Quarta-feira, 19 de Março de 2025Tempo de leitura: 05 minutos
Bom dia, Investidor!
Suno Call
Resumo do Editor
No dia mais esperado da semana, o Copom deve elevar a Selic em 1 ponto percentual para 14,25%, enquanto o Fed deve manter a taxa de juros de referência dos Estados Unidos na faixa de 4,25% a 4,50%. As decisões não devem trazer surpresas, mas o mercado aguarda, ansiosamente, como os bancos centrais dos dois países avaliam as pressões inflacionárias daqui para frente. No Japão, houve manutenção dos juros em 0,5%. Hoje à noite, a China definirá os rumos de sua política monetária em relação às taxas de empréstimo de referência de um e cinco anos. De volta ao Brasil, estão previstos para hoje e amanhã leilões de linha, ou seja, venda de dólares com compromisso de recompra, de US$ 4 bilhões.
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O feitiço do tempo
Nesta edição do Suno Call, abordaremos como ciclos repetitivos na economia brasileira podem nos ensinar sobre transformação e aprendizado, inspirados pelo blog Kinea Insights. Esses ciclos refletem desafios estruturais que o país enfrenta há décadas, com impactos profundos na sociedade e na economia. Para entender a situação atual, é essencial observar a repetição de crises econômicas e os fatores que contribuem para esse padrão.
Desde a redemocratização e a promulgação da Constituição de 1988, o Brasil tem enfrentado um dilema recorrente: um modelo de crescimento econômico que, invariavelmente, encontra limites em desequilíbrios fiscais e crises de confiança. Essa repetição é alimentada por fatores como o aumento contínuo de gastos públicos, ineficiências na gestão governamental e falta de reformas estruturais que possam romper o ciclo.
Atualmente, o Brasil vive mais um capítulo dessa narrativa. A confiança na dívida soberana está fragilizada devido ao elevado endividamento público, ao custo crescente dos juros e à percepção de que o governo e o Congresso não têm colaborado suficientemente para implementar um ajuste fiscal robusto.
Decisões de política monetária no Brasil, nos EUA,
no Japão e na China marcam quarta-feira
A "Super Quarta" deve trazer elevação de 1 ponto percentual na Selic, para 14,25% ao ano e continuidade dos juros dos Estados na faixa de 4,25% a 4,50%. Se o aumento na taxa básica de juros brasileira for confirmado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), haverá retorno a um patamar registrado, pela última vez, em 2016. A ver o que o comunicado do BC irá sinalizar em relação às expectativas para a inflação e aos próximos movimentos de ajuste monetário.
Ontem, o governo encaminhou ao Congresso Nacional o projeto de isenção de Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil mensais e taxação de pessoas com rendas superiores a R$ 50 mil a partir de 2026. O mercado teme que a medida contribua para pressionar a inflação e para dificultar o cumprimento das metas fiscais. Haverá renúncia de R$ 27 bilhões da arrecadação com o aumento do teto isento do IR, e o governo espera arrecadar R$ 25,22 bilhões ao taxar os "super ricos".
Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed) deve sinalizar como avalia o impacto das tarifas de importação de produtos na inflação. O mercado aguarda a fala de Jerome Powell, presidente do banco central americano, às 15h30, após a divulgação da decisão monetária. Às 8h20, os indicadores futuros de Wall Street operavam no azul: Nasdaq ganhava 0,33%, Dow Jones valorizava 0,12%, e S&P 500 recuava 0,27%.
No Japão, houve manutenção dos juros em 0,5%, e o banco central do país deixou claro que poderá elevar a taxa nas próximas reuniões. Hoje à noite, a China definirá os rumos de sua política monetária em relação às taxas de empréstimo de referência de um e cinco anos.
As bolsas asiáticas fecharam sem tendência definida: Hang Seng avançou 0,12%, Kospi registrou alta de 0,62%, Xangai desvalorizou 0,10%, e Nikkei caiu 0,25%.
Na Europa, às 8h16, as bolsas também não tinham direção única: CAC 40 (Paris) avançava de 0,45%, e Euro Stoxx 600 tinha leve ganho de 0,01%. Por outro lado, FTSE 100 (Londres) desvalorizava 0,13%, e DAX (Frankfurt) perdia 0,36%.
Às 8h23, as cotações internacionais do petróleo recuavam. O barril do Brent caía 0,11%, enquanto o do WTI desvalorizava 0,12%.
De volta ao Brasil, estão previstos para hoje e amanhã leilões de linha, ou seja, venda de dólares com compromisso de recompra, de US$ 4 bilhões.
Ibovespa renova máxima de 2025, e dólar cai para menor patamar desde 24 de outubro
Ontem, o Ibovespa renovou a máxima do ano, de 131.075 pontos, após subir 0,49%, enquanto o dólar à vista caiu 0,25%, para R$ 5,6719, o menor nível desde 24 de outubro.
A Vale, empresa com maior fatia na composição do Ibovespa, teve alta de 0,74%.
A maior alta do dia ficou por conta da JBS, cujos papéis avançaram 17,89%.
A disparada foi uma resposta do mercado ao acordo da BNDESPar com a J&F Investimentos pelo qual a subsidiária do BNDES concordou em se abster de votar na assembleia que vai tratar da dupla listagem da JBS.
Para ficar de olho 👀
Distribuição de dividendos: Petrobras e Banco do Brasil pagam proventos amanhã; com pagamento, estatal totaliza a distribuição de R$ 17 bilhões na forma de JPC e dividendos referente ao resultado do período. Entenda.
Crise da Americanas: Americanas negocia parceria dentro das lojas e voltará ao 'básico' para aumentar rentabilidade; rede está em conversas com bancos e deve ter novo cartão e programa de fidelidade neste ano. Saiba mais.
M&A em mineração: Em 2024, número de fusões e aquisições no setor brasileiro foi o maior em 20 anos; houve 30 operações, com aumento de 42,9% em relação a 2023, segundo levantamento realizado pela KPMG. Leia mais.
Sucessão na Tupy: Indicado do BNDES e da Previ vai assumir presidência da metalúrgica; Rafael Lucchesi, que é diretor na CNI e diretor-superintendente do Sesi, assumirá no lugar de Fernando Rizzo. Entenda.
Guidance do INFB11: FI-Infra projeta rentabilidade anual da carteira em 14,44%, isenta de imposto de renda, o que equivale a um retorno líquido superior a 1,13% ao mês. Veja mais.
Desempenho do VRTA11: Fundo imobiliário tem lucro de R$ 14,1 milhões em fevereiro e rende 129% do CDI. Saiba mais.
Proventos do TOPP11: Dividendos do TOPP11 são anunciados com retorno mensal de 1,17%; pagamento ocorrerá no próximo dia 24. Leia mais.
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