Mercados devem repercutir dados de emprego dos EUA e falas de Powell...
Quinta-feira, 02 de Maio de 2024Tempo de leitura: 05 minutos
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Resumo do Editor
O mercado deve ser balizado hoje, principalmente, pela melhora pela agência de classificação de risco Moody's da perspectiva de rating da nota de crédito do Brasil de estável para positiva e a fala do presidente do Fed, Jerome Powell, de que pode não haver corte, neste ano, dos juros da maior economia mundial, mas que nova alta da taxa é improvável. O discurso se baseou na expectativa de que levará mais tempo do que se esperava, anteriormente, para que a inflação dos Estados Unidos chegue aos 2% buscados. Por volta das 8h30, os futuros de Nova York operavam em alta: S&P 500 avançava 0,40%, Nasdaq futuro subia 0,92%, e Dow Jones futuro ganhava 0,42%. O PMI industrial da Zona do Euro ficou em 45,7 em abril – menor patamar em quatro meses, mas um pouco acima do esperado. Na Alemanha, o indicador aumentou de 41,9 para 42,5. A OCDE revisou sua estimativa para a expansão do PIB deste ano de 2,9% para 3,1%. Para o crescimento da economia brasileira, a OCDE aumentou a projeção de 1,8% para 1,9%.
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Escândalos corporativos e o valor das companhias
A lista de escândalos corporativos parece interminável: Enron, WorldCom, OGX, Theranos, WeWork, FTX e vários outros no Brasil e no mundo. À primeira vista, esses casos podem parecer exemplos do que acontece quando os administradores buscam exclusivamente maximizar o valor das empresas.
No entanto, ao analisarmos esses casos mais detalhadamente, percebemos que, se o objetivo dos administradores era realmente maximizar a avaliação das empresas, todos eles falharam. Afinal, a maioria dessas empresas faliu ou esteve à beira da falência.
Embora cada escândalo seja único, é possível destacar alguns pontos em comum entre a maioria deles. Primeiramente, a remuneração dos administradores estava vinculada ao desempenho de curto prazo do preço das ações ou dos resultados da companhia, por meio de programas de opção de compra de ações mal elaborados. Isso cria um incentivo para a gestão tentar elevar o preço das ações no dia em que a opção de compra será concedida, sem considerar as consequências.
Melhora de perspectiva de rating do Brasil e fala de Powell de que juros americanos não terão nova alta balizam mercado hoje
O mercado deve ser balizado hoje, principalmente, pela melhora pela agência de classificação de risco Moody's da perspectiva de rating da nota de crédito do Brasil de estável para positiva e a fala do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, de que pode não haver corte, neste ano, dos juros da maior economia mundial, mas que nova alta da taxa é improvável.
O discurso de Powell se baseou na expectativa de que levará mais tempo do que se esperava, anteriormente, para que a inflação dos Estados Unidos chegue aos 2% buscados. Por volta das 8h30, os indicadores futuros de Nova York operavam em alta: S&P 500 avançava 0,40%, Nasdaq futuro subia 0,92%, e Dow Jones futuro ganhava 0,42%.
Na Europa, as bolsas europeias não tinham tendência definida: CAC 40 (Paris) registrava alta de 0,11%, Euro Stoxx 600 tinha ligeira elevação de 0,01%, FTSE 100 (Londres) subia 0,40%, enquanto DAX (Frankfurt) caía 0,63%.
O PMI industrial da Zona do Euro, divulgado hoje, ficou em 45,7 em abril – menor patamar em quatro meses, mas um pouco acima do esperado. Em março, o PMI da região foi de 46,1. Na Alemanha, o indicador passou de 41,9 para 42,5.Quando o PMI está abaixo de 50 significa que as atividades estão em contração.
Nesta quinta-feira, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revisou sua estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano de 2,9% para 3,1% por conta da melhora das expectativas. Para o crescimento da economia brasileira em 2024, a OCDE aumentou a projeção e 1,8% para 1,9%.
Foi justamente a perspectiva mais robusta de avanço do PIB do Brasil, sustentada por reformas estruturantes, que levou a Moody's a melhorar a perspectiva de rating da nota do país. O país está a dois degraus da classificação de grau de investimento pelas trës principais agências: Moody's, Fitch e S&P.
Às 10h, sai o PMI industrial brasileiro do mês passado. No começo da tarde, o Banco Central (BC) divulga o fluxo cambial da semana finalizada em 28 de abril. Após o fechamento, AES, Iguatemi e Marcopolo divulgam os respectivos balanços.
Nos Estados Unidos, o índice de gerentes de compras (PMI) americano referente a abril sai ao meio-dia. Depois do fechamento do mercado, a Apple publicará seu balanço.
Na Ásia, as bolsas fecharam sem direção definida nesta quinta-feira. Enquanto Hong Kong teve valorização expressiva de 2,50%, Tóquio caiu 0,10%, Kospi recuou 0,31%, e Taiwan encolheu 0,85%. Não houve negócios em Xangai por causa de feriado local.
Bolsas de Nova York fecham sem direção única após Fed manter juros dos Estados Unidos
As bolsas de Nova York fecharam, ontem, sem um padrão após a decisão do Fed de manter as taxas de juros de referência dos Estados Unidos no patamar de 5,25% a 5,50% e do pronunciamento de Powell.
Dow Jones subiu 0,23%, para 37.903,29 pontos, S&P 500 caiu 0,34%, para 5.018,39 pontos, e Nasdaq registrou baixa de 0,33%, para 15.605,48 pontos.
Ontem, a B3 não funcionou por conta do feriado do Dia do Trabalho. Na terça-feira, o Ibovespa caiu 1,12%, para 125.924 pontos. No mês, o principal indicador da bolsa brasileira acumulou queda de 1,7%. O dólar teve alta de 1,52%, para R$ 5,1927 e, no mês, avançou 3,54%.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou o aumento da isenção do Imposto de Renda para quem recebe até dois salários mínimos mensais.
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