O Ibovespa subiu 1,3% em reais e 2,7% em dólares na semana passada, fechando aos 132.730 pontos.
O destaque positivo da semana na Bolsa brasileira foram as mineradoras (VALE3, +11,5%; CSNA3, +19,1%; CMIN3, +9,0%), com o otimismo com a China impulsionando o preço do minério de ferro, que subiu 8,9% na semana.
Já YDUQS (YDUQ3, -6,6%) ficou entre os destaques negativos, repercutindo a alta volatilidade da curva de juros, mais que compensando a alta na quinta, com notícias de uma possível fusão com a Cogna (veja aqui o comentário).
No comparativo semanal , os juros futuros encerraram com abertura nos vértices intermediários e fechamento nos curtos e longos. O diferencial entre os contratos com vencimento em janeiro de 2026 e 2034 saiu de 13,50 pontos-base (bps) na sexta-feira passada para -2,50 bps nesta semana. A curva, portanto, apresentou perda relevante de inclinação. As taxas de juro real ficaram praticamente de lado, com os rendimentos das NTN-Bs (títulos públicos atrelados à inflação) se consolidando em patamares próximos a 6,40% a.a. DI jan/25 fechou em 11% (-3,4bps no comparativo semanal); DI jan/26 em 12,27% (8bps); DI jan/27 em 12,3% (5,1bps); DI jan/29 em 12,36% (-1,7bps); DI jan/34 em 12,24% (-8bps).
Mercados globais
Nesta segunda-feira, os futuros nos Estados Unidos abrem em leve queda (S&P 500: -0,2%; Nasdaq 100: -0,2%), em linha para encerrar o mês de setembro e o terceiro trimestre com uma performance positiva.
Na China, as bolsas seguiram seu rali pós anúncio de estímulos na semana passada e voltaram a fechar em forte alta (CSI 300: 8,5%; HSI: 2,4%), em melhor dia para a Bolsa de Xangai desde 2008. Na Europa as bolsas operam em queda (Stoxx 600: -1,0%), com ações de montadoras como principais detratoras.
Economia
Divulgado nos Estados Unidos na sexta-feira, a inflação medida pelo deflator das despesas de consumo pessoal (PCE), aumentou 0,13%, ligeiramente abaixo das expectativas de 0,2%. Do lado da atividade, o crescimento real do consumo pessoal avançou 0,15% em agosto, ligeiramente acima das expectativas. Os dados continuam a evidenciar progressos no processo de desinflação e a resiliência da atividade econômica. No Brasil, a taxa de desemprego caiu para 6,6% em agosto, representando o menor nível da série histórica iniciada em 2012. Além disso, os rendimentos reais do trabalho aumentaram significativamente. Com relação aos empregos formais, houve criação líquida de 1,725 milhão entre janeiro e agosto de 2024, significativamente acima dos 1,392 milhão registrados no mesmo período de 2023. Os dados apresentaram mais uma vez números encorajadores, e mantemos nossa visão otimista sobre as condições do mercado de trabalho.
Publicado no sábado, as vendas no varejo no Japão aumentaram 2,8% em agosto de 2024 em relação ao mesmo mês do ano passado, acima das expectativas do mercado de 2,3% e aumento de 2,7% no mês anterior. Por outro lado, a produção industrial no Japão diminuiu 3,3% em relação ao mês anterior em agosto de 2024, abaixo do consenso do mercado de uma queda de 0,9%. Foi a quinta queda deste ano. Na China, o Índice Composto PMI do NBS subiu para 50,4 em setembro de 2024, acima dos 50,1 em agosto, marcando o valor mais elevado desde junho. Por outro lado, o PMI Geral Composto Caixin caiu para 50,3 em setembro de 2024, de 51,2 no mês anterior, abaixo das estimativas do mercado de 50,5 e apontando para o resultado mais baixo desde outubro de 2023.
Na agenda internacional, o destaque da semana é a divulgação do relatório Nonfarm Payroll nos Estados Unidos – principal relatório de emprego do país – referente a agosto (sexta-feira). Ademais, a pesquisa de oferta de empregos (JOLTS) será publicada na terça-feira, enquanto a criação líquida de empregos no setor privado (ADP) será conhecida na quarta-feira. Hoje, teremos falas do Jerome Powell, presidente do Fed, e Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu. Ademais, na terça-feira, os dados de inflação ao consumidor referente a setembro serão divulgados na Zona do Euro. Por último, as sondagens empresariais PMI de setembro serão divulgadas ao longo da semana nos Estados Unidos, Zona do Euro, e Reino Unido. No Brasil, a agenda econômica desta semana será menos agitada. Do lado fiscal, o Banco Central divulgará hoje as estatísticas do setor público consolidado, enquanto o Tesouro publicará, com atraso, o resultado do governo central na quinta-feira – ambos os dados são referentes a agosto. Na quarta-feira, o IBGE trará à público os dados da produção industrial (PIM-PF) de agosto. Por fim, na sexta-feira, destaque para a balança comercial de setembro.
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ECONOMIA: 1. Atenções voltadas aos indicadores de mercado de trabalho nos EUA EMPRESAS: 1. Simpar (SIMH3) anuncia proposta de transação2. Assaí (ASAI3): Comunicado de Arrolamento pela RFB3. Natura&Co. (NTCO3): Acompanhe os últimos acontecimentos da Recuperação Judicial da Avon Products Inc. 4. Bancos | Data Expert: Dados mensais de crédito (Agosto/2024); Análise dos dados do Banco Central 5. Utilities: Resultados do Leilão de Transmissão 02/2024; Leilão altamente competitivo 6. SLC (SLCE3) | Guidance 2024/25 Ligeiramente Abaixo da XPe 7. Principais notícias dos setores RENDA FIXA: 1. FS Bio tem ratings ‘BB-‘/’AA-(bra)’ afirmados pela Fitch; Perspectiva é ‘Estável’ 2. De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa ALOCAÇÃO & FUNDOS: 1. Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias ESG: 1. Reino Unido será 1ª economia do G7 a encerrar produção de energia a carvão | Café com ESG, 30/09 2. Agenda internacional em destaque: Climate Week NYC e 79ª Assembleia Geral da ONU | Brunch com ESG 3. O que esperar para a agenda regulatória do Brasil, a COP30 e o que powershoring tem a ver com tudo isso?
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