Um leilão imobiliário agendado para agosto pela Prefeitura de São Paulo pode ter um efeito colateral indesejado para os amantes do beach tennis. Ao menos seis quadras de areia instaladas na região da Avenida Brigadeiro Faria Lima correm o risco de sumir do mapa após a conclusão dos lances. O risco existe porque parte das arenas montadas no corredor que liga Pinheiros à Vila Olímpia tem uma dupla função: além de oferecer opções de lazer aos visitantes, elas também servem para "guardar" terrenos milionários que um dia vão virar enormes canteiros de obra. É essa jogada que explica a proliferação desses centros esportivos no eixo Pinheiros-Vila Olímpia da pandemia para cá. Mas essa febre está com os dias contados. O mercado já se mobiliza para disputar cada título, que terá peso de ouro: o lance mínimo é de R$ 17,6 mil. Ao todo, serão cerca de 150 mil colocados à venda neste ano pelo município. Quem comprar ganha licença para aproveitar melhor o terreno e erguer prédios altos e de maior valor de mercado. O metro quadrado para locação hoje na região passa de R$ 300 e explica o interesse do setor imobiliário no leilão. Já a prefeitura promete usar parte da arrecadação bilionária prevista -R$ 2,8 bilhões- em investimentos de infraestrutura e construção de moradias populares para os moradores da favela de Paraisópolis, a 8 km de distância do coração financeiro do país. Leia a reportagem no UOL Prime |