Dinheirama.com - Artigos do dia

Espere o resultado da busca para ter acesso ao conteúdo desejado
Demora um pouco, mas você terá acesso aos melhores pratos e dicas de saude!

Dinheirama.com - Artigos do dia

Link to Dinheirama

VVAR3: Ações da Via Varejo: entenda as mudanças

Posted: 19 Apr 2022 05:00 AM PDT

VVAR3 VIIA3 Dinheirama

A empresa Via (antiga Via Varejo) está listada na bolsa de valores brasileira (B3) sob o código VIIA3 (antiga VVAR3). Essas ações de alto risco são comercializadas para pessoas interessadas em investir no setor de varejo.

A Via sem dúvida é uma grande companhia do setor varejista, relacionada com as marcas Extra, Casas Bahia e Ponto. No texto de hoje, você confere um pouco mais sobre a empresa e suas ações. Então, boa leitura!

O que é VVAR3?

A Via, empresa do setor de comércio varejista, que vende produtos para o grande público. Além disso, está listada na B3 sob o código VIIA3. No entanto, os códigos VVAR3 e VVAR11 são relacionados à empresa, pois eram utilizados por ela até 2021.

A empresa está no mercado desde 2010, quando se associou às Casas Bahia e ao PontoFrio, controlando o e-commerce do Extra e operando as grandes redes brasileiras Pontofrio, Casas Bahia e Bartira. 

Enquanto a rede Casas Bahia está presente em mais de 20 estados, a rede Ponto Frio possui mais de 250 lojas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Já a fábrica Bartira produz aproximadamente 750 produtos por hora, representando 35% das vendas de móveis da Via.

VVAR3F 

A saber, VIIA3F é o ticker da Via para o mercado fracionário de ações. Até 2021, entretanto, o código usado era VVAR3F.

VVAR3 mudou de nome?

O nome original da empresa era Via Varejo. Contudo, em 2021, a empresa mudou de nome para Via S.A. e seus códigos de negociação na B3 foram alterados de "VVAR3" para "VIIA3". Assim como o ticker, o nome do pregão também foi alterado de "Via Varejo" para "Via".

A mudança da marca, anunciada pela companhia em abril de 2021, tem como objetivo que a empresa vá além do varejo. De fato, essa intenção foi traduzida em mudanças no logo, cores e posicionamento da marca.

Ações Via 

A saber, as ações da Via são negociadas na B3 com as seguintes características:

  • Classificação setorial: consumo cíclico, comércio e eletrodomésticos;
  • Segmento de mercado na B3: Novo Mercado;
  • Ações com Tag Along de 100% ON e free float de 72,4%;
  • O ticker da Via (VIIA3) pode ser negociado na B3;
  • As negociações podem ser feitas por plataformas digitais;
  • A empresa possui ações ordinárias, conhecidas como VIA ON, que dão direito ao voto nas assembleias empresariais;
  • Para comprar ações da Via, o investidor deve abrir conta em uma corretora de valores.

Cotação Via Varejo

VVAR3 VIIA3 - Dinheirama

Como declarar no Imposto de Renda?

Para que você possa declarar suas ações no Imposto de Renda, siga estes passos:

  • Em primeiro lugar, acesse a ficha "Bens e Direitos" e selecione o grupo "03- Participações Societárias";
  • Em seguida, clique no código "01 – Ações (inclusive as listadas em Bolsa)" e informe as ações que você tinha em 31 de dezembro do ano-calendário;
  • Logo depois, em "Discriminação", preencha as seguintes informações: quantidade de ações, valor de aquisição, nome, CNPJ da empresa, a corretora utilizada para a compra e o tipo de ação;
  • Por fim, informe o valor de aquisição das ações no campo "Situação";

Preencha novamente os campos para todas as ações que você possuir na carteira. As informações necessárias para a declaração estão no Informe de Rendimentos fornecido pela corretora e nas notas de corretagem. Caso sua corretora não envie esses documentos, basta solicitá-los.

Ações Via ainda vale a pena?

A Via (VIIA3) é certamente uma das principais empresas que administram e-commerces e redes de varejo. Isso porque a empresa controla marcas bem conceituadas no mercado brasileiro, transmitindo maior confiabilidade para seus acionistas.

Desse modo, a companhia representa uma boa oportunidade para investidores que procuram bons resultados no setor varejista. No entanto, a margem líquida, relacionada à porcentagem de lucro sobre as receitas, demonstra que a Via possui histórico negativo em balanços operacionais.

