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Veja um resumo do segundo dia da Money Week 6ª Edição
Fechamos com sucesso o segundo dia da Money Week, o maior evento da América Latina sobre investimentos. Mas fique tranquilo: o evento segue até sexta-feira (22).
Até lá, você poderá acompanhar conteúdos incriveis com os maiores nomes do mercado de investimentos sobre o cenário atual e como se preparar para os próximos desafios.
Quer ficar por dentro do que rolou no segundo dia? Acompanhe com a gente!
A volatilidade e as oportunidades no mercado de ações global
O CEO da EQI Asset, Ettore Marchetti, recebeu Eduardo Camara Lopes, CIO da Itaú Asset; e Pino Marco di Segni, sócio na GEO Capital, para falar sobre a volatilidade atual do mercado de ações e onde estão as melhores oportunidades.
Os números das performances dos mercados estão negativos, com S&P caindo próximo de 20%, Nasdaq caindo 30%, com Federal Reserve (Fed), banco central americano, subindo juros em uma velocidade que não era vista desde a década de 1980. Mas até onde vai a subida de juros, quão resiliente será a inflação e como os EUA vão escapar de recessão são as grandes questões.
“A inflação foi o tema dominante no primeiro semestre nos mercados globais. Ela é presente nos EUA, no Brasil, na Europa... Tivemos problemas de cadeia de produção que afetou oferta de produtos com impacto inflacionário, mas 80% do problema veio mesmo dos estímulos fiscais e monetários da pandemia. Os estímulos foram muito agressivos nos últimos dois anos. Todos os bancos centrais estão reagindo agora à inflação e vamos ter que ser forçados a entrar em uma recessão para combater os preços. Tudo foi intensificado ainda mais com a invasão da Ucrânia pela Rússia, com desfecho ainda incerto e pressão sobre as commodities, sobre o petróleo em particular”, resume Eduardo Camara Lopes.
Para ele, é algo muito incomum o que se vê hoje nos Estados Unidos, com ações caindo e títulos de renda fixa (bonds) caindo. “Isso só acontece em cenário de medo de inflação grande o suficiente para impactar o crescimento”, complementa.
No entanto, ele afirma, quando se analisa a expectativa de lucro das empresas, ela não caiu. “Ainda se projeta crescimento saudável dos lucros. E essa é a bola da vez”, aponta.
Pino Marco di Segni é da mesma opinião. Ele conta que, no primeiro trimestre, concentrou o portfolio em ações de valor. Mas que, no segundo, realizou um verdadeiro “garimpo” em empresas de tecnologia, aproveitando o cenário desfavorável para a bolsa, mas favorável para compras.
“Donos” do podcast Market Makers, Thiago Salomão e Renato Santiago, têm a missão de levar para os investidores “sardinhas”, em linguagem simples, os temas complexos que os gestores de fundos lidam no dia-a-dia.
“O trabalho me ajuda na seleção da minha própria carteira, a selecionar os melhores fundos e encontrar as melhores ações”, confessa Salomão.
Santiago concorda e reforça que para o seu perfil, os fundos se mostram mais vantajosos do que as ações: “É melhor entender o gestor e o fundo do que eu mesmo tentar fazer uma gestão ativa. Então, uma das coisas mais importantes é entender a cabeça do gestor. E a gente absorve, aprende e conhece com profundidade o gestor”, afirma Santiago.
“Olhar a rentabilidade histórica, todos os dados estatísticos, todo mundo tem acesso gratuitamente. Mas no final do dia você está dando dinheiro para um cara cuidar dele por você por anos, não por seis meses. Por isso que a entrevista com o gestor é fundamental. Tem o gestor com a ‘cadeira quente’, que de seis em seis meses está numa gestora diferente. Faz sentido eu estar com ele?”, questiona Salomão.
Uma novidade dos Market Makers será uma carteira de ações recomendadas, novidade que em breve será disponibilizada para os seguidores da dupla.
O jogador Danilo Luiz, lateral-direito da Juventus de Turim (Itália) e da Seleção Brasileira, e Erich Beting, jornalista esportivo e fundador da Máquina do Esporte, falaram na Money Week sobre planejamento para carreira e aposentadoria.
Sobre a aposentadoria precoce dos atletas, Betting avalia que os atletas lidam muito cedo com a necessidade de se planejar profissionalmente, já pensando no fim do ciclo. “Aos 20 aos, os atletas têm que se preocupar com o que fará muita diferença para eles aos 60. Ou eles têm uma gestão financeira, ou vão correr muitos riscos”, aponta.
Danilo Luz pondera que os atletas precisam estar preparados, inclusive, para o caso de não atingir metas.
“É preciso ter como objetivo ser um grande jogador, mas é preciso pensar também que o plano pode não dar certo. Eu sempre tive isso muito claro, que teria que ter uma base, um preparo educacional”, afirma Danilo, que revela que aprendeu com os pais a importância de ter uma reserva de emergência.
Dá para conciliar atividade médica e investimentos? O ortopedista e investidor Haroldo Fiorini Junior, fundador do Clube Médico Investidor, foi o convidado da Money Week para falar sobre o tema.
