A semana começa com a crise bancária nos Estados Unidos e na Europa como pano de fundo das bolsas internacionais.
Nenhum novo banco fechou as portas, adiou balanços ou teve mais problemas durante o final de semana, o que já dá certo alívio para o pregão de hoje.
As bolsas no exterior começam a segunda-feira (27) em alta antes dos dados da semana.
Mas, como dizem, as primeiras coisas primeiro. Os investidores locais acompanham a publicação do Boletim Focus hoje, mas de olho na divulgação da ata do Copom, marcada para a próxima terça-feira (28).
O documento trará a visão do Banco Central sobre o futuro dos juros brasileiros após a prévia da inflação vir levemente acima do esperado na última sexta-feira (24).
O cabo de guerra pela política monetária entre o governo federal e a autoridade monetária tem chances de ganhar novos capítulos com a publicação da ata.
Isso porque o BC destacou, em seu último comunicado após a decisão de juros, que a ausência de um arcabouço fiscal é um dos motivos que gera incerteza e exige manter as taxas elevadas.
A divulgação da nova âncora que substituirá o teto de gastos estava marcada para a volta do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva da China, mas a viagem teve de ser adiada devido a um problema de saúde do chefe de Estado brasileiro e não tem nova data para acontecer.
De volta ao cenário internacional, na quarta-feira (29) também ocorre a reunião do Banco Central Europeu (BCE) — desta vez para decidir não sobre os juros, mas sobre o futuro da crise bancária que assola a região da Zona do Euro.
Por fim, na quinta-feira (30) serão conhecidos os dados do PIB do último trimestre de 2022 dos Estados Unidos.
O encolhimento da atividade econômica por lá pode fazer com que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) reveja sua política de juros na próxima reunião.
E na sexta-feira (31), último dia do mês e da semana, serão publicados os números do índice de preços ao consumidor (PCE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, o indicador preferido do Fed para balizar a decisão de juros.
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