| A reunião de conciliação entre o Executivo e o Legislativo realizada ontem no STF para tratar do decreto que alterou a alíquota do IOF terminou sem acordo. Participaram do encontro Jorge Messias, advogado-geral da União, e advogados que atuam no Senado e na Câmara, além de representantes da Procuradoria-Geral da República e do Ministério da Fazenda. A AGU e os advogados do Congresso expuseram seus pontos, mas não chegaram a um consenso. Segundo a ata da reunião, o ministro Alexandre de Moraes questionou se seria possível as duas partes fazerem concessões que pudessem resultar na conciliação. "Os presentes disseram que, apesar da importância do diálogo e da iniciativa dessa audiência, preferiam aguardar a decisão judicial", diz o texto. O governo não levou uma alternativa para a reunião e defendeu a manutenção do decreto de Lula. O Senado, por sua vez, pediu mais tempo para as negociações, mas a Câmara e o governo preferiram que o caso fosse resolvido por Moraes, em decisão judicial. O governo espera que o Judiciário considere inválida apenas parte do decreto e mantenha o aumento. Entenda. Governo dos EUA abre investigação comercial contra o Brasil. A pedido de Donald Trump, o Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR) abriu uma investigação comercial contra o Brasil para avaliar práticas em áreas como comércio eletrônico e tecnologia, taxas de importação e desmatamento. O documento que detalha a investigação diz que o Brasil pode estar prejudicando a competitividade de empresas americanas ao retaliar redes sociais por elas não censurarem conteúdo político e restringir a capacidade das empresas de oferecer serviços. A decisão cita também falta de práticas anticorrupção, problemas de propriedade intelectual, acesso ao mercado de etanol, desmatamento ilegal e discriminação aos americanos no comércio. Sobre as tarifas praticadas pelo Brasil, o objetivo é apurar se há taxas menores cobradas pelo Brasil de países que competem com os EUA. Saiba mais. Alckmin não descarta pedido para prorrogar prazo das sobretaxa dos EUA. O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou ontem que a prioridade do governo é reverter a sobretaxa imposta por Donald Trump, dos Estados Unidos, antes que ela comece a valer, em 1º de agosto, mas disse que pode pedir a prorrogação deste prazo, se for necessário. Entidades dos setores que serão atingidos pelas tarifas se reuniram ontem com o comitê —formado por Alckmin, Fernando Haddad, Simone Tebet e Rui Costa— designado pelo presidente Lula para ouvir o empresariado. O pedido de adiamento da cobrança foi proposto pela Confederação Nacional da Indústria, mas Alckmin disse que setores como frutas, café e carne bovina têm produtos já em processo de exportação para os EUA, o que demanda urgência nas providências sem pedir o adiamento do prazo. Leia o que mais foi discutido. Pesquisa mostra melhora na imagem de Lula após resposta a Trump. Pesquisa Atlas/Bloomberg divulgada ontem mostrou uma tendência de melhora na imagem do presidente Lula e uma aprovação de sua política externa após a postura adotada diante do 'tarifaço' de Donald Trump. A maioria dos entrevistados respondeu que Lula representa o Brasil melhor do que Bolsonaro no exterior. A avaliação positiva do governo subiu fora da margem de erro e se igualou com a taxa de reprovação. Os últimos levantamentos apontavam que o desempenho do presidente era reprovado pela maioria da população desde janeiro, com pior índice em maio. Veja todos os números. Câmara suspende mandato de Janones por confusão com Nikolas Ferreira. O Conselho de Ética da Câmara aprovou ontem a suspensão por três meses do mandato do deputado federal André Janones, que na semana passada se envolveu um uma confusão no plenário durante o discurso de Nikolas Ferreira. A punição tem efeito imediato e implica a suspensão do recebimento de salários (de R$ 46,6 mil ao mês) e verbas por esse período. Além disso, o Conselho abrirá um processo de cassação. Os dois deputados bateram boca numa sessão plenária que teve discursos em reação às tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. Nikolas teve seu discurso interrompido por um empurra-empurra em torno de Janones. A suspensão do deputado se dá mesmo com vídeos mostrando que, na confusão, ele foi agredido e ofendido por aliados de Nikolas. Janones vai recorrer de decisão. Leia mais. |