Investidores seguem de olho na interferência do governo na petroleira e nos rumos dos juros dos Estados Unidos
Quinta-feira, 16 de Maio de 2024Tempo de leitura: 05 minutos
Bom dia, Investidor!
Suno Call
Resumo do Editor
Depois de despencar ontem na B3 por conta da demissão de Jean Paul Prates do cargo de presidente da Petrobras, a companhia continua como o principal ponto de atenção de investidores no mercado doméstico. No começo da manhã, os ADRs caíam mais de 1%. As preocupações com a interferência política do governo na petroleira prosseguem, e há expectativa de que a gestão de Magda Chambriard seja marcada pela aceleração de investimentos da estatal. Por outro lado, os papéis da Petrobras terão como influência positiva a atualização dos valores da primeira parcela de dividendos, que passaram de R$ 0,5501 para R$ 0,5725 por ação a partir das correções da Selic desde de 31 de dezembro. A primeira parcela dos proventos extraordinários foi ajustada de R$ 0,8496 para R$ 0,8841 por ação. Nesta quinta-feira, a FGV divulgou que, depois de três meses de deflação, o IGP-10 teve alta de 1,08% em maio. Lá fora, o indicador mais importante do dia é o de produção industrial dos Estados Unidos. É dia também de dados semanais de pedidos de auxílio-desemprego e de construção de moradias iniciadas em abril. Estão previstos discursos de dirigentes do Fed.
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Benjamin Graham vs. Charlie Munger: quem estava certo?
Benjamin Graham é considerado até os dias atuais o "pai do value investing", tendo sido o primeiro investidor a racionalizar e utilizar-se de conceitos que são bases fundamentais para value investors até os dias atuais como:
A margem de segurança: sempre compre um ativo com um desconto significativo ao valor intrínseco que você estima dele, pois o valor intrínseco é uma estimativa sujeita a erros e, dessa maneira, você diminui em muito os seus riscos.
Ações representam uma parcela de uma empresa real: ao investir há de enxergar as ações como um direito a uma parte de geração de dinheiro de uma companhia no futuro, elas não são papéis especulativos que sobem e descem.
Sr. Mercado: o mercado em certos momentos pode ser irracional, extremamente otimista ou pessimista, assim, Graham fez uma alegoria representando-o como um maníaco-depressivo que te ofereceria preços pelas ações negociadas por ele de acordo ao seu estado emocional.
Graham aplicou esses conceitos no seu fundo de investimentos fundado em 1936, o Graham-Newman fund, o qual atingiu um retorno de aproximadamente...
Radar dos investidores se concentra na Petrobras e em indicadores dos Estados Unidos
Depois de despencar ontem na B3 por conta da demissão de Jean Paul Prates do cargo de presidente da Petrobras, a companhia continua como o principal ponto de atenção de investidores no mercado doméstico. No começo da manhã, os recibos de ações da companhia (ADRs) caíam mais de 1%.
As preocupações com a interferência política do governo na petroleira prosseguem, e há expectativa de que a gestão de Magda Chambriard seja marcada pela aceleração de investimentos da estatal. Prates era considerado "pró-mercado" por algumas alas do governo.
Por outro lado, os papéis da Petrobras terão como influência positiva a atualização dos valores da primeira parcela de dividendos, que passaram de R$ 0,5501 para R$ 0,5725 por ação a partir das correções da Selic desde de 31 de dezembro. Quem detinha papéis da companhia em 25 de abril terá direito a receber o pagamento.
A primeira parcela dos proventos extraordinários foi ajustada de R$ 0,8496 para R$ 0,8841 por ação e vale para a base acionária de 2 de maio.
Nesta quinta-feira, a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou que, depois de três meses de deflação, o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) teve alta de 1,08% em maio. No ano, o indicador acumula valorização de 0,34%. Em 12 meses, houve queda de 1,27%.
Lá fora, o indicador mais importante do dia é o de produção industrial dos Estados Unidos. É dia também de dados semanais de pedidos de auxílio-desemprego e de construção de moradias iniciadas em abril.
