A licença de mandato do deputado Eduardo Bolsonaro, que está vivendo nos Estados Unidos, venceu ontem e ele declarou em uma live na internet que não pretende renunciar. "Eu não vou fazer nenhum tipo de renúncia. Se eu quiser, eu consigo levar meu mandato, pelo menos, até os próximos três meses", disse na transmissão. Com o fim da licença de 120 dias, Eduardo volta a receber a partir de hoje o salário de R$ 46,3 mil porque o retorno da licença é automático. Como o Congresso está em recesso até o dia 4 de agosto, não serão contabilizadas faltas e, depois disso, o deputado só perde o mandato se exceder o limite de faltas permitidas, que é de um terço das sessões plenárias do ano. Até o momento, Eduardo acumula quatro faltas não justificadas no site da Câmara. O deputado é alvo de inquérito aberto a pedido da Procuradoria-Geral da República pela sua atuação contra o governo nos EUA. Segundo a PGR, a intenção dele é coagir o STF e beneficiar o pai, Jair Bolsonaro, que é réu por tentativa de golpe. Leia mais. Morre aos 50 anos a cantora Preta Gil. A cantora, empresária e apresentadora, filha de Gilberto Gil, morreu na noite de ontem após complicações em seu estado de saúde em decorrência de um câncer colorretal. Ela foi diagnosticada com a doença em janeiro de 2023, passou por uma série de cirurgias e estava nos Estados Unidos realizando um tratamento experimental. A família fez o anúncio em suas redes sociais: "Pedimos a compreensão de tantos queridos amigos, fãs e profissionais da imprensa enquanto atravessamos esse momento difícil em família. Assim que possível, divulgaremos informações sobre as despedidas". Preta era filha de Gil e Sandra Gadelha, sobrinha de Caetano Veloso e afilhada de Gal Costa. Ela nasceu em 8 de agosto de 1974, no Rio de Janeiro, dois anos após seu pai retornar do exílio em Londres, durante a ditadura no Brasil. Mulher preta, bissexual e fora dos padrões estéticos convencionais, Preta enfrentou preconceitos desde a infância e usava sua visibilidade para combater o racismo, a gordofobia e a homofobia. Saiba mais sobre ela. AGU pede investigação sobre movimentações financeiras antes de tarifaço. A Advocacia-Geral da União pediu ao STF, na noite de sábado, que investigue movimentações suspeitas no mercado cambial brasileiro antes do anúncio das tarifas impostas pelos Estados Unidos ao Brasil, no dia 9 de julho. A petição foi protocolada após uma reportagem da TV Globo que mostrou transações de câmbio em volume significativo antes e depois do anúncio oficial das tarifas comerciais impostas por Trump. A AGU diz que a movimentação sugere possível utilização de informações privilegiadas por pessoas físicas ou jurídicas, "supostamente com acesso prévio e indevido a decisões ou dados econômicos de alto impacto". O órgão quer que o caso seja investigado no âmbito do inquérito que apura a atuação do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro para impor sanções contra a Justiça brasileira. Lula vai ao Chile discutir meios para enfrentar a ultradireita. Em meio a uma crise diplomática com os EUA, o presidente Lula viajou ontem para o Chile, onde irá participar hoje de um encontro em defesa da democracia e em busca de soluções para enfrentar o avanço das fake news e da ultradireita no mundo. A reunião também terá a participação do presidente chileno, Gabriel Boric, do líder da Espanha, Pedro Sánchez, e dos presidentes da Colômbia, Gustavo Petro, e do Uruguai, Yamandú Orsi. O objetivo do encontro é dar continuidade a uma discussão iniciada pelos chefes de Estado em 2024, durante a 79ª sessão da Assembleia-Geral das Nações Unidas. De acordo com o governo chileno, os líderes devem promover uma posição compartilhada em favor do multilateralismo, da democracia e da cooperação global com base na justiça social. Saiba mais. Moraes revoga prisão domiciliar de idosas do 8/1 após quase mil descumprimentos. Iraci Nagoshi, de 72 anos, e Vildete Guardia, de 74, condenadas por participação nos atos golpistas de 8 de Janeiro, tiveram que voltar ao regime fechado após decisões publicadas este mês. Iraci descumpriu as regras da prisão domiciliar mais de 900 vezes só em 2025, segundo monitoramento da tornozeleira eletrônica. As violações incluem saída do domicílio, fim de bateria e falta de sinal de GPS. Na decisão que determinou a volta dela ao regime fechado, o ministro Alexandre de Moraes disse que a idosa despreza a Justiça. Vildete violou as condições da prisão domiciliar em 20 datas diferentes, também segundo o monitoramento da tornozeleira. O advogado das duas disse a um veículo de comunicação que as violações ocorreram por problemas técnicos. |