“Logo que formei médico, percebi que muitos colegas continuavam trabalhando em ritmo acelerado, mesmo com idade mais avançada. Conversei com eles e a resposta que obtive foi ‘para manter meu padrão de vida, só com aposentadoria eu não consigo’. E eu perguntava ‘mas você não tem reserva’? E vi que, mesmo ganhando bem, o médico acabava gastando praticamente tudo e não conseguia mesmo manter o padrão de vida. Comecei a investir e pensava em como sair disso. A inspiração veio de um tio que já vinha investindo na bolsa e vinha obtendo bons resultados, isso em 2007. Isso me abriu os olhos e pensei que poderia ser um caminho”, ele conta.
A partir de então, ele passou não só a cuidar dos próprios investimentos, como a estimular os colegas a fazer o mesmo.
“Para quem está começando, o primeiro passo é ter um assessoramento e ir adquirindo conhecimento. Na minha visão, se você decidiu investir, você pode aprender e investir por conta própria, ou ter um bom assessoramento, mas também é preciso estudar nesse caso”, recomenda.
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Helena Margarido, criptoanalista da Monett, comandou um painel na Money Week com Safiri Felix, conselheiro da Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto) e diretor de produtos e parcerias da Transfero, e Luciano Britto, CEO da Rhizom.
O mercado como um todo vive um momento conturbado de enxugamento de liquidez, após os muitos estímulos durante a pandemia. Com as criptomoedas não é diferente. O Bitcoin já caiu quase 80% desde outubro do ano passado e não é só esta criptomoeda que vem caindo. Seria este um inverno cripto? A boa notícia é que, na opinião dos especialistas, o momento ruim é passageiro e o futuro das criptos segue igualmente promissor.
Na opinião de Safiri Felix, apesar do momento conturbado, as teses de investimentos seguem intactas.
“Estamos diante de um cenário mais desafiador. O que tem de diferente desta vez em relação aos ciclos anteriores, é que o mercado como um todo vive um enxugamento de liquidez de estímulos. Mas do ponto de vista estrutural, a tese segue intacta. Nunca vimos tanto desenvolvimento do ponto de vista de protocolo, startups crescendo e conseguindo escalar seus serviços. Acredito que seja temporário e que logo que a situação macro global dê uma arrefecida, o preço volte a se recuperar. Especialmente em 2024, quando a gente tem o halving, com redução de oferta de novas moedas, é provável que a gente tenha uma conjuntura favorável para ter alta novamente” , analisa.
Luciano Britto chama atenção para o fato de que bitcoin não é “um ativo tradável”, mas sim “um ativo acumulativo”. “Se todo mudo acumulasse bitcoin e não tivéssemos tantos traders, teríamos defesa para essa crise de liquidez que estamos passando”, complementa.
“O bitcoin é um presente que a humanidade ganhou para proteção inflacionária ao longo do tempo”, ele salienta. “Atingimos uma máxima perto de US$ 60 mil e uma hora volta para esse patamar. Só não se sabe o quanto ele ainda pode cair”, afirma.
O que as últimas eleições nos ensinaram sobre as preferências do eleitorado
O head da EQI Research Luis Moran e Rafael Favetti, especialista em relações governamentais e direito público, discutiram sobre as perspectivas para as próximas eleições.
Em 2 de outubro, os brasileiros vão às urnas decidir o próximo presidente do país, governadores, 1/3 do Senado e toda a Câmara dos Deputados. O que esperar?
“Desde 2008, vem ocorrendo a introdução da cybercultura, o que mudou o DNA das eleições. A prova no Brasil aconteceu em 2018, quando a campanha em redes sociais superou a campanha tradicional em relevância. O candidato vencedor tinha menos fundo eleitoral, menos tempo de televisão. Foi disruptivo. Em 2020, as mídias tradicionais tiveram novamente mais relevância.
Agora, para 2022, acreditamos que a eleição vai se aproximar mais da eleição de 2018. O eleitor brasileiro, hoje, se informa mais por redes sociais do que pela grande mídia. Mas ainda estamos aprendendo a lidar com isso”, avalia Favetti.
O especialista aponta ainda que o cenário eleitoral tende a sofrer uma revolução em 2030, quando, em sua visão, o Brasil deve passar a contar com apenas 8 partidos, dos mais de 20 existentes hoje.
Em meio a um cenário macro incerto e a alta de juros, o investimento fatorial pode ser uma oportunidade. Para falar dessa nova tendência, Victor Uébe, da EQI Tech, recebeu Fábio Motta, fundador da DAO Capital, durante a Money Week.
Fábio Motta conta que foi estudar, em um mestrado stricto sensu, a metodologia do factoring investing e escreveu sua tese a respeito, já tentando desenvolver um produto. “Depois, chamei o ator Caio Castro, meu colega de sala, para ser meu sócio e um professor para ser diretor de pesquisa. Dei uma guinada na carreira, saindo do modelo convencional de pesquisa e gestão para o mundo sistemático, baseado em fatores”, relembra.
Segundo Motta, uma maneira simples de entender o que é factor investing é a seguinte: “Você identifica fatores que considera relevantes para uma ação e bola um jeito esperto de se expor a eles”, resume.
Motta salienta que não existe uma “receita única” e sim diversas formas de se fazer factor investing. “A gente bolou a nossa forma de fazer, selecionando nossos fatores. Mas existem diversas outras, por exemplo, até mesmo de um único fator”, diz.
Vale dizer ainda que o factor investing é um método de investimento altamente alicerçado em poder de máquina e sofisticados algoritmos computacionais. Logo, além dos analistas, tais fundos exigem uma boa equipe de tecnologia da informação.
Quer saber mais sobre factor investing? Confira o bate-papo na íntegra.