Estão previstos discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed). As falas ganham importância depois da divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) americano abaixo da expectativa ter apontado a possibilidade de dois cortes da taxa de juros de referência dos Estados Unidos neste ano.
Por volta das 8h35, os indicadores futuros de Nova York operavam em alta: S&P 500 subia 0,11%, Nasdaq futuro avançava 0,13%, e Dow Jones futuro ganhava 0,06%.
Às 8h26, as bolsas europeias caíam: CAC 40 (Paris) recuava 0,41%, FTSE 100 (Londres) perdia 0,10%, Euro Stoxx 600 registrava baixa de 0,02%, e DAX (Frankfurt) desvalorizava 0,20%.
Apesar do Produto Interno Bruto (PIB) japonês ter caído 0,5%, no primeiro trimestre, o que corresponde à taxa anualizada de 2%, as bolsas asiáticas fecharam com valorização, refletindo os recordes de ontem dos pregões de Wall Street. Tóquio subiu 1,39%, Seul avançou 0,83%, Xangai teve leve ganho de 0,08%, Hong Kong registrou elevação de 1,59%, e Taiwan, alta de 0,74%.
Em Dalian, o minério de ferro disparou 2,56%, para US$ 122,04, devido à avaliação pelo governo da possibilidade de aquisição de casas não comercializadas. No fim da noite, a China vai divulgar sua produção industrial referente ao mês passado.
Petrobras perde quase R$ 35 bilhões em valor de mercado após demissão de Prates
A avaliação do mercado de que a demissão de Prates do cargo de presidente da Petrobras significa mais interferência do governo na companhia resultou na perda de valor de mercado de quase R$ 35 bilhões da maior empresa brasileira no pregão de ontem.
Os papéis preferenciais da Petrobras caíram 6,04%, para R$ 38,40, enquanto as ações ordinárias tiveram retração de 6,78%, para R$ 40,02. A companhia responde por 12,8% do Ibovespa.
Ontem, o principal indicador da B3 teve queda de 0,38%, para 128.027,59 pontos. O dólar fechou com valorização de 0,12%, cotado a R$ 5,1367.
Em Wall Street, os indicadores atingiram patamares recordes, em resposta à desaceleração do aumento do CPI americano para 0,3% em abril. Dow Jones avançou 0,89%, para 39.908 pontos; S&P 500 teve elevação de 1,17%, para 5.308,59 pontos; e Nasdaq subiu 1,40%, para 16.742,39 pontos.
Sucessão de Prates na Petrobras: Veja como será a eleição de Magda Chambriard à presidência da estatal; indicação passará pela análise das áreas de integridade e de recursos humanos, para, em seguida, ser submetida ao comitê de pessoas do conselho. Entenda. Petrobras elege presidente interina: Clarice Coppetti assume o leme da petroleira enquanto comitês internos analisam nome de Magda Chambriard; análise pela governança da companhia em relação à nova CEO deve levar cerca de 15 dias. Saiba mais.
M&A em energia: Auren compra AES Brasil e se torna a terceira maior geradora do país; com a transação, a empresa cresce 2,4 vezes e salta da 13º posição entre as geradoras para a terceira maior empresa do setor de energia elétrica, atrás da Eletrobras e da Engie. Leia mais.
Mudanças na Dasa: Família Bueno coloca mais R$ 1,5 bilhão na companhia, que, segundo fontes, negocia venda de fatia da medicina diagnóstica; transação contempla futuro aumento de capital. Saiba mais.
Última reunião do Copom: Galípolo diz que cogitou votar em corte de 0,25 ponto percentual da Selic, mas havia custo de abandonar o guidance; é necessário mostrar, segundo o diretor de Política Monetária do BC, coerência entre falas e ações. Leia mais.
Novos ativos do VRTM11: Fundo imobiliário avança em proposta detalhada para incorporar OUFF11, OURE11 e FAOE11, expandindo seu portfólio e potencial de valorização. Entenda.
Oferta do VGIR11: Em sua 7ª emissão de cotas, FII quer captar até R$ 300 milhões; valor pode ser ampliado em até 25% caso haja alta demanda por investidores. Leia mais.
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