Sexta-feira, 04 de Outubro de 2024Tempo de leitura: 05 minutos
Bom dia, Investidor!
Suno Call
Resumo do Editor
A semana de indicadores de emprego nos Estados Unidos termina com o dado mais esperado – o "payroll" de setembro –, que afetará a calibragem do Fed em relação ao próximo corte dos juros americanos. No mercado internacional, as cotações do petróleo seguem em alta após terem subido 5%, ontem, por conta dos temores do impacto na oferta da commodity de um possível ataque de Israel à estrutura de produção iraniana. Às 8h16, o barril do Brent ganhava 1,52%, enquanto o WTI avançava 1,64%. No pré-mercado americano, os indicadores futuros operavam com valorização, às 8h17, à espera do "payroll". A maioria das bolsas europeias avançava no início da manhã. No Brasil, sai a balança comercial de setembro.
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A simplicidade supera a complexidade no mundo dos investimentos
Um trabalho que é visto como "simples" normalmente não é muito prestigiado na nossa sociedade. No geral, as pessoas valorizam muito os profissionais que resolvem problemas muito difíceis, como médicos, advogados, engenheiros, entre outros, associando essa complexidade com altas recompensas.
No entanto, no mundo dos investimentos os melhores resultados não derivam daquelas teses bastante complexas, que dependem de diversas variáveis, as quais têm que se comportar como projetado em uma planilha de Excel de mais de mil linhas.
Na verdade, os investimentos mais bem-sucedidos dos maiores value investors de todos os tempos foram justamente aqueles investimentos que eram obviamente favoráveis. Eles normalmente ocorreram em empresas muito descontadas com significativas vantagens competitivas, ou seja, que estavam sendo negociadas com uma margem de segurança incrível, praticamente implorando para serem compradas.
Combinação do 'payroll' americano com tensões do Oriente Médio vão dosar aversão a risco nesta sexta-feira
A semana termina com o mercado de olho no "payroll" dos Estados Unidos referente a setembro e com o monitoramento dos rumos dos conflitos no Oriente Médio. A ver se hoje será mais um dia de aversão a risco por parte do mercado.
Diante das preocupações com os impactos da escalada da guerra no Oriente Médio na oferta de petróleo, as cotações internacionais da commodity continuam em alta. Às 8h16, o barril do Brent ganhava 1,52%, enquanto o WTI avançava 1,64%.
Ontem, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que o apoio para Israel atacar a produção de petróleo do Irã está em avaliação. Após a fala de Biden, as altas do petróleo aceleraram, e a commodity fechou o dia com valorização de 5%.
Os dados de emprego são importantes na definição da política monetária pelo Federal Reserve (Fed). Espera-se que o "payroll" – principal indicador do nível de emprego nos EUA – aponte a criação de 150 mil postos de trabalho.
Nesta semana, o levantamento da Automatic Data Processing (ADP) indicou abertura de 143 mil vagas de trabalho pelo setor privado americano, em setembro, e o relatório Jolts apontou que foram abertas 8 milhões de postos de trabalho nos EUA em agosto.
No pré-mercado americano, os indicadores futuros operavam com valorização, às 8h17, à espera do "payroll". Dow Jones ganhava 0,14%, S&P 500 avançava 0,28%, e Nasdaq tinha alta de 0,38%.
A maioria das bolsas europeias avançava às 8h16: DAX (Frankfurt) ganhava 0,23%, CAC 40 (Paris) tinha alta de 0,51%, e Euro Stoxx 600 valorizava 0,13%. Já FTSE 100 (Londres) perdia 0,45%.
Na Ásia, Nikkei subiu 0,22%, Hong Kong avançou 2,82%, e Kospi ganhou 0,31%.
No Brasil, neste dia de agenda fraca, sai a balança comercial de setembro. Vale lembrar que, no domingo, ocorrerão as eleições municipais.
Aversão a risco resulta em queda de 1,38% do Ibovespa
O Ibovespa fechou a sessão de ontem com forte retração de 1,38%, a 131.672 pontos, refletindo a aversão a risco decorrente da piora dos conflitos do Oriente Médio.
A queda do mais importante indicador da B3 ocorreu apesar das altas das ações das petroleiras. Com o avanço de 5% na cotação internacional do petróleo, as ações da Petrobras subiram 1,35%, enquanto as preferenciais ganharam 1,23%.
Ontem, o Tesouro Nacional divulgou o déficit de R$ 22,4 bilhões, em agosto, nas contas do governo central. No acumulado de janeiro a agosto, o déficit primário foi de R$ 99,997 bilhões.
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