletindo a reversão de prejuízo em lucro, no terceiro trimestre, e o aumento da receita, as ações da Americanas subiram 180%, para R$ 9,41. Na semana, a moeda americana avançou 0,91%, e o principal indicador da B3 teve leve baixa de 0,03%. Para ficar de olho 👀 Margem Equatorial: Petrobras construirá base de resgate de fauna no Oiapoque (AP) para para atender a pedidos do Ibama com relação à licença ambiental para perfuração na Bacia da Foz do Amazonas; nova base e recursos para sua operação terão custo de R$ 150 milhões. Entenda. Gás natural: Brasil e Argentina assinam hoje acordo sobre Vaca Muerta; ampliação das importações do insumo argentino vai baratear preço entre US$ 7 e US$ 8, cerca de metade do que custa atualmente. Saiba mais. Setor elétrico: Governo prevê investimentos de até R$ 500 bilhões com renovação de contratos; Ministério de Minas e Energia quer novas regras, como penalidade em caso de demora no restabelecimento da energia após eventos climáticos extremos. Leia mais. Emissão de bonds: Cenário para captações externas no começo de 2025 segue positivo, mesmo com maior incerteza global; oito empresas brasileiras se preparam para emitir bônus no mercado americano. Saiba mais. Captações de recursos: Ofertas de fundos imobiliários chegam a 92, neste ano, com  arrecadação total de R$ 9,2 bilhões, segundo levantamento do Trix; veja quais foram os 10 maiores IPOs do ano. Leia aqui. Proventos do AAZQ11: Fiagro paga dividendos de R$ 0,095 por cota, o correspondente a 157% do CDI; AZ Quest, gestora do fundo, busca novas aquisições. Veja mais. Desempenho do CLIN11: Em outubro, fundo distribuiu R$ 12,989 por cota, o que representa uma rentabilidade anualizada de 12,76%; FII comprou certificados de recebíveis imobiliários no mês passado. Saiba mais.  Gostou desta edição? Envie seu feedback respondendo este e-mail e encaminhe para um amigo se inscrever também. Até amanhã, às 09h20! Produzir um conteúdo altamente satisfatório não é fácil, e por isso, a gente investe muito em tempo, em pessoas e em conteúdos para trazer as principais notícias do dia. 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