Baixe gratuitamente o relatório especial e veja como isso mexe com os seus investimentos.
Quinta-feira, 10 de julho de 2025Tempo de leitura: 05 minutos
Bom dia, Investidor!
Suno Call
Resumo do Editor
Nesta quinta-feira, os mercados acompanham com atenção os desdobramentos do anúncio feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras a partir de 1º de agosto. A decisão provocou reação do governo brasileiro, que, em nota, afirmou que responderá com reciprocidade. Investidores também aguardam os dados de inflação do IBGE, com expectativa de alta de 0,2% no mês e de 5,32% no acumulado de 12 meses.
🔓 CONTEÚDO EXCLUSIVO PARA ASSINANTES 🔓
A somatória aparentemente inocente
Na natureza, existem momentos em que 2 + 2 não resultam em 4, mas em 10. É o que acontece quando dois elementos isoladamente inofensivos se combinam para formar algo perigosamente imprevisível. Um pouco de ar frio do Norte e uma brisa quente do Sul podem criar um tornado. Correntes opostas formam redemoinhos. E o mais perigoso: a combinação parece, à primeira vista, inofensiva.
Esse fenômeno não se limita à química ou à meteorologia, ele acontece também no comportamento humano. Certas combinações de traços de personalidade, individualmente positivos, podem gerar efeitos destrutivos quando interagem. E é exatamente por parecerem qualidades isoladas, que esses perigos são tão difíceis de perceber.
Bolhas especulativas são um grande exemplo disso. Junte confiança e otimismo, que individualmente são agregadores, formando ganância e desilusão. O perigo tange justamente o fato de os "ingredientes" serem inocentes, enquanto a "comida" é loucura e destruição...
Mercado reage a tarifas dos EUA e inflação no radar
Os mercados brasileiros iniciam esta quinta-feira reagindo à decisão do presidente norte-americano, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre todos os produtos importados do Brasil.
A medida, anunciada na quarta-feira, entra em vigor no dia 1º de agosto e pode afetar diretamente o setor exportador nacional. Em resposta, o presidente Lula declarou que o Brasil "não aceitará ser tutelado por ninguém" e prometeu reciprocidade às ações unilaterais dos EUA.
Em comunicado divulgado nesta quarta-feira (9), a Suno avaliou que a medida surpreendeu o mercado. A tarifa foi considerada atípica, já que o Brasil havia sido inicialmente incluído em uma lista com tarifa de 10%, anunciada no Liberation Day, e seguia em tratativas para evitar uma elevação.
"Embora as exportações brasileiras para os EUA representem cerca de 2% do PIB, setores com maior dependência desse mercado devem sentir os efeitos com mais intensidade", afirmaram o economista-chefe da Suno, Gustavo Sung, e o CIO da Suno Wealth, João Arthur Almeida.
A equipe da casa elencou três pontos de atenção nas próximas semanas:
Reação do governo brasileiro: eventual retaliação pode pressionar os custos de produção, especialmente em setores dependentes de insumos importados, com potencial impacto na inflação.
Janela de negociação até 1º de agosto: ainda aberta, mas com menor chance de avanços diante do tom político da carta de Trump.
Reprecificação de ativos ligados ao setor externo: a volatilidade pode gerar oportunidades em ativos excessivamente descontados.
"Na Suno, estamos acompanhando a situação de perto. Se necessário, ajustaremos nossas recomendações e estratégias de portfólio com base em fundamentos", conclui o comunicado.
Nesta manhã, os investidores devem acompanhar ainda a divulgação do IPCA de junho. A expectativa, segundo pesquisa da Reuters, é de alta de 0,2% no mês e de 5,32% no acumulado em 12 meses.
Se a projeção se confirmar, o Banco Central publicará às 18h uma carta aberta ao Conselho Monetário Nacional explicando o descumprimento do teto da meta por seis meses seguidos.
No exterior, os mercados europeus operam em alta com esperanças de um acordo comercial entre Estados Unidos e União Europeia. Às 6h50, o índice pan-europeu Stoxx 600 subia 0,61%. Londres avançava 1,10%, Paris ganhava 0,70% e Frankfurt operava com alta de 0,14%, enquanto Milão e Madri registravam quedas.
Na Ásia, o tom também foi majoritariamente positivo. O Kospi subiu 1,58% em Seul após o banco central local manter os juros e com impulso de ações de tecnologia, como a Samsung. Em Hong Kong, o Hang Seng avançou 0,57%, e em Taiwan o Taiex subiu 0,74%. Já o Nikkei caiu 0,44% em Tóquio, pressionado por papéis de varejo e eletrônicos.
Ibovespa tem terceira queda seguida, e dólar volta a subir
O Ibovespa encerrou a sessão de quarta-feira com queda de 1,31%, aos 137.480 pontos — o terceiro recuo consecutivo e uma perda acumulada de mais de 3,5 mil pontos em três dias.
Desta vez, nem mesmo Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) conseguiram segurar o índice, com quedas respectivas de 0,99% e 0,62%. Os bancos foram destaque negativo: Banco do Brasil caiu 2,50%, Itaú Unibanco cedeu 2,07%, Bradesco perdeu 1,15%, Santander recuou 1,55% e a B3 caiu 0,75%.
O dólar comercial voltou a subir, em meio à tensão tarifária, com alta de 1,06%, fechando a R$ 5,503 — na máxima do dia.
Para ficar de olho 👀
Trump anuncia novas tarifas: O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a imposição de uma tarifa de 50% sobre todos os produtos exportados do Brasil para os EUA, o que levou a uma reação do governo brasileiro. Leia mais.
Indicadores atrativos: MXRF11 é o ativo mais popular do mercado de fundos imobiliários, mas é possível encontrar opções similares com indicadores mais atraentes. Veja a lista.
Dinheiro esquecido: Cerca de R$ 10 bilhões em dinheiro esquecido ainda estão disponíveis para resgate por pessoas físicas e jurídicas no sistema de instituições financeiras do país. Entenda.
Braskem em alta: As ações da Braskem (BRKM5) registram forte alta nesta quarta-feira. A valorização ocorre após o avanço de um projeto de lei que prevê novos incentivos fiscais para o setor químico. Saiba mais.
Dividendos de 139% do CDI: O fundo imobiliário RECR11 vai pagar R$ 26,814 milhões em rendimentos aos seus cotistas, quantia correspondente a um pagamento de R$ 1,0141 por cota. Confira.
Gostou desta edição? Envie seu feedback respondendo este e-mail e encaminhe para um amigo se inscrever também.
Até amanhã, às 9h20!
Produzir um conteúdo altamente satisfatório não é fácil, e por isso, a gente investe muito em tempo, em pessoas e em conteúdos para trazer as principais notícias do dia. Nossa newsletter é enviada sempre às 09h20, para que você comece o dia bem informado sobre tudo o que acontece com o mundo dos negócios.
Marque a gente como "remetente confiável" e sempre ficaremos na sua caixa de entrada favorita! <3