| Segunda-feira, 28/07/2025 | | | |  | Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, e o presidente dos EUA, Donald Trump, em encontro sobre acordo comercial | | Brendan Smialowski/AFP |
| EUA fecham acordo com UE, e temporada de balanços está em destaque | | | Bom dia, investidor, Confira os destaques desta segunda (28): - Tarifas: EUA fecham acordos com China e União Europeia
- China e EUA prorrogam trégua e tentam destravar impasse em Estocolmo
- Brasil sob pressão: tarifa de 50% entra em vigor nesta semana
- Temporada de balanços: Itaú, Bradesco, Vale e Santander são destaques
Tarifas: EUA fecham acordos com China e União Europeia- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste domingo (27) um novo acordo comercial com a União Europeia. Pelo acerto, a maioria dos produtos europeus exportados aos EUA, incluindo automóveis, itens industriais e agrícolas, passará a pagar uma tarifa de 15%.
- Antes, a média tarifária era de 1,2%. Em contrapartida, a União Europeia se comprometeu a realizar compras bilionárias de energia e equipamentos militares americanos, além de investir US$ 600 bilhões nos EUA.
- A medida busca reduzir o déficit comercial americano e ampliar a presença dos EUA nos setores energético e de defesa europeus. Produtos como aeronaves, peças de aviões, medicamentos genéricos e alguns itens químicos e agrícolas foram poupados da nova tarifa, mantendo alíquota zero.
- O acordo também inclui uma cláusula de não-retaliação: o bloco europeu não adotará novas tarifas contra produtos americanos, o que alivia o risco de uma guerra comercial mais ampla entre os dois lados do Atlântico.
China e EUA prorrogam trégua e tentam destravar impasse em Estocolmo- Em paralelo ao acordo com a União Europeia, os Estados Unidos e a China decidiram prorrogar por mais 90 dias a atual trégua tarifária, vigente até 12 de agosto. A extensão, que valerá até meados de novembro, foi acertada às vésperas da nova rodada de negociações comerciais em Estocolmo.
- Pelo acordo, nenhuma nova tarifa será imposta por ambos os lados durante o período, permitindo um ambiente mais estável para costurar um possível grande pacto comercial. As tarifas reduzidas seguem em vigor; os EUA baixaram impostos sobre alguns produtos de 145% para 30%, enquanto a China reduziu de 125% para 10%.
- As conversas entre Pequim e Washington agora se concentram em pontos sensíveis como o desequilíbrio comercial e o controle da exportação de precursores de fentanil, substância que tem gerado tensões diplomáticas.
Brasil sob pressão: tarifa de 50% entra em vigor nesta semana- Enquanto Europa e China encontram soluções temporárias, o Brasil não avança nas negociações. A partir desta quinta-feira (1/8), os produtos brasileiros passarão a enfrentar uma tarifa de 50% para entrar nos EUA. O governo brasileiro tenta evitar a medida por meio de negociações diplomáticas e recursos jurídicos, mas o presidente Trump já deixou claro que só discutirá uma possível reversão após a medida estar em vigor.
- A nova tarifa foi anunciada em meio a tensões políticas entre os dois países, com o governo americano apontando como justificativa uma nova "emergência comercial", ainda que o Brasil tenha déficit, e não superávit, na balança com os EUA.
- Fontes ligadas à administração Trump admitem que a medida é uma resposta indireta às investigações contra Jair Bolsonaro, aliado do ex-presidente americano.
- Economistas projetam que o impacto no Brasil pode ser severo: 100 mil empregos ameaçados, perda de competitividade para setores agrícolas e industriais, cancelamentos de contratos e retração do PIB em 0,2%.
- O dólar já reagiu em alta à notícia e empresas brasileiras começam a buscar rotas alternativas para escoar sua produção. Lula classificou a medida como "chantagem" e acusou adversários internos de conspirarem contra os interesses nacionais ao pedirem sanções aos EUA.
Temporada de balanços: Itaú, Bradesco, Vale e Santander são destaques- A temporada de resultados do segundo trimestre entra em uma fase decisiva nesta semana, com destaque para as divulgações de Telefônica Brasil (VIVT3), Bradesco, Vale, Ambev, Santander e TIM entre hoje e o fim da semana.
- Hoje, após o fechamento do mercado, a Telefônica abre os trabalhos, com expectativa de crescimento no Ebitda impulsionado pelos reajustes em planos pós-pagos.
- Analistas acompanham de perto os efeitos da Selic elevada, do dólar volátil e dos preços das commodities sobre os lucros. O desempenho de setores como telecom, bancos, bebidas e mineração será fundamental para calibrar as expectativas do mercado para o segundo semestre. Os números dessas gigantes da B3 devem influenciar o humor dos investidores e oferecer pistas sobre o ritmo da economia em meio ao cenário de juros altos e tensões comerciais.
Veja o fechamento de dólar e Bolsa na sexta (25): - Dólar: 0,75%, a R$ 5,561.
- B3 (Ibovespa): -0,21%, aos 133.524,19 pontos.
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