"Somos nós que forjamos as correntes que usamos em nossas vidas"
Charles Dickens, escritor
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Petrobras (PETR4): Petroleiros aprovam indicativo de greve contra privatização. Leia aqui.
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EMPRESAS
Petrobras (PETR4): Petroleiros aprovam indicativo de greve contra privatização
Foto: Getty Images
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) informou neste sábado, 9, que seus 12 sindicatos espalhados pelo país rejeitaram a contraproposta da Petrobras (PETR4) para acordo coletivo de trabalho (ACT) e aprovaram indicativo de greve por tempo indeterminado. Um comunicado oficial será encaminhado na segunda-feira (11) à direção da Petrobras e aos presidentes da Câmara dos Deputados e Senado Federal.
A FUP informou que a data de uma greve ainda deve ser definida pela federação e que o processo está condicionado ao avanço de um processo de privatização da companhia pelo governo do presidente Jair Bolsonaro. Em nota, a FUP fala em greve "caso o governo federal encaminhe ao Congresso Nacional projeto de lei de privatização da Petrobras, como tem sido cogitado desde o ano passado". No fim de maio, o Ministério de Minas e Energia (MME) pediu a inclusão da Petrobras na lista de estudos para privatização. Para tanto, é preciso que o conselho do Programa de Parcerias de Investimento (PPI) ratifique a recomendação e que o presidente Jair Bolsonaro publique decreto nesse sentido.
Rejeição de contra-proposta. Sobre a contraproposta da Petrobras, rejeitada pela categoria, a Fup informou que a companhia propunha reajuste salarial de 5%, "o que equivaleria a menos da metade da inflação do período", além da retirada do plano de saúde do acordo coletivo trabalhista e mudanças relacionadas a banco de horas. Os petroleiros reivindicavam reposição da inflação entre setembro de 2021 e agosto de 2022, além de reposição salarial das perdas dos últimos seis anos entre 2016 a 2021, equivalente a reajuste de 3,8%. Com isso, diz a FUP, a categoria não reivindica aumento real de salário.
Bolsas recuam no aguardo balanços comerciais com lucros reduzidos
Nesta segunda-feira (11) os mercados deram início a uma semana de temores pela recessão dos EUA, com índices futuros de Nova York e bolsas da Europa operando em baixa, no aguardo dos balanços comerciais de algumas das maiores empresas do mercado, que devem reportar lucros menores, comparados aos obtidos no começo da pandemia.
O consenso Refinitiv informou que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de junho — que deve ser divulgado nesta quarta-feira — deve mostrar uma aceleração do aumento dos preços, com alta mensal de 1,1% em junho. Diversos bancos devem divulgar seus resultados na quinta-feira (14), enquanto a publicação dos balanços de empresas como PepsiCo e Delta Air Lines deverá ocorrer entre amanhã e quarta.
Por aqui, o mercado continua de olho na PEC dos Benefícios, que deve custar R$ 41 bilhões ao governo, e deve ser votada amanhã (12) em segundo turno na Câmara. A agenda do mercado para hoje está esvaziada. E por outro lado, o Boletim Focus do Banco Central volta a ser divulgado normalmente. O Ibovespa fechou o pregão de sexta-feira (8) em queda de 0,44%. Em Nova York, o Dow Jones caiu 0,15%, S&P 500 perdeu 0,08% e Nasdaq ganhou 0,12%. Confira os detalhes do pregão aqui.
Preços elevados empurraram mais 71 milhões de pessoas para a pobreza. Foto: Statista
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INTERNACIONAL
Temor de recessão deve afetar lucros de empresas nos Estados Unidos
Foto: Spencer Platt/Getty Images
As empresas de capital aberto nos Estados Unidos devem entregar o menor crescimento de lucros no 2.º trimestre desde o fim de 2020, em meio ao temor de uma recessão à vista. Além de cristalizar o efeito da subida de juros para controlar a disparada de preços no país, os resultados do período podem se tornar um desafio para o desempenho futuro das ações em Wall Street, segundo analistas consultados pelo Estadão/Broadcast.
A temporada de balanços nos Estados Unidos tem início nesta semana, com gigantes do setor financeiro como Citigroup (CTGP34), JPMorgan (JPMC34), Wells Fargo (WFCO34) e Morgan Stanley (MSBR34) revelando seus números do período. Além dos grandes bancos, a PepsiCo (PEPB34), de alimentos e bebidas, também puxa a fila. O lucro das empresas do S&P 500, que reúne as 500 maiores companhias listadas nos EUA, deve apresentar expansão de 4,1% no 2.º trimestre, de acordo com estimativa revisada para baixo da norte-americana FactSet. Antes, a previsão era de alta de 5,9%.
Gasto acima do teto. Este será, então, o menor crescimento de lucros reportado pelo índice desde o quarto trimestre de 2020, quando o avanço registrado foi de 3,8%, e as economias foram impactadas pelas quarentenas implementadas para conter a pandemia da covid-19. "Seis dos 11 setores (do S&P 500) devem relatar crescimento de lucros no trimestre, liderados pelos setores de energia, indústria e commodities", diz o vice-presidente e analista sênior de resultados da FacSet, John Butters. "Mas espera-se que cinco segmentos tenham uma queda nos lucros, puxados pelo setor financeiro."