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A Guerra Fria encontrava-se a um espirro do fim na virada das décadas de 1980 para 1990. Foi quando Francis Fukuyama, um cientista político até então obscuro, publicou sua tese sobre o “fim da história”. Na visão dele, a difusão das democracias liberais e do capitalismo de mercado sinalizariam o fim da evolução sociocultural da humanidade. Forte, para dizer o mínimo. No entanto, a obsessão humana pela finitude rendeu holofotes suficientes para que Fukuyama fosse celebrado durante um bom tempo. O problema é que a história não acaba. Exemplos não faltam. Gregos, romanos e tantos outros povos antigos que o digam. Um caso não muito distante no tempo e bem menos complexo? Quando os juros no Brasil caíram aos 2% ao ano, não faltou quem decretasse a morte da renda fixa. Nos últimos anos, com os juros na casa de dois dígitos e agora voltando a subir, a renda fixa vai muito bem, obrigado. No momento, quem recebe a sentença de morte é a renda variável. Acontece que, assim como a história não acaba, a volta por cima é sempre uma possibilidade, mesmo quando parece improvável. Ontem, por exemplo, a bolsa caminhava para o sexto pregão seguido de queda quando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, concederam uma entrevista coletiva conjunta. Enquanto RCN apontou o que vê como exagero na depreciação dos ativos brasileiros, Haddad reiterou pela enésima vez o empenho do governo em fazer cumprir o arcabouço fiscal. A entrevista coletiva conjunta ocorreu às vésperas do segundo turno das eleições municipais. Passada a votação, o governo promete anunciar ajustes nos gastos. Mesmo sem muita clareza quanto a isso, o Ibovespa saiu do território negativo depois das falas de Haddad e RCN para recuperar os 130 mil pontos e fechar em alta de 0,65%. Em meio à ausência de indicadores nesta sexta-feira, a expectativa é de que os investidores sigam tentando calibrar o potencial impacto dessas medidas enquanto repercutem o lucro maior que o esperado da Vale no terceiro trimestre. Enquanto isso, os participantes do mercado continuam acompanhando uma história com grande probabilidade de reviravoltas envolvendo duas gigantes do setor farmacêutico. No início da semana, a EMS fez uma proposta de fusão com a Hypera Pharma (HYPE3). O conselho de administração da Hypera rechaçou a oferta — e apresentou seus motivos para a recusa. Na avaliação do colunista Ruy Hungria, no entanto, essa é uma história que ainda não terminou. Aqui ele explica por quê. |
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| | MAIS SOBRE O AUTOR Ricardo Gozzi É jornalista e escritor. Passou quase 20 anos na editoria internacional da Agência Estado antes de se aventurar por outras paragens. Escreveu junto com Sócrates o livro 'Democracia Corintiana: a utopia em jogo'. Também é coautor da biografia de Kid Vinil. COLABORAÇÃO Dani Alvarenga e Renan Sousa |
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