Em meio às tensões comerciais, investidores miram balanços no Brasil e dados dos EUA.
Sexta-feira, 18 de julho de 2025Tempo de leitura: 05 minutos
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Suno Call
Resumo do Editor
Nesta sexta-feira, os investidores reagem à crescente tensão entre Brasil e Estados Unidos após o anúncio de tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Em resposta, o presidente Lula classificou a medida como "chantagem inaceitável". No exterior, apesar das incertezas comerciais, Wall Street fechou em máximas históricas com apoio de balanços corporativos e dados econômicos positivos. A temporada de resultados também começa a ganhar tração no Brasil, com expectativas para Usiminas e Weg na próxima semana.
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A Concentração no Mercado está historicamente alta?
Os mercados financeiros frequentemente se comportam como um espetáculo de luzes: alguns poucos holofotes brilham mais intensamente enquanto o restante permanece na penumbra. Atualmente, o mercado de ações dos Estados Unidos apresenta uma concentração crescente, com algumas empresas gigantes dominando a cena.
Isso levanta perguntas fundamentais: qual é o impacto disso para os investidores? E mais importante: quanto é demais?
O que é a concentração no mercado?
Concentração de mercado ocorre quando poucas empresas detêm uma parcela significativa da capitalização total do mercado norte americano no total (market cap). Hoje, as dez maiores empresas do S&P 500 representam 27% do valor total do mercado de ações norte-americano.
É uma concentração quase equivalente à maior já registrada nos últimos 70 anos, em 1963, época na qual ocorreu a bolha das Nifty Fifty, companhias que tiveram retornos aquém do mercado após esse momento dos anos 60 e começo dos anos 70...
Mercado segue atento à tensão comercial entre Brasil e EUA
As atenções nesta sexta-feira se voltam à escalada de tensão comercial entre o Brasil e os Estados Unidos. Na véspera, o presidente Lula afirmou que a carta enviada por Donald Trump, anunciando uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, é uma "chantagem inaceitável". O mandatário também defendeu a soberania brasileira em temas como regulação de empresas digitais.
A retaliação norte-americana estaria ligada, segundo Trump, ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, reforçando o caráter político da medida.
Apesar das incertezas comerciais, os mercados globais mostram resiliência. Balanços corporativos robustos e dados econômicos positivos dos EUA mantêm o apetite ao risco. As vendas no varejo e os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA surpreenderam positivamente, impulsionando os índices Nasdaq e S&P 500 a novos recordes na quinta-feira.
No Brasil, a temporada de resultados também começa a ganhar tração. Usiminas (USIM5) e Weg (WEGE3) divulgarão seus balanços na próxima semana, e os números devem oferecer pistas sobre o desempenho do setor industrial em meio ao cenário macro mais desafiador.
Às 6h36, as principais bolsas europeias operavam em alta: Londres (+0,28%), Paris (+0,57%) e Frankfurt (+0,38%). O índice pan-europeu Stoxx 600 avançava 0,45%, a caminho de encerrar a semana com desempenho positivo.
As negociações comerciais entre União Europeia e EUA seguem no radar. Caso não haja acordo até 1º de agosto, o bloco europeu enfrentará tarifa "recíproca" de 30% imposta por Trump.
Na Ásia, os mercados fecharam sem direção única. Hong Kong (+1,33%) e Taiwan (+1,17%) lideraram os ganhos, apoiados por resultados sólidos da TSMC. Na China continental, Xangai subiu 0,50%. Por outro lado, Tóquio caiu 0,21% com investidores em compasso de espera pela eleição legislativa no domingo. Seul recuou 0,13%.
Na Oceania, a bolsa australiana acumulou ganhos pelo segundo dia, com o S&P/ASX 200 avançando 1,37%.
Ibovespa fecha com leve alta; dólar recua
Na quinta-feira, o Ibovespa oscilou durante a sessão, mas conseguiu terminar o dia em alta, refletindo a cautela dos investidores com o cenário tarifário e fiscal.
O índice fechou em alta de 0,04%, aos 135.564,74 pontos, com variação estreita ao longo do dia.
O dólar comercial encerrou em queda de 0,26%, cotado a R$ 5,546 na venda, contrariando o movimento de valorização da moeda americana no exterior.
Para ficar de olho 👀
Petrobras (PETR4) e mercado asiático: A Petrobras (PETR3; PETR4) pode redirecionar o petróleo que vende para os Estados Unidos para outros países, em meio à tarifa de 50% anunciada sobre exportações brasileiras para o país norte-americano. Entenda.
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