Excesso de celulares e de redes sociais preocupa pais e usuários já adultos, que sentem dificuldade em brecar as próprias atividades online.
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Bárbara Blum
Escreve sobre gênero no Todas e apresenta o podcast Modo de Viver. Foi editora-assistente da Ilustrada
Como saber se sua relação com a tecnologia não está saudável?
Essa parece ser a pergunta de um milhão de dólares. Depois de ler o livro "A Geração Ansiosa", do psicólogo americano Jonathan Haidt, decidi deletar o aplicativo do Instagram do meu celular. Eu queria ver se aquilo poderia ser uma fonte de mal-estar. Passei dois meses sem o app e contei um pouco da experiência no novo episódio do podcast Modo de Viver.
O episódio traz entrevistas com três especialistas. O neurologista Lucio Huebra explica o que as redes sociais fazem com o cérebro, com pequenos estímulos e injeções de dopamina, o diretor do Internet Lab Francisco Brito Cruz conta como as redes sociais foram arquitetadas para que passemos mais tempo nelas e o psiquiatra Rodrigo Machado, coordenador do Grupo de Dependências Tecnológicas do Instituto de Psiquiatria da USP, fala sobre o vício em tecnologia.
Chama a atenção que, em uma entrevista que fiz com Haidt, ele fez questão de enfatizar que a geração Z apresenta maior sofrimento psíquico que os millennials. Isso, para ele, sinaliza que a internet e a tecnologia não são, por si, problemas. São as mídias sociais que exigem cautela. A autoridade máxima de saúde dos Estados Unidos, Vivek Murthy, recomendou até que as redes tenham um rótulo de advertência, tipo o de cigarros.
O trabalho de Haidt traz pesquisas que apontam para uma possível correlação entre a popularização dos smartphones e a piora na saúde mental dos jovens, com uma virada importante a partir dos anos 2010.
O editor da revista Science, porém, pede cautela com os dados de Haidt. Vale a leitura para ter o contraponto.
Duas colunistas do Todas contaram suas experiências nesse assunto. A Joanna Moura conta sobre a diferença da sua infância em frente à TV, nos anos 1980, e a dos seus filhos. A Natalia Beauty conta que não proíbe o uso, mas traça limites.
Jonathan Haidt, autor de 'A Geração Ansiosa'
Depois de um turbulento início de campanha nos Estados Unidos, Kamala Harris oficializou sua candidatura à Presidencia. A convenção que selou seu nome teve a participação da realeza política americana, como os casais Obama e Clinton, e de celebridades de peso, como a apresentadora de TV Oprah Winfrey. O desafio, agora, é levar a energia da convenção democrata às urnas. Diferentemente de Hilary Clinton em 2016, ser mulher não deve ser o foco da campanha de Harris . Mas suas propostas apelam para o público feminino, como mostra esse episódio do podcast Café da Manhã, que foi ao ar na segunda-feira (26).
Para celebrar minha estreia na newsletter do Todas, um brinde! Mas vamos com a bebida preferida? Deixo a recomendação —endossada por experts— das cafeterias que mais gosto em São Paulo. Esse ano, Pato Rei e Por um Punhado de Dólares levaram o prêmio O Melhor de São Paulo. Da primeira, recomendo o omuraissu, um omelete cremoso com arroz de kimchi. Da segunda, sou fã dos chás gelados. E não deixem de visitar Coffee Lab e Um Coffee Co., ambas com baristas premiados. Para ler mais sobre café, recomendo o blog Café na Prensa, do David Lucena.