O Ibovespa fechou em alta de 0,3% ontem, aos 119.299 pontos, em um dia de fechamento na curva de juros e queda de 0,7% do dólar, que terminou o pregão a R$ 6,04. Em meio a uma agenda doméstica mais esvaziada, os mercados ficaram atentos aos dados de inflação ao produtor nos EUA, que surpreenderam e vieram abaixo do esperado. Apesar disso, os investidores continuaram com um posicionamento cauteloso, com as taxas das Treasuries apresentando uma nova abertura enquanto o foco do mercado se direciona para a inflação ao consumidor americana, que será divulgada nesta quarta-feira.
O principal destaque positivo do dia foi Petz (PETZ3, +4,9%) em meio a perspectivas positivas do mercado em relação ao processo de fusão com a Cobasi, após uma notícia na segunda-feira afirmar que o processo pode ser aprovado pelo Cade ainda no primeiro trimestre deste ano. Já o destaque negativo foi Eneva (ENEV3, -2,8%), em movimento de realização de lucros, após o papel ter apresentado uma alta de 15,8% desde o primeiro pregão do ano.
Nesta quarta-feira, será divulgada a pesquisa mensal de serviços referente a novembro no Brasil. Pela temporada internacional de resultados do 4º trimestre, teremos uma série de divulgações de empresas do setor financeiro como Blackrock, Citigroup, Goldman Sachs, J.P. Morgan e Wells Fargo.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de terça-feira com fechamento em toda extensão da curva . No Brasil, após o governo sinalizar novas medidas de contenção fiscal, o ministro Fernando Haddad afirmou que o Executivo espera a aprovação do Orçamento de 2025 para definir a elevação da faixa de isenção do Imposto de Renda para dois salários-mínimos (R$ 3.036), destacando que haverá compensação fiscal para essa medida. Com isso, o DI jan/26 encerrou em 14,87% (-9,2bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 15,14% (-14,6bps); DI jan/29 em 15,06% (-23,3bps); DI jan/31 em 14,95% (-25,8bps).
Nos EUA, os destaques foram o PPI, que subiu menos do que o esperado pelo consenso (0,2% vs. 0,4% do consenso), e a expectativa dos investidores de que o governo Trump adotará um ritmo moderado na imposição de tarifas. Por lá, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 4,37% (-3,0bps), enquanto os de dez anos fecharam em 4,78% (-1,0bp).
Mercados globais
Nesta quarta-feira, os futuros nos Estados Unidos abrem em alta (S&P 500: 0,1%; Nasdaq 100: 0,2%), na expectativa pelo início da temporada de resultados do 4T24 (confira nossa prévia), com a divulgação de balanços de bancos. Na frente macroeconômica, hoje serão divulgados dados de inflação ao consumidor referentes a dezembro, e o mercado antecipa amanhã audiência no Senado para confirmação da indicação de Scott Bessent para a Secretaria do Tesouro.
Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: 0,4%), e, na China, as bolsas fecharam mistas (CSI 300: -0,6%; HSI: 0,3%), em dia de manchetes que revelam postura mais dura dos EUA com China em relação ao cumprimento de determinações de política comercial.
Economia
Nos Estados Unidos, o principal destaque foi o índice de preços ao produtor (PPI), que costuma antecipar a tendência de preços aos consumidores. O resultado do mês de dezembro mostrou uma pequena aceleração em relação ao mês anterior, mas ainda assim veio abaixo das expectativas do mercado, dando algum alívio depois dos dados mais fortes de mercado de trabalho na semana passada. Ainda no front internacional, notícias de que o Hamas e Israel estão na iminência de um acordo de cessar-fogo levaram o petróleo a fechar em queda.
No Brasil, dados da Anfavea mostraram um crescimento forte da produção de automóveis no ano passado, mas ainda aquém dos valores pré-pandemia. Além disso, houve desaceleração no mês de dezembro, em linha com nossa expectativa de uma atividade econômica mais fraca.
Na agenda do dia, destaque para a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) nos Estados Unidos, com expectativa de aceleração da inflação cheia em dezembro de 2,7% para 2,9% e estabilidade do núcleo da inflação em 3,3%. No Brasil, dados da pesquisa mensal de serviços para o mês de novembro devem indicar queda de 0,5% ante o mês anterior e alta de 3,3% ante o mesmo mês do ano anterior.
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ECONOMIA: 1. Inflação ao consumidor nos EUA e pesquisa mensal de serviços no Brasil são destaques hojeEMPRESAS: 1. Cury (CURY3): Começando 2025 com o pé direito 2. Telecom Brasil: Prévia de Resultados do 4T24 de TIM e Vivo | Continuidade da perspectiva positiva 3. Utilities: Atualizando as Estimativas de WACC Regulatório 4. Prévia 4T24 | Grupo SBF (SBFG3): Consistentemente focado em margens e geração de caixa 5. Mercado de Capitais: Destaques Operacionais da B3 – Dezembro 2024 6. Mineração e Siderurgia: Exportações de Aço da China Atingem Níveis Recordes em 2024; Preços do Minério de Ferro Sobem 3% S/S 7. Principais notícias dos setores
RENDA FIXA: 1. De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixaESTRATÉGIA: 1. Pesquisa com assessores XP: Apetite de risco em relação à Bolsa tem leve melhoraALOCAÇÃO & FUNDOS: 1. Principais notícias ESG: 1. Ma’aden, mineradora estatal saudita, abrirá escritório no Brasil; Transição energética como parte de sua estratégia | Café com ESG, 15/01
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