O Ibovespa fechou em queda de 0,7% ontem, aos 131.816 pontos, repercutindo a abertura da curva de juros, que prejudicou especialmente a performance de papéis mais cíclicos.
O principal destaque positivo do dia foi Azul (AZUL4, +4,9%), após a companhia reafirmar que segue em negociações ativas para otimizar a sua estrutura de capital, embora tenha ressaltado que nenhum documento foi assinado ainda (entenda melhor a negociação aqui). Já o principal destaque negativo do dia foi Assaí (ASAI3, -8,0%), após a empresa comunicar via fato relevante que recebeu um termo de arrolamento pela Receita Federal no valor de R$ 1,3 bilhão (veja aqui o comentário).
Nesta terça-feira, haverá divulgação do relatório JOLTs de agosto e o ISM de manufatura de setembro nos EUA. Na Zona do Euro, teremos dados de inflação ao consumidor e o PMI de manufatura de setembro. O foco da semana segue sendo o relatório de emprego dos EUA, que será publicado na sexta-feira.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de segunda-feira com forte abertura ao longo de toda a curva. No Brasil, apesar do déficit de R$ 21,4 bilhões ter ficado em linha com o consenso de mercado, houve percepção de piora fiscal, culminando no aumento do prêmio de risco. DI jan/25 fechou em 11,005% (alta de 0,3bp vs. pregão anterior); DI jan/26 em 12,325% (alta de 5,1bps); DI jan/27 em 12,395% (alta de 8,7bps); DI jan/29 em 12,49% (alta de 11,8bps). Nos EUA, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, deu indicação de corte de 25bps nas próximas duas reuniões do FOMC. Com isso, os rendimentos das Treasuries – títulos soberanos americanos – de dois anos fecharam em 3,66% (+11,0bps) e os de dez anos em 3,81% (+6,0bps).
Mercados globais
Nesta terça-feira, os futuros nos Estados Unidos abrem sem direção definida (S&P 500: 0%; Nasdaq 100: 0,2%), após encerrar o mês de setembro com alta nos principais índices (SPY: 2,1%; QQQ: 2,6%). Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: 0,3%), após inflação cair abaixo da meta do Banco Central Europeu. Na China, as bolsas se encontram fechadas devido a um feriado nacional.
Economia
Nos Estados Unidos, o discurso do presidente do Fed (banco central), Jerome Powell, ontem, sinalizou que, se os dados se comportarem conforme o esperado, o Fed provavelmente reduzirá a taxa de juros básica em 0,25 p.p. nas duas reuniões restantes deste ano – novembro e dezembro. É importante observar, no entanto, que parece haver uma divisão sobre o ritmo adequado para o próximo corte de juros entre os demais membros do Comitê. Na Zona do Euro, a inflação ao consumidor caiu para 1,8% em setembro, no resultado acumulado em 12 meses, marcando o primeiro mês em três anos em que ficou abaixo da meta de 2% do Banco Central Europeu (BCE). O declínio nos preços de energia contribuiu para a queda do indicador. No entanto, a inflação de serviços, que é um indicador-chave das pressões domésticas, permaneceu pressionada em 4%, dificultando um alívio maior pela política monetária.
No Brasil, o mercado espera taxa Selic em 12,00% no final do ciclo de alta de juros segundo os dados do boletim Focus. Ademais, o resultado do setor público consolidado – formado pela União, pelos estados, municípios e empresas estatais – atingiu déficit primário de R$ 21,4 bilhões em agosto, abaixo do déficit de R$ 22,8 bilhões registrado no mesmo mês de 2023. O dado foi impulsionado pelo déficit do governo central, que reflete a tendência observada desde o início do ano, com um crescimento robusto das receitas líquidas ainda insuficiente para compensar o aumento das despesas.
No calendário, começa hoje a divulgação dos dados de mercado de trabalho nos Estados Unidos. Teremos a pesquisa de oferta de empregos (JOLTS), um indicador da demanda por trabalho. Além disso, atenção à leitura de setembro das sondagens empresariais (PMI) do setor manufatureiro do Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) – o índice PMI reflete uma sondagem com empresários sobre as condições econômicas e de negócios nos países.
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ECONOMIA: 1. Powell sinaliza que não será necessária uma desaceleração mais rápida na taxa de juros básica para atingir a meta de inflação EMPRESAS: 1. Cemig (CMIG4): Feedback do Roadshow com a Cemig; Mensagem positiva sobre o negócio de distribuição2. Varejo XP: Feedback do Roadshow nos EUA e Europa 3. Principais notícias dos setores RENDA FIXA: 1. De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa 2. Carteiras Mensais: Renda Fixa, Crédito Privado e Bonds 3. Análise (Crédito): Trisul S.A. ESTRATÉGIA: 1. Raio XP: Cenário global sólido vs. Juros mais altos no Brasil – qual irá prevalecer? ALOCAÇÃO & FUNDOS: 1. Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias ESG: 1. Lula sanciona programa de hidrogênio de baixo carbono que concede R$ 18 bi em créditos fiscais | Café com ESG, 01/10
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