Assim, antes de escolher a ação que você irá negociar, é importante analisar bem para verificar se o investimento realmente é vantajoso. Isso é importante antes de adquirir uma ação VIIA3 ou de outra empresa atuante na B3. Então, sempre confira os prós e contras deste investimento:

Prós de investir em VIIA3

  • Escala superior à concorrência. Isso representa uma vantagem em um setor que possui margens apertadas e preços competitivos, como o varejo;
  • A empresa tem bom posicionamento para o multicanal, com base em suas quase um mil lojas;
  • A empresa possui grande potencial de margem com escala e mix de produtos;
  • Muito exposta a taxas de juros em queda;
  • Marca valiosa, ou seja, um dos principais fatores para atrair tráfego na web;
  • Expectativas de concorrência mais racional na internet após anos de perdas.

Riscos de investir em VIIA3

  • Deterioração da economia por conta da alta correlação de vendas com a atividade;
  • Elevação das taxas de juros por conta do grande impacto nos ganhos com recebíveis e Crédito Direto ao Consumidor com Interveniência (CDCI);
  • Frustração no capital de giro por conta da volatilidade dos indicadores históricos do ciclo de caixa;
  • Reversão da jurisprudência relacionada à Lei do Bem; 
  • Processos judiciais.

Aluguel de ações

É provável que você já ouvido falar em aluguel de ações, certo? A saber, essa operação é composta por duas partes, sendo um doador e um tomador. Enquanto o doador é o proprietário dos papéis, o tomador é quem pega o empréstimo.

As duas partes fazem um acordo que possui uma garantia, remuneração e prazos específicos. A BM&FBOVESPA é administradora do serviço e contraparte central desse tipo de operação para a segurança dos envolvidos.

Assim como outras ações, as da VIIA3 também podem ser alugadas. Dessa forma, essa pode ser uma boa alternativa para quem ainda está em dúvida quanto à aquisição de ações da Via.

VVAR3 Relação com Investidores (RI)

Conforme dissemos, a Via é a maior empresa brasileira do setor varejista de eletroeletrônicos e móveis. Em 2021, a empresa registrou um lucro de R$ 538 milhões. Além das Casas Bahia, do Ponto e da Bartira, a empresa também controla o banco digital BanQi e a ASAP Log, de logística.  

A Via está listada no Novo Mercado da B3 com o código VIIA3. A companhia foi criada logo após a associação com as Casas Bahia, de propriedade da família Klein, e com o Ponto, pertencente ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3). 

Até junho de 2019, o GPA era seu acionista controlador, com 39,36% de participação. Contudo, durante um leilão de venda das ações, Michel Klein voltou a ser presidente do Conselho de Administração e o acionista de referência da companhia.

Por conta da transferência de controle, a Via pôde focar na integração entre negócios offline e online. Na Black Friday de 2019, a empresa teve R$ 1 bilhão em vendas. Na pandemia, as vendas pela internet passaram de 30% para 70% do faturamento.

VVAR3 dividendos

Confira os dividendos da VIIA3 no 4T21 e no balanço do ano de 2021:

4T212021
EBITDA Ajustado OperacionalR$ 734 MM margem EBITDA 9,0%R$ 2,5 Bi margem EBITDA 8,0%
LUCRO LÍQUIDOOperacional R$ 125 MM margem Líquida 1,5%R$ 538 MM margem Líquida 1,7%

Posição de caixa: R$ 6,7 bilhões.

Conclusão

Em resumo, a Via é uma das maiores empresas de varejo de eletroeletrônicos e móveis do Brasil. Por isso, adquirir ações VIIA3 é uma boa opção para quem quer ter bons resultados ao investir no setor de varejo.

Você pensa em investir em ações VIIA3 (ex VVAR3)? Conte-nos sua opinião sobre as ações da Via nos comentários!

------ Este artigo foi escrito por Redação Dinheirama. Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama

Como ser MEI: seu primeiro passo como empresário

Posted: 18 Apr 2022 06:20 AM PDT

Como ser MEI: Microempreendedor Individual, seu primeiro passo como empresário

Quer saber como ser um MEI? Será que começar a empreender através da formalização como Microempreendedor individual é, de fato, interessante? Confira o básico para tirar sua ideia do papel, mas da maneira certa.

Quem pensa em ser empresário no Brasil, sabe que terá grandes obstáculos pela frente, já que a burocracia pode ser sufocante e os impostos incrivelmente elevados (e de complexa administração). No entanto, ser MEI pode aliviar (bem) essa realidade.

Assim, uma boa opção para pagar menos impostos, enfrentar menos burocracia e ainda assim garantir alguns direitos trabalhistas é formalizar a sua atividade se tornando um Microempreendedor individual. Desse modo, ser MEI é o pontapé para empreender e hoje já são mais de 8 milhões de registros.

Como ser MEI: regras e vantagens

Se você deseja se tornar um Microempreendedor individual, deve seguir algumas regras:

  • Em primeiro lugar, ter uma renda de no máximo R$ 81 mil por ano;
  • Além disso, não pode ter participação em nenhuma outra empresa;
  • Por fim, só pode contratar no máximo um empregado;

Seguindo apenas essas três pequenas regras, qualquer pessoa pode abrir a sua própria empresa, sem nenhuma grande burocracia e nem tempo perdido.

Impostos para MEI

A saber, os impostos para o MEI são especiais. Além de um valor baixo, ele é fixo. Ou seja, você pode colocar no seu controle de gastos e não tem surpresas ao final do mês.

Para ser um MEI, você deve pagar a contribuição mensal (DAS) em dia. O DAS é o Documento de Arrecadação do Simples Nacional, ou seja, é como você, empresário, vai recolher os impostos.

Ao pagar o DAS, você paga R$ 5 de ISS (se a atividade for serviço), R$ 1 de ICMS (se for comércio ou indústria) e 5% do salário mínimo para o INSS. O valor mensal fica entre R$ 49,90 e R$ 55,90, dependendo do tipo de empresa.

O pagamento do DAS pode ser feito por meio de:

  • Débito automático: o valor é descontado automaticamente da conta corrente do empreendedor;
  • Pagamento online: o pagamento é feito por meio de serviços bancários online, com o valor sendo debitado da conta corrente do usuário;
  • Boleto bancário: o boleto deve ser impresso pelo próprio empreendedor, providenciando o pagamento em bancos ou casas lotéricas.

Prazo para pagamento: todo dia 20 de cada mês. Se o vencimento cair em um final de semana ou em algum feriado, o pagamento pode ficar para o próximo dia útil. Contudo, há multa diária por atraso.

Ouça: DinheiramaCast – Diminui desemprego, aumenta informalidade

Vantagens do Microempreendedor individual

Além do cadastro para ser um Microempreendedor individual ser muito rápido e fácil de ser feito, essa modalidade tem algumas outras vantagens claras, como:

  • Ter um CNPJ próprio, o que permite a sua empresa retirar empréstimos com mais facilidade e emitir notas fiscais;
  • Poder vender para o governo;
  • Ter baixos custos mensais com impostos;
  • Poder receber apoio técnico do SEBRAE;
  • Ter acesso a direitos e benefícios previdenciários, como aposentadoria por idade, aposentadoria por invalidez, auxílio-doença, salário-maternidade e pensão por morte (para a família).

Como ser MEI: o que fazer para começar

Se você ficou animado e quer ser MEI, então basta fazer um cadastro no site do Portal do Empreendedor, informando alguns dados para se formalizar.

Assim que o registro no site for verificado, você já obtém o seu CNPJ e passa a estar formalizado. A partir deste ponto você poderá abrir conta em banco no nome da empresa, além de ter seus direitos garantidos a partir do pagamento da primeira taxa mensal.

Ser MEI é o primeiro passo para se tornar um empresário de sucesso. O MEI é a realização do sonho de abrir a própria empresa, podendo emitir nota fiscal, ter conta em banco, contrair empréstimos e por aí vai. Se o negócio crescer além dos R$ 81 mil, parabéns, hora de mudar a configuração do negócio também.

------ Este artigo foi escrito por Conrado Navarro. Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama

76% dos moradores das favelas querem ter um negócio próprio

Posted: 15 Apr 2022 02:00 PM PDT

negócio próprio - Dinheirama

A maior parte dos 17,1 milhões de moradores de favela no Brasil tem, tinha ou quer ter um negócio próprio. O dado faz parte de uma pesquisa do Data Favela que foi apresentada nesta sexta-feira (15/04), na primeira edição da Expo Favela.

De acordo com o levantamento, 76% dos moradores de favela se enquadram nessa característica e 50% deles se consideram empreendedores. Além disso, quatro em cada dez moradores de comunidades (41%) têm um negócio próprio. "Isso mostra uma oportunidade gigantesca", disse Renato Meirelles, fundador do Data Favela, em entrevista à Agência Brasil.

"A favela, historicamente, foi estigmatizada pelo asfalto e pela falta de políticas públicas. Mas o que vimos é que, em vez de lamentar, os moradores das favelas estão empreendendo. Ou seja, estão chamando para si a responsabilidade de suas vidas", acrescentou.

Informalidade no negócio próprio

No entanto, ter um empreendimento não é fácil para quem vive em uma comunidade. Um problema apresentado pela pesquisa, por exemplo, é que apenas 37% dos empreendedores com negócio próprio tem CