O Ibovespa encerrou o pregão de quarta-feira em queda de 0,4%, aos 139.051 pontos. Os investidores seguiram monitorando o conflito entre Executivo e Legislativo após a derrubada do decreto que elevava as alíquotas do IOF. No cenário internacional, apesar dos dados mais fracos do mercado de trabalho nos EUA — com o relatório ADP de junho abaixo das expectativas — o sentimento foi compensado pelo anúncio de um novo acordo comercial entre os EUA e o Vietnã feito por Donald Trump. Por fim, o dia foi marcado por uma rotação de setores domésticos e sensíveis aos juros, como varejo, para setores ligados a commodities, com as performances positivas de Vale (VALE3, +3,6%) e Petrobras (PETR4,+1,8%), evitando uma queda maior do Ibovespa.
As mineradoras e siderúrgicas foram impulsionadas pela valorização do minério de ferro (+1,7%) após o PMI de serviços da Caixin na China superar as expectativas. CSN (CSNA3, +6,1%), Usiminas (USIM5, +5,4%), Vale (VALE3, +3,6%) e Gerdau (GGBR4, +3,1%) lideraram os ganhos. Na ponta oposta, as varejistas, como Assaí (ASAI3, -7,5%), Magazine Luiza (MGLU3, -6,6%) e Smart Fit (SMFT3, -6,1%), foram pressionadas pela abertura da curva de juros.
Nesta quinta-feira, o foco do mercado estará na divulgação do relatório de emprego (Non-farm Payroll) de junho nos EUA, além do ISM de serviços no mesmo período. As bolsas americanas terão funcionamento parcial, encerrando às 14h (horário de Brasília) devido ao feriado de 4 de Julho (Independência dos EUA).
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quarta-feira com abertura nos vencimentos intermediários e longos da curva. Na curva americana, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,79% (+1,13bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,28% (+4,06bp). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,92% (- 0,4bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,12% (+1bps); DI jan/29 em 13,15% (+6bps); DI jan/31 em 13,2% (+3,4bps).
Mercados globais
Nesta quinta-feira, os futuros dos Estados Unidos operam estáveis (S&P 500: estável; Nasdaq 100: estável), com os investidores à espera do relatório oficial de empregos de junho. Ontem, o S&P 500 (+0,5%) e o Nasdaq (+0,9%) renovaram máximas históricas, impulsionados pelo anúncio de um acordo comercial entre EUA e Vietnã, com tarifas de 20% sobre importações diretas e de 40% sobre reexportações.
Com isso, as taxas das Treasuries seguem pressionadas (Treasury 10 anos: 4,28%; Treasury 2 anos: 3,79%), mesmo após os dados fracos de emprego. Investidores também monitoram o avanço da “One Big Beautiful Bill”, pacote fiscal proposto por Trump, que passou no Senado e agora enfrenta resistência entre republicanos na Câmara.
Na Europa, as bolsas sobem no início do pregão (Stoxx 600: +0,1%), com todos os setores em território positivo. O FTSE 100 lidera os ganhos (+0,4%) após o premiê britânico assegurar que a ministra das Finanças permanecerá no cargo, o que aliviou temores fiscais no Reino Unido. Os rendimentos dos gilts recuam cerca de 10 bps, refletindo a melhora no sentimento.
Na China, os mercados fecharam mistos (CSI 300: +0,6%; HSI: -0,6%) com investidores reagindo aos comentários do presidente do Fed, Jerome Powell. Ele afirmou que o banco central já teria iniciado o ciclo de corte de juros se não fossem as tarifas impostas por Trump, o que reacendeu incertezas sobre a trajetória da política monetária. O Vietnã foi destaque na região, com o índice local subindo 0,3% para o maior nível desde abril de 2022, impulsionado pelo novo acordo comercial com os EUA.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) fechou a quarta-feira estável, mantendo o bom desempenho registrado no ano, com alta acumulada de 11,5%. Os Fundos de Tijolo foram o destaque da sessão, com valorização média de 0,15%, enquanto os FIIs de Papel apresentaram desempenho médio de -0,1%. Entre as maiores altas do dia estiveram PATL11 (3,0%), KNHF11 (2,8%) e LIFE11 (2,4%). Já HGCR11 (-2,2%), PVBI11 (-2,1%) e MCCI11 (-1,8%) registraram as maiores quedas.
Economia
Nos Estados Unidos, o relatório ADP indicou que houve perda de 33 mil vagas de trabalho no setor privado não-agrícola em junho, patamar bem abaixo das expectativas. Hoje, as atenções se voltam à divulgação do relatório Payroll , que trará a geração líquida de empregos (exp. 106 mil) na economia norte-americana e a taxa de desemprego (exp. 4,3%). Uma leitura abaixo das expectativas deve aumentar as expectativas de cortes de juros pelo Fed, banco central, nas próximas reuniões. Vale lembrar que amanhã será feriado nacional de Independência nos EUA. Na China, o PMI de Serviços Caixin caiu para 50,6 em junho de 2025, ante 51,1 em maio e abaixo das expectativas do mercado. A leitura marcou a expansão mais fraca do setor de serviços desde setembro de 2024.
No Brasil, o time de economia da XP revisou seu cenário de forma relevante. O texto mostra que o cenário global segue favorável ao Brasil, com dólar enfraquecido e preços de commodities sustentados, o que beneficia os mercados emergentes. Projetamos crescimento do PIB de 2,5% em 2025 e 1,7% em 2026. A taxa de câmbio foi revisada para R$ 5,50 por dólar no fim de 2025 e R$ 5,70 em 2026. As projeções de inflação caíram para 5,0% em 2025 e 4,5% em 2026, refletindo a valorização do real e a moderação nos preços no atacado. Com a inflação mais controlada, o Banco Central deve iniciar o ciclo de cortes de juros em janeiro, com a Selic projetada em 12,50% ao final de 2026. Veja o relatório completo.
A produção industrial brasileira recuou 0,5% m/m em maio, com queda em três das quatro grandes categorias. Apesar disso, a produção de bens intermediários avançou, impulsionada pela indústria extrativa. Esperamos crescimento mais moderado da indústria em 2025 (2,2%), refletindo o fim da ociosidade e condições monetárias mais apertadas, embora o mercado de trabalho resiliente e estímulos de curto prazo devam evitar uma desaceleração mais intensa.
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