O Ibovespa encerrou o pregão de terça-feira em alta de 0,5%, aos 137.165 pontos, em um dia positivo para os mercados globais (S&P 500 +1,1%; Nasdaq +1,5%), após Donald Trump anunciar um cessar-fogo entre Israel e Irã, o que impulsionou o apetite por risco e levou à queda dos preços do petróleo. No cenário doméstico, a ata do Copom reforçou a sinalização de que o ciclo de alta da Selic chegou ao fim, mas também indicou que a taxa deve permanecer em território significativamente contracionista por um período “muito prolongado”.
O principal destaque positivo do dia foi Vamos (VAMO3, +7,2%), em movimento técnico de recuperação, após recuar 11,4% nos dois pregões anteriores. Já Brava Energia e PetroReconcavo (BRAV3, -6,9%; RECV3, -4,7%) recuaram, repercutindo a queda do preço do petróleo.
Nesta quarta-feira, o destaque da agenda econômica será a divulgação das vendas de casas novas de maio nos Estados Unidos.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de terça-feira com movimentos mistos, com fechamento nos vencimentos curtos e intermediários da curva, e leve abertura nos vértices longos. No cenário internacional, os agentes ampliaram as apostas em um potencial corte de juros pelo Fed na próxima reunião, mesmo com o presidente da entidade, Jerome Powell, tendo afirmado não haver pressa. Na curva americana, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,82% (-3,9bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,29% (-5,3bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,95% (- 1,2bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,22% (- 5,4bps); DI jan/29 em 13,37% (- 2bps); DI jan/31 em 13,55% (+3,1bps).
Mercados globais
Nesta quarta-feira, os futuros dos Estados Unidos operam perto da estabilidade (S&P 500: 0,0%; Nasdaq 100: +0,1%), com os investidores monitorando a aproximação do S&P 500 de sua máxima histórica. O índice saltou mais de 1% no pregão anterior, impulsionado pela queda do petróleo, e agora está a menos de 1% do recorde. A trégua entre Irã e Israel, anunciada por Donald Trump e confirmada por ambos os lados, sustentou o alívio nos mercados, mesmo em meio às incertezas com tarifas e consumo.
As taxas das Treasuries recuam após o discurso de Jerome Powell, que reforçou a cautela do Fed e a ausência de pressa para iniciar cortes de juros. A taxa de 10 anos caiu 3 bps, enquanto a de 2 recuou 1 bps.
Na Europa, as bolsas operam em leve queda (Stoxx 600: -0,1%), apesar do desempenho positivo do setor de defesa, que avança 1,2% diante da reunião de cúpula da OTAN em Haia. Os líderes dos países-membros, com exceção da Espanha, sinalizaram um aumento da meta de gastos militares para 5% do PIB.
Na China, os mercados fecharam em alta (CSI 300: +1,4%; HSI: +1,2%), acompanhando o alívio global com a perspectiva de manutenção do cessar-fogo. Investidores também repercutem os comentários do Fed e os últimos movimentos do petróleo.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a terça-feira em alta de 0,13%, embora ainda acumule uma desvalorização de 0,80% no mês. Os Fundos de Tijolo foram o destaque da sessão, ao registrarem valorização média de 0,28%, enquanto os FIIs de Papel apresentaram desempenho médio negativo de 0,19%. Entre as maiores altas do dia estiveram BTAL11 (2,5%), RCRB11 (2,0%) e RBRL11 (1,7%). Já CPSH11 (-1,3%), RBFF11 (-1,3%) e TVRI11 (-1,3%) registraram as maiores quedas.
Economia
O Copom divulgou, ontem pela manhã, a ata da sua última reunião de política monetária (17-18 de junho). O Comitê argumentou que a atividade econômica e a inflação estão em processo de moderação, mas ainda em níveis desafiadores. Em nossa avaliação, o Copom entende que sua estratégia de conduzir um “ciclo rápido e firme de elevação de juros” vem funcionando. Agora, é o momento de “observar os efeitos do ciclo implementado”. A indicação de juros restritivos por “período bastante prolongado” foi utilizada cinco vezes ao longo da ata. Consideramos essa comunicação consistente com o nosso cenário de taxa Selic em 15,00% até o 2º trimestre de 2026. Prevemos o início de um ciclo de flexibilização monetária em abril, com a taxa básica de juros chegando a 12,50% (após cinco cortes de 0,50 p.p.).
O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, prestou depoimento perante o Congresso ontem. Segundo ele, o banco central projeta aumento da inflação nos próximos meses, em meio à elevação das tarifas de importação, afirmando que não há pressa para reduzir as taxas de juros enquanto isso. Powell reforçou que o mercado de trabalho continua sólido e que a autoridade monetária está bem-posicionada para esperar novos sinais da conjuntura econômica antes de considerar mudanças nos juros.
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ECONOMIA: 1. Ata do Copom reforça sinalização de juros estáveis por “período bastante prolongado” EMPRESAS: 1. Mineração e Siderurgia: A produção global de aço caiu -4% A/A em Mai’25; Preços de minério de ferro caem -1% S/S 2.Distribuição de combustíveis | Dados de volume de maio da ANP 3.Natura&Co. (NTCO3): Data Expert: Etiqueta XP - Beleza #21 4.Telecom Brasil: Data Expert | Monitor de Preços Jun'25 5.BR Partners (BRBI11): Apoiando-se em um Balanço Patrimonial Sólido para Aproveitar Oportunidades 6.Copel (CPLE6): Destravando valor por meio da melhoria na governança RENDA FIXA: 1. De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixaALOCAÇÂO & FUNDOS: 1. Tempo, disciplina e estratégia: enriquecer é um processo 2.Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notíciasESG: 1. CNPE decide hoje aumento da mistura do etanol na gasolina para 30% | Café com ESG, 25/06
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