As tarifas impostas pelos EUA continuam assombrando os investidores brasileiros, que aguardam o início da temporada de balanços.
Terça-feira, 22 de julho de 2025Tempo de leitura: 05 minutos
Bom dia, Investidor!
Suno Call
Resumo do Editor
Os mercados iniciam esta terça-feira atentos à reta final das negociações comerciais dos Estados Unidos com seus parceiros antes do prazo de 1º de agosto. No Brasil, o governo reagiu às tarifas impostas por Washington e elevou o tom contra o que chama de "instrumentos de coerção". Bolsas no exterior operam sem direção única, e balanços corporativos movimentam o pregão na Europa. No Brasil, o Ibovespa voltou a subir na sessão de ontem.
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A Transição do Mercado Público para o Privado
Nas últimas décadas, um fenômeno notável tem ocorrido no mercado financeiro dos Estados Unidos: um grande número de empresas que antes buscavam listagem nas bolsas de valores agora escolhem permanecer privadas por mais tempo. Além disso, fusões e aquisições reduziram significativamente o número de companhias abertas, tornando o universo de investimento no mercado público cada vez mais concentrado.
Neste Suno Call, exploramos as razões por trás desse movimento e o impacto que ele tem sobre investidores, empresas e a alocação de capital no longo prazo.
O declínio das empresas listadas
Em 1996, havia aproximadamente 7.300 empresas listadas nos EUA. Hoje, esse número caiu para cerca de 3.600, ou seja, menos da metade. Esse fenômeno pode ser explicado por dois fatores principais...
Contagem regressiva para 1º de agosto: tarifas e tensões diplomáticas no radar
Investidores começam esta terça-feira (22) em compasso de espera pelas definições comerciais dos Estados Unidos com seus principais parceiros antes do prazo final de 1º de agosto. O secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, afirmou ontem que o foco está na qualidade dos acordos e não no prazo. A decisão sobre eventuais prorrogações caberá ao presidente Donald Trump.
Enquanto isso, crescem os temores sobre uma nova rodada de retaliações. A União Europeia estuda contramedidas que podem atingir serviços e outros setores caso as negociações fracassem. Japão, Coreia do Sul e México também estão na mira, com tarifas que podem variar entre 25% e 35%. No caso do Brasil, a taxa já anunciada é de 50%.
Internamente, o presidente Lula afirmou na véspera que usar o comércio internacional como "instrumento de coerção e chantagem" é uma atitude de "inimigos da democracia". A fala foi interpretada como uma crítica direta ao governo dos EUA.
Às 6h34 (de Brasília), as bolsas europeias operavam sem direção definida. O índice pan-europeu Stoxx 600 recuava 0,43%, puxado pelo setor químico após a Akzo Nobel divulgar resultados fracos e revisar projeções.
A Bolsa de Londres subia 0,07%, enquanto a de Paris caía 0,54% e a de Frankfurt recuava 0,81%. Já a de Milão se mantinha estável, a de Madri avançava 0,12% e a de Lisboa tinha ganho de 0,36%.
As bolsas asiáticas fecharam sem direção única. Em Tóquio, o índice Nikkei caiu 0,11%, refletindo o ambiente político incerto.
O sul-coreano Kospi recuou 1,27% em Seul. Em Taiwan, o Taiex teve queda de 1,51%, enquanto em Hong Kong o Hang Seng avançou 0,54%. Na China continental, o Xangai Composto subiu 0,62%, e o Shenzhen Composto teve alta de 0,58%.
Na Oceania, o S&P/ASX 200 avançou 0,10% em Sydney, impulsionado pelo desempenho das mineradoras Fortescue (+3,2%) e BHP (+2,6%).
Ibovespa sobe com apoio de Vale e bancos
O Ibovespa iniciou a semana em alta, apoiado pela valorização de ações como Itaú (ITUB4), Vale (VALE3), Gerdau (GGBR4) e CSN (CSNA3). O movimento ajudou a recuperar parte das perdas da semana passada, quando o índice caiu cerca de 2% em meio à tensão comercial com os EUA.
O principal índice da B3 subiu 0,59%, aos 134.166,72 pontos, após oscilar entre a mínima de 133.367,36 e a máxima de 134.864,53 pontos. O volume financeiro do pregão somou R$ 17,5 bilhões.
O dólar comercial fechou com queda de 0,40%, a R$ 5,5651. No ano, a moeda americana acumula baixa de 9,94% frente ao real.
Para ficar de olho 👀
Fleury e Rede D'Or: O Goldman Sachs divulgou um relatório avaliando os possíveis impactos de uma fusão entre Rede D'Or (RDOR3) e Fleury (FLRY3), após notícias indicarem que as companhias discutem uma combinação de negócios. Leia mais.
Lucro elevado: O fundo imobiliário GGRC11 divulgou resultado líquido de R$ 11,96 milhões em junho. No período, foram distribuídos R$ 0,105 por cota, com dividend yield de 1,04% no mês, o que representa uma taxa anualizada de 12,49%. Saiba mais.
Fundos de ações: A inflação brasileira desacelerou em junho, com o IPCA subindo 0,24%, mas segue acima do teto da meta e pressiona as decisões do Banco Central. Diante disso, gestoras de fundos de ações continuam adotando uma abordagem cautelosa. Entenda.
Acima do benchmark: O FI-Infra INFB11 registrou em junho uma rentabilidade de 1,21%, desempenho superior ao seu benchmark, o IMA-B5, que avançou apenas 0,45% no mês. Leia mais.
Projeções para Suzano: A Suzano (SUZB3) deve apresentar um forte trimestre de recuperação no 2T25, após enfrentar o maior ciclo de paradas de manutenção da sua história no primeiro trimestre. Saiba mais.
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