Ninguém esquece André Esteves. Quem o conheceu garoto, estudante de matemática, viu desde lá de trás a ambição e o talento descomunais que o tornariam dono do banco BTG Pactual. Tudo começou num apartamento de dois quartos e 70 metros quadrados na Tijuca, no Rio. Morava com a mãe, Tânia, e a avó, Abeliz. Começou como "coder", programador. Em quatro anos virou sócio. Em 13, executivo. Antes dos 40 anos, ficou bilionário —em dólar. Para traçar o perfil de um dos homens mais poderosos do mundo dos negócios do Brasil, fui da Faria Lima ao Leblon e a Brasília. Conversei com 14 fontes, ministros, economistas e sócios. Foram seis meses de mergulho na história de Esteves, um obstinado e prodigioso aluno de classe média que deixou veteranos escolados comendo poeira. Esteves alia a vocação pros negócios com tino político, o que lhe abre portas nos círculos do poder. Ele influencia decisões em Brasília quando tem acesso às autoridades. Gaba-se ao antecipar anúncios para os pares no mercado financeiro, que o observam entre admirados e desconfiados. Quando encontra obstáculos no meio do caminho, desvia, muda a rota. "Um tipo fleumático", definiu o ministro Gilmar Mendes (STF), ao comentar a forma como lidou com a prisão na Lava Jato. "Tem personalidade, comanda", comentou o empresário Rubens Ometto, da Cosan. André Esteves cai, mas dá um jeito de estar de volta ao jogo. LEIA A REPORTAGEM COMPLETA EM UOL PRIME |