Na quinta-feira, o Ibovespa fechou em queda de 1,1%, aos 126.355 pontos, acompanhando o movimento negativo dos mercados globais (S&P 500, -3,5%; Nasdaq, -4,3%) e devolvendo parte do retorno de 3,1% do pregão anterior. Mesmo com a divulgação de dados de inflação ao consumidor abaixo do esperado nos EUA, as incertezas em torno da política tarifária de Donald Trump e a intensificação das tensões comerciais com a China seguiram pressionando os mercados. Como resultado, os ativos domésticos também apresentaram uma performance negativa: a curva de juros abriu e o dólar avançou 1,1%, encerrando o dia em R$ 5,89.
Os principais destaques negativos na Bolsa brasileira foram as petroleiras, como Prio, Brava, PetroReconcavo e Petrobras (PRIO3, -8,1%; BRAV3, -6,8%; RECV3, -6,3%; PETR4, -6,2%), repercutindo a queda do preço do Brent (-3,3%). Na outra ponta, Pão de Açucar (PCAR3, +1,9%) subiu, em meio a perspectivas otimistas com o papel devido ao potencial processo de reestruturação do conselho de administração (veja mais detalhes aqui).
Nesta sexta-feira, o foco da agenda econômica será a divulgação do IPCA de março. Nos Estados Unidos, os destaques serão o índice de preços ao produtor (PPI) de março e o índice de confiança do consumidor da Universidade de Michigan de abril. Pela temporada internacional de resultados do 1T25, teremos resultados de companhias importantes do setor financeiro, como BlackRock, J.P. Morgan, Morgan Stanley e Wells Fargo.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quinta-feira com movimentação mista ao longo da curva. Com o cenário internacional nos holofotes, os destaques foram: i) a elevação das tarifas americanas sobre produtos chineses para cerca de 145%, o que reforçou a aversão ao risco do mercado; e ii) o CPI americano, que apresentou aceleração de 0,1% m/m em março, em linha com o consenso. Com isso, o DI jan/26 encerrou em 14,81% (-1,6bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,52% (+3,2bps); DI jan/29 em 14,47% (+7,8bps); DI jan/31 em 14,79% (+15bps). Nos EUA, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,87% (-4,7bps), enquanto os de dez anos em 4,43% (+8,0bps).
Mercados globais
Nesta sexta-feira, os futuros dos Estados Unidos operam em alta (S&P 500: +0,7%; Nasdaq 100: +0,8%), enquanto o mercado se prepara para encerrar uma semana volátil. O temor das tarifas continua dominando a atenção dos investidores, mas aliviou após o presidente Donald Trump reduzir temporariamente as tarifas específicas por país para 10%, com exceção da China, que retaliou mais uma vez os EUA com tarifas de 125% esta manhã.
Com as novas notícias, as taxas das Treasuries operam mistas, com os títulos de 10 anos subindo pouco mais de 2 bps, enquanto o de 2 anos cai mais de 3 bps.
O anúncio da nova retaliação da China fez com que as bolsas europeias passassem a operar em queda (Stoxx 600: -0,7%), já que os investidores estão buscando cada vez mais fugir de riscos. Na Ásia-Pacífico os movimentos foram mistos: na China, as bolsas fecharam mais uma vez em alta (CSI 300: +0,4%; HSI: +1,1%), e o Japão apresentou queda no dia (Nikkei 225: -3,0%), chegando na reta final de uma semana extremamente volátil para as bolsas locais, com circuit breaker no início da semana e alta de quase 10% na quinta feira.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a quinta-feira estável, mantendo uma desvalorização acumulada de 2,0% no mês, refletindo a deterioração do humor dos mercados devido à disputa tarifária global. Tanto os Fundos de Tijolo quanto os FIIs de Papel registraram desempenhos negativos no dia, com desvalorizações médias de 0,12% e 0,01%, respectivamente. Entre os destaques positivos, destacaram-se BLMG11 (+2,3%), CACR11 (+2,3%) e HSAF11 (+1,9%). Por outro lado, entre os destaques negativos, figuraram BPFF11 (-2,5%), SARE11 (-2,5%) e BTRA11 (-2,4%).
Economia
Nos Estados Unidos, o índice de preços ao consumidor mostrou alta de 2,4% nos doze meses até março, enquanto o núcleo do indicador, que exclui preços de alimentos e energia, registrou alta de 2,8%. Ambos os indicadores ficaram abaixo das expectativas de mercado e do resultado de fevereiro, o que poderia indicar algum espaço para retomara de cortes de juros no futuro. No entanto, três autoridades do Fed expressaram preocupações com a política tarifária nesta quinta-feira, afastando por ora a retomada do ciclo de cortes. Lorie Logan, do Fed de Dallas, disse que as tarifas mais altas muito provavelmente aumentariam desemprego e inflação; Austan Goldsbee, de Chicago, defendeu uma abordagem de esperar para ver ante incertezas elevadas e tarifas muito altas; e Susan Collins, de Boston, disse que as tarifas adotadas pelo governo Trump aumentarão a inflação e deprimirão a atividade. No Brasil, a receita real do setor de serviços aumentou 4,2% em fevereiro, acima das expectativas de mercado. A abertura mostrou uma resiliência importante do setor, o que a nosso ver está em linha com uma desaceleração suave da atividade econômica neste ano.
Na agenda do dia, destaque para a divulgação do índice de preços ao produtor (PPI) de março e do indicador de confiança da Universidade de Michigan, ambos nos Estados Unidos. No Brasil, o destaque é o IPCA de março, que deve mostrar alta de 0,54% segundo o consenso de mercado, com a média dos núcleos aumentado 0,45% e os serviços subjacentes 0,63%. Além disso, teremos o IBC-Br, proxy de atividade econômica mensal do Banco Central, na qual se espera alta de 0,3% ante o mês anterior e de 3,6% em relação ao ano anterior.
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ECONOMIA: 1. Inflação ao consumidor dos EUA cai, mas riscos permanecem devido às tarifas; destaque de hoje é o IPCA no BrasilEMPRESAS: 1. Bens de Capital: Pouco claro, incerto… Mas não necessariamente pouco atrativo 2. Aura Minerals (AURA33): Desempenho geral decente impulsionando produção em linha vs. XPe 3. Prévia 1T25 | Assaí (ASAI3): Efeito calendário ofuscando a receita 4. A Cyrela reportou dados operacionais impressionantes na prévia operacional do 1T25 5. Mineração e Siderurgia | Papel e Celulose: Um Humor Cauteloso… Com algumas assimetrias 6. Preocupações em Relação às “Tarifas de Trump” sobre as Tendências do Mercado de Celulose; Futuros de BHKP Acima de US$600/t para Maio de 2025 7. Bens de Capital: Dados de produção de ônibus melhores em mar’25, segundo a Fabus 8. Agronegócio: Safra velha, números novos 9. Utilities: Possível aumento de isenções tarifárias no setor elétrico 10. Banco do Brasil (BBAS3): Com pressões do agro arrefecendo, desconto de valuation se destaca 11. Principais notícias dos setores RENDA FIXA: 1. De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa ESTRATÉGIA: 1. Factor Pulse: Fatores têm perdas em mês volátil ALOCAÇÃO & FUNDOS: 1. Principais notícias do setorESG: 1. Portaria do leilão de baterias será publicada até o final de maio, diz MME | Café com ESG, 11/04
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