Na segunda-feira, o Ibovespa fechou praticamente de lado, aos 128.466 pontos (-0,03%), perto da mínima do dia de 128.294 pontos. O índice foi afetado por uma divisão em relação ao ritmo do corte da taxa Selic que o Banco Central pode adotar na reunião do Copom nesta quarta-feira, de 0,25 p.p. ou 0,50 p.p., e pelo evento climático no Rio Grande do Sul, com especulação pelo mercado sobre os gastos necessários para ajudar as vítimas e a reconstrução do estado.
O principal destaque negativo do pregão foi Braskem (BRKM5, -14,5%), após desistência da Adnoc de comprar uma fatia da empresa. Frigoríficos como Marfrig (MRFG3, -4,9%) e Minerva (BEEF3, -3,7%) tiveram desempenho negativo, devido a exposição do setor ao evento climático no RS. Já o destaque positivo da sessão foi Itaú (ITUB4, +0,6%), com expectativa positiva em relação ao resultado do 1T24, que foi divulgado após o fechamento do mercado (leia nossa análise).
Para a sessão desta terça-feira, teremos uma série de resultados domésticos, com Auren, Blau, BRF, Carrefour, Cury, Embraer, Engie Brasil, Frasle, Mobility, JSL, Mater Dei, Odontoprev, Grupo Pão de Açúcar, PRIO, Raia, Drogasil, Vivo, e Vulcabras. Do lado global, BP, Duke Energy, Ferrari, Kenvue, Lyft, Reddit, UBS, e Walt Disney reportam.
Renda Fixa
A curva de juros encerrou a sessão de segunda-feira com viés de alta. Desta vez, os ativos locais se descolaram das Treasuries – títulos soberanos americanos -, que fecharam próximas à estabilidade tanto no papel de 2 anos, a 4,82% (+1,0bps), quando no de 10 anos, a 4,49% (-1,0 bps). O noticiário local direcionou os ativos, com a piora na projeção da inflação de 2025 divulgada no Boletim Focus pela manhã, que passou de 3,60% para 3,64%, se descolando mais do centro da meta de 3,0%. Além disso, os agentes ficaram apreensivos com o potencial efeito na economia das enchentes ocorridas no Rio Grande do Sul, uma vez que o tamanho da ajuda financeira promovida pelo Governo ao estado ainda não teve o seu valor divulgado, assim como a sua consequência nos cofres públicos. DI jan/25 fechou em 10,23% (alta de 8,5bps vs. pregão anterior); DI jan/26 em 10,45% (alta de 13bps); DI jan/27 em 10,765% (alta de 14bps); DI jan/29 em 11,27% (alta de 13bps).
Mercados globais
Nesta terça-feira, os mercados operam sem direção definida nos Estados Unidos (S&P 500: 0,0%; Nasdaq 100: -0,2%). O petróleo enfrenta volatilidade com tensões geopolíticas em foco, à medida que o conflito entre Israel e Hamas segue sem resolução.
Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: 0,7%), em dia que conta com importantes divulgações da temporada de resultados local (BP, UBS e Ferrari) e após dados de vendas no varejo melhores que o esperado para a Zona do Euro. Na China, as bolsas fecharam o dia mistas (HSI: -0,5%; CSI 300: 0,0%) após diversos dias de forte alta com expectativas de novos estímulos do governo.
Economia
Nos Estados Unidos, Thomas Barkin, presidente do banco central (Fed) de Richmond, declarou que as taxas de juro atuais são suficientes para alcançar as metas de inflação. O discurso reforça a fala de Powell semana passada descartando a alta de juros.
No Brasil, a Câmara dos Deputados aprovou um decreto legislativo para retirar da meta fiscal os recursos que visam ajudar o Rio Grande do Sul após estragos causados pelas chuvas. O texto segue para aprovação do Senado. Não foram fornecidos ainda prognósticos de gastos.
Segundo o boletim Focus, as projeções de mercado para o IPCA de 2025 voltaram a subir, após a estabilidade vista na semana passada. O aumento nas projeções para a inflação do ano que vem pode influenciar as decisões de política monetária. Além disso, publicamos nosso relatório “Esquenta do Copom ”, no qual discutimos o impacto do cenário atual para a decisão de taxa Selic do Banco Central do Brasil, que acontecerá na quarta-feira. Acreditamos que o Copom precisará atingir uma taxa Selic terminal mais elevada para compensar os efeitos da taxa de câmbio mais depreciada e atividade econômica mais forte.
ECONOMIA: 1. Decreto para retirar da meta fiscal ajuda ao Rio Grande do Sul segue para aprovação do Senado COMMODITIES: 1. Data Expert | XPe Oferta e Demanda de Grãos Brasil 2. Comentário Semanal Agro | Chuvas no RS EMPRESAS: 1. Aura (AURA33): Resultados do 1T24 – Iniciativas de custos que impulsionam melhor desempenho operacional 2. CBA (CBAV3): Resultados do 1T24 – Desempenho positivo de custos sugerindo um sólido 2T24E 3. CCR (CCRO3) – 1T24: Resultado positiva com performance resiliente de rodovias e recuperação dos aeroportos 4. Sala de Espera XP (Parte 3): Prévia de Resultados do 1T24 5. Saúde: Data Expert | ANS Tracker de Março de 2024 6. Rede D’Or (RDOR3) – 1T24: Resultados positivos, praticamente em linha com nossas estimativas 7. Transportes: Avaliando os impactos das fortes chuvas no Sul 8. Vivara (VIVA3): Um 1T24 fraco, mas esperado 9. Guararapes (GUAR3): Resultados sólidos no 1T24 10. Pague Menos (PGMN3): Resultados melhores no 1T24 11. Telecom Brasil: Avaliando o impacto das enchentes no RS nos resultados das telcos 12. TIM (TIMS3): Resultados do 1T24 fortes e em linha com estimativas 13. Allied (ALLD3): Melhorando resultados com lucro acima do esperado no 1Q24 14. Itaú Unibanco (ITUB4) | Quebrando Recordes: Avaliando os fortes números do Itaú | Revisão 1T24 15. Utilities: Impacto do evento climático no Rio Grande do Sul 16. Onda de calor no outono: Entenda as implicações para as ações de varejo 17. AmBev (ABEV3) | Monitor do setor de bebidas; indústria está perdendo momentum? 18. Petróleo, Gás e Petroquímicos| Relativamente abrigados do mau tempo: Avaliando os impactos das enchentes no Rio Grande do Sul 19. Principais notícias dos setoresESTRATÉGIA: 1. Temporada de resultados do 1º trimestre 2024 – o que esperar? 2. XP Short Scout: Monitor de short selling no Brasil – 3/5/2024 RENDA FIXA: 1. Análise (Crédito): JBS S.A. 2. De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa. ALOCAÇÃO & FUNDOS: 1. Principais notíciasESG: 1. Situação no RS alerta sobre a necessidade de planejamento para adaptação climática | Café com ESG, 07/05
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