Caro leitor,
A sessão desta quarta-feira (29) na B3 terminou sem que uma nova âncora fiscal tenha sido apresentada, mas a confiança de que o texto será divulgado antes do fim de semana permitiu que outros temas ganhassem protagonismo.
Fora do Ibovespa, a temporada de balanços falou mais alto —
com a Multi (ex-Multilaser) (MLAS3), Mobly (MBLY3) e a Light (LIGT3) derretendo mais de 20% após apresentarem números considerados fracos e decepcionantes do mercado.
Mas dentro do principal índice da bolsa, foi o cenário macro que deu as cartas — e ele oscilou muito ao longo do dia.
Na frente positiva, o mercado viu com bons olhos a sinalização de que a Petrobras (PETR4) irá concluir a venda de ativos que já estão com contrato assinado ou próximos de um fechamento. Os bons ventos vindos de Wall Street também deram fôlego na reta final das negociações — com os investidores apostando menos em uma eventual crise generalizada do sistema financeiro.
Foi Brasília que serviu como pressão negativa para os ativos locais — não só pela indefinição em torno da âncora fiscal.
No meio do dia, o governo anunciou uma mudança na cobrança do ICMS sobre combustíveis. A partir de junho, a cobrança do tributo será de R$ 1,4527 por litro.
A leitura imediata parece ter sido quase unânime — com muitas casas de análise revisando as suas expectativas de inflação para cima, pressionando a curva de juros.
A bolsa e o câmbio, no entanto, seguiram o caminho do alívio, prevalecendo assim as notícias positivas.
O Ibovespa encerrou o pregão em alta de 0,60%, aos 101.792 pontos, mas, na mínima, ameaçou perder novamente o piso dos 100 mil pontos. O dólar à vista oscilou menos, mas também passou por volatilidade, encerrando em queda de 0,54%, a R$ 5,1353.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta quarta-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.