 | Jerônimo Rodrigues (PT), governador da Bahia, durante o UOL Entrevista | Reprodução/UOL |
| PT da Bahia age como os bolsonaristas que critica | |  | Rodrigo Barradas |
| Não bastassem os números assombrosos da letalidade policial na Bahia, o governador petista Jerônimo Rodrigues veio com esta, na última sexta: "Tivemos um presidente que sorria daqueles que estavam na pandemia sentindo falta de ar. Ele vai pagar essa conta dele e quem votou nele podia pagar também a conta. Fazia no pacote. Bota uma 'enchedeira'. Sabe o que é uma 'enchedeira'? Uma retroescavadeira. Bota e leva tudo para vala". Qual é a diferença qualitativa entre isso e as declarações sobre mandar a esquerda para a ponta da praia (lugar de desova de mortos pela ditadura), que Bolsonaro fazia com tanto gosto? Segundo o governador, o contexto, esse bode expiatório de todas as barbaridades que políticos falam. Leonardo Sakamoto se vê na necessidade de reafirmar o que deveria ser óbvio: "Líderes políticos, sociais ou religiosos afirmam que nunca incitam a violência direta através de suas palavras. Suas mãos não seguram a faca ou o revólver, mas é a sobreposição de seus argumentos e a escolha que fazem das palavras ao longo do tempo que distorcem a visão de mundo de seus seguidores e tornam o ato de esfaquear e atirar banal". E conclui: "Às vezes, é difícil diferenciar políticos. Se depender de suas declarações, fica mais ainda". |
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