A Bolsa brasileira disparou 1,34% ontem e encerrou o pregão batendo um novo recorde para o Ibovespa, desbancando a última marca atingida em 20 de maio deste ano. Segundo analistas, uma das razões para o otimismo dos investidores foi a divulgação de resultados acima das expectativas sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos, afastando temores de desaceleração econômica. O dólar também renovou recorde e caiu 0,29%, fechando cotado a R$ 5,405 para a venda, o menor valor desde junho do ano passado. Outros fatores que contribuíram foram as negociações dos EUA com parceiros comerciais, conforme o fim do prazo para acordos tarifários se aproxima, e o impasse em torno da cobrança do IOF. O ambiente positivo, no entanto, ainda exige cautela segundo os analistas: "A instabilidade fiscal, a judicialização de instrumentos como o IOF e os ruídos políticos no Congresso mantêm o ambiente de crédito pressionado", disse ao UOL Pedro Da Matta, CEO da Auda Capital. Após governo acionar o STF pelo IOF, deputados ameaçam com projeto da anistia. Na semana em que o governo entrou no Supremo contra o Congresso pelo projeto que anulou o decreto do IOF, a cúpula da Câmara passou a avaliar a hipótese de fazer avançar o projeto de anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro. Segundo a colunista do UOL Thais Bilenky, no Judiciário, ministros interpretam a movimentação da Câmara como uma forma de pressionar o Supremo. Os ministros do STF foram convocados para arbitrar sobre a disputa entre governo e Congresso em torno do aumento do Impostos sobre Operações Financeiras e, caso contrariem os interesses dos deputados e senadores, poderiam ser retaliados com a anistia. Questionado sobre essa possibilidade, um líder ligado ao presidente da Câmara, Hugo Motta, afirmou à colunista, no entanto, que "até o recesso" isso não deve ocorrer. Os congressistas entram em férias no próximo dia 18. Leia mais. Cúpula do Brics vai fechar aeroporto e interditar vias no Rio. O Rio de Janeiro irá se transformar em zona de segurança máxima de amanhã até terça-feira por causa da reunião de cúpula do Brics. O grupo reúne Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã, e a reunião terá a presença de chefes de Estado e de governo de mais de 20 países, porque ainda há nações convidadas. A segurança vai envolver caças com mísseis, atiradores de elite (snipers) e bloqueios de ruas que vão mudar a rotina dos moradores da capital fluminense. A movimentação de delegações diplomáticas exigirá restrição de acesso a bairros como Copacabana e Flamengo e até o fechamento temporário do aeroporto Santos Dumont, nos dias 6 e 7 de julho. O decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) que permite a operação foi assinado pelo presidente Lula na terça-feira e o período de atuação dos militares vai até 9 de julho. Saiba mais. Presidente do Paraguai questiona Lula por ação hacker da Abin. Santiago Peña se encontrou com Lula ontem antes da cúpula dos chefes de Estado do Mercosul, que ocorre em Buenos Aires, na Argentina. Peña disse que, como "nações irmãs", expressava preocupação com o caso. "Expressei minha preocupação com o caso de espionagem e solicitei o total comprometimento das autoridades brasileiras no esclarecimento dos fatos", disse ele em uma publicação no Instagram. Ação feita pela Agência Brasileira de Inteligência queria obter informações sobre a negociação de tarifas de Itaipu. Um dos servidores da agência disse à Polícia Federal que um programa de invasão foi usado para acessar informações de autoridades do governo do Paraguai com aval do atual diretor da Abin, Luiz Fernando Corrêa. Leia mais. Hugo Calderano é impedido de viajar aos EUA e fica fora de torneio. O mesatenista brasileiro não poderá disputar o WTT Grand Smash em Las Vegas por um impedimento burocrático para sua entrada no país. O brasileiro possui cidadania portuguesa e só precisaria informar a entrada nos EUA pelo Sistema Eletrônico para Autorização de Viagem (ESTA, em inglês), já que os países da União Europeia fazem parte do Programa de Isenção de Visto. Mas durante o trâmite o atleta soube que estava inelegível para a dispensa do visto porque foi a Cuba em 2023. A viagem ocorreu para a disputa do Campeonato Pan-Americano e para a qualificação para os Jogos Olímpicos de Paris-2024. Calderano ainda tentou a emissão de um visto emergencial, mas não conseguiu. Saiba mais. |