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Veja um resumo do quarto dia da Money Week 6ª Edição
Estamos finalizando mais um dia de Money Week, o maior evento da América Latina sobre investimentos.
Perdeu alguma de nossas palestras? Confira a cobertura completa do quartodia do evento, que conta com os maiores nomes do mercado de investimentos.
Acompanhe com a gente!
Investimentos offshore, uma alocação eficiente
Felipe Passaro, gestor de alocação da EQI, e Marcelo Santucci, associate parter responsável pela área de offshore do BTG Pactual, debateram na Money Week sobre a necessidade de o investidor expor seu patrimônio ao mercado externo, para fazer uma correta diversificação de patrimônio.
“Quando a gente olha nossa base de clientes, vemos que existe muito pouca internacionalização. E é muito importante ter diversificação de fronteira. Você pode diversificar entre produtos, mas a diversificação completa e que faz sentido é ter dinheiro em outra fronteira. Se você diversificar só entre produtos brasileiros, a correlação entre os ativos será sempre muito alta”, diz Santucci.
Para ele, ao investir no exterior, o investidor consegue captar o melhor dos dois mundos.
“É possível fazer carteira que combine ativos de renda fixa e renda variável, com retorno dolarizado. É ter acesso a boas estratégias disponíveis lá fora, que proporcionam maior rentabilidade, e ter ainda o carrego da diferença de juros entre Brasil e EUA”, ele explica.
Sobre a atuação dos bancos centrais no enxugamento de liquidez atual, ele enxerga que a situação atual é melhor do que a de 2008, porque tanto empresas quanto famílias estão bem menos endividadas – e o longo período de juros baixos favoreceu tal cenário.
“A crise de 2008 foi traumática, as empresas e as pessoas físicas ficaram com equity negativo. A volatilidade de agora se dá pela incerteza se o banco central vai conseguir desacelerar a inflação com suavidade, sem gerar desemprego. Mas a saúde financeira do sistema está muito melhor”, avalia.
Carolina Chao e Mariana Oiticica, ambas da área de Planejamento Patrimonial do BTG Pactual, falaram sobre o tema na Money Week.
“Planejamento patrimonial é organizar o patrimônio da melhor forma possível, do ponto de vista tributário ou burocrático. É ter os ativos financeiros da forma mais eficiente”, explica Mariana.
O planejamento pode ser feito por qualquer pessoa, tendo ela qualquer quantia de patrimônio. “Eu, por exemplo, tenho 40 anos, dois filhos. Então, eu gostaria de ter a segurança de que, na minha falta, meus filhos tenham recursos para a educação. No meu planejamento, eu faço uma organização para garantir que eles receberão recursos ao longo de todo o período escolar, até a formação”, exemplifica.
Para cada volume de patrimônio e necessidade, ela diz, existe uma estrutura ideal de planejamento, não havendo qualquer tipo de limitação.
Nesta organização, diversos aspectos devem ser levados em conta, como possibilidade de holding patrimonial, previdência, testamento e regime de casamento. As duas especialistas falaram sobre todos estes temas.
Luis Fernando Moran, head da EQI Research, recebeu Oliver Stuenkel, professor de relações internacionais da FGV, para explorar geopolítica e a nova Guerra Fria digital - tema, inclusive, de livro que Stuenkel está terminando de escrever.
“Estamos em um momento de transição. Fizeram com que acreditássemos que era normal, mas na verdade era atípico um mundo globalizado, com empresas tomando decisões sem levar qualquer questão geopolítica em conta. Isso foi possível porque era um tempo sem tensão entre grandes potências, porque só havia uma, os EUA. E os EUA tomaram uma decisão histórica de trazer as outras potências emergentes para seu sistema econômico, ao contrário de toda história humana – que sempre foi sobre uma potência tentando enfraquecer outras potências”, Stuenkel resume.
“Basta pensarmos que as grandes guerras são sempre sobre os EUA tentando conter outras potências que desafiam a hegemonia americana”, complementa.
A apresentadora Bibiana Bolson recebeu Rodrigo Capelo, jornalista esportivo, e Juan Arciniegas, CEO da 777 Partner. Eles falaram sobre SAF, Sociedade Anônima do Futebol.
Sigla para “sociedade anônima do futebol”, a SAF é um modelo jurídico aprovado no ano passado que permite aos clubes entregar a gestão do futebol profissional a um grupo privado. Além da gestão, o grupo controlador assume os ativos (jogadores sob contrato e recebíveis de patrocínios e direitos de TV) e, em troca, serve como garantidor dos passivos (em geral, dívidas de grande porte, muitas delas com vencimentos próximos e taxas altas).
“A estrutura de clube empresa é uma tentativa de que os clubes migrem para uma estrutura empresarial. Majoritamente e no topo da pirâmide - principalmente primeira, segunda e terceira divisões -, os clubes são associações civis sem fins lucrativos. Botafogo e Cruzeiro foram os primeiros a aderir, Vasco está nesse processo. Tem clube que não quer sócio majoritário, querem minoritários, mas em resumo é isso”, explica Capelo.
Para investir, tudo começa pela educação financeira
Stephan Kautz, economista-chefe da EQI Asset, conversou com Cláudio Ferraz, head de economia Brasil do BTG, sobre as perspectivas macroeconômicas do país para este e o próximo ano.
As projeções do BTG são de 7,3% para inflação em 2022, e de 5,5% para 2023.
“A gente revisou para baixo a inflação deste ano, que estava em 10%. Mas, apesar disso, a composição da inflação ainda é bem desfavorável”, diz Ferraz.
“Se houver queda mais intensa de commodities, especialmente de petróleo, pode ter repercussão nas projeções”, pondera.
Um quadro de desaceleração global está se formando, o que deve acomodar o preço de commodities, ele complementa.
Sobre Brasil, especificamente, Ferraz diz que o Banco Central pode até subir um pouco mais os juros, além dos 13,75% ao ano previstos, já que medidas políticas que pressionam a inflação foram tomadas em ano eleitoral.
Para investir, tudo começa pela educação financeira
Hulisses Dias, mais conhecido como Tio Huli, educador financeiro, também marcou presença no quarto dia de Money Week.
Ele falou sobre a relevância da educação financeira, que deveria ser acessada por todos.
“Existe uma síndrome de vira-lata do brasileiro, mas esta percepção de que ninguém quer entender sobre finanças e investimento não é nossa. Acontece no mundo todo”, ele começa ponderando.
E ensina alguns conceitos para quem quer começar:
👉 “Recebeu, primeiro você paga o ‘eu’ do futuro, poupando.
👉 Depois você gasta.
👉 Você tem que criar a disciplina agora, para não sofrer no futuro.
👉 Você precisa encontrar especialistas que possam te ajudar”.
Ao contrário de grande parte dos influenciadores atuais, que prometem fórmulas fáceis e ganhos estratosféricos, Tio Huli segue a linha dos estudos.
“Meu entretenimento é estudar. Quando eu tento falar de uma maneira didática, eu quero ajudar meus alunos a entender o motivo, a fonte do resultado. Eu vou mostrar o resultado do investimento, sim, a recompensa, mas eu quero explicar como cheguei nela. Tenho amigo que me chama de nerd por isso”, revela.