O Ibovespa fechou em alta de +1,1%, aos 133.010 pontos ontem, repercutindo a afirmação do governo chinês que fará o necessário para atingir a meta de 5% de crescimento do PIB, incluindo valer-se de instrumentos fiscais, sinalizando novos estímulos à frente. Com isso, o preço do minério de ferro subiu 2,1%, contribuindo para a performance positiva das mineradoras (CSNA3, + 9,0%; CMIN3, +6,7%; VALE3, +6,0%).
O principal destaque positivo na Bolsa brasileira foi Azul (AZUL4, +10,0%), após uma notícia indicar que a empresa conseguiu um acordo positivo com os arrendadores de aeronaves (entenda melhor a negociação aqui). Já a Prio (PRIO3, -4,8%) ficou entre os principais destaques negativos, repercutindo a queda nos preços do petróleo (Brent, -2,7%).
Nesta sexta-feira, teremos, no Brasil, a divulgação do IGP-M de setembro e a taxa de desemprego de agosto. No cenário internacional, o destaque será o deflator PCE de agosto nos EUA.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quinta-feira com forte abertura ao longo da curva. Domesticamente, o Relatório Trimestral de Inflação apontou uma inflação de 3,5% para o segundo trimestre de 2026, levando o mercado a precificar uma Selic mais alta para 2025 e 2026. Além disso, o relatório da Fitch Ratings destacou o risco fiscal em meio ao forte crescimento econômico do país, culminando na alta da curva na parte longa pelo pessimismo em relação a uma elevação no rating do país. DI jan/25 fechou em 10,99% (queda de 0,8bp vs. pregão anterior); DI jan/26 em 12,2% (alta de 11,4bps); DI jan/27 em 12,245% (alta de 13,4bps); DI jan/29 em 12,33% (alta de 9,3bps). Nos EUA, o PIB subiu 3,0% no 2T24, aumentando o apetite por risco dos investidores internacionais. Os rendimentos das Treasuries – títulos soberanos americanos – de dois anos fecharam em 3,60% (+7,0bps) e os de dez anos em 3,79% (0,0bp).
Mercados globais
Nesta sexta-feira, os futuros nos Estados Unidos abrem em leve queda (S&P 500: -0,1%; Nasdaq 100: -0,3%), no aguardo da divulgação da inflação medida pelo deflator do índice de consumo pessoal, medida de preços preferida pelo Federal Reserve.
Na China, as bolsas fecharam novamente em forte alta (CSI 300: 4,5%; HSI: 3,6%), após uma série de anúncios de estímulos pelo governo ocorrida ao longo da semana. A alta de China ajuda a impulsionar ações europeias que estejam ligadas ao consumo chinês. Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: 0,4%), após dado de inflação melhor que o esperado na França.
Economia
O Banco Central do Brasil (BCB) publicou ontem seu Relatório de Inflação do 3º trimestre de 2024. A nosso ver, o documento trouxe a mesma sinalização da última ata do Copom (Comitê de Política Monetária). Em comparação ao relatório anterior, as projeções de inflação subiram ao longo de todo o período considerado, distanciando-se ainda mais da meta de 3%. Esse aumento decorreu principalmente da atividade econômica mais forte do que o esperado, além da depreciação da taxa de câmbio e elevação das expectativas inflacionárias. Por exemplo, o BCB projeta inflação de 3,5% no 2º trimestre de 2026 (horizonte relevante de política monetária na próxima reunião do Copom, em novembro). Acreditamos que o Copom elevará a taxa Selic até 12,00% no início de 2025, após aumentos de: 0,50 p.p. em novembro; 0,50 p.p. em dezembro; e 0,25 p.p. em janeiro.
Na agenda internacional desta sexta-feira, atenções voltadas para a divulgação do núcleo do deflator PCE (despesas de consumo pessoal dos EUA), o índice de inflação favorito do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Estimamos elevação mensal de 0,22% em agosto, que levaria a inflação anual a subir de 2,62% para 2,74%. Na agenda doméstica, destaque para as estatísticas sobre o mercado de trabalho. A Pnad Contínua deve mostrar ligeira queda na taxa de desocupação (de 6,8% em julho para 6,7% em agosto) e tendência altista dos salários reais. Além disso, acreditamos que o Caged registrará sólida geração de empregos formais no mês passado (XP: 225,0 mil; mercado: 237,5 mil). Por fim, o Banco Central divulgará dados do mercado de crédito e de operações monetárias, também relativos a agosto.
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ECONOMIA: 1. Dados de inflação, renda e despesas pessoais nos EUA no centro das atenções; no Brasil, Banco Central divulga projeções de inflação mais distantes da meta de 3% EMPRESAS: 1. XP Agronegócio | Quão arriscados são os atrasos no plantio?2. Data Expert | Carrinho XP: Entendendo a performance do varejo com o aumento de juros3. Varejo XP: Feedback do Mercado Livre Experience 2024 4. Telefônica Brasil / Vivo (VIVT3): Desbloqueando valor na mudança regulatória para autorização RENDA FIXA: 1. De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa ALOCAÇÃO & FUNDOS: 1. Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias ESTRATÉGIA: 1. China: estímulos econômicos e disparada das bolsas | Gráfico da Semana ESG: 1. Microsoft anuncia investimento de R$ 14,7 bi em infraestrutura de computação em nuvem e IA no Brasil | Café com ESG, 27/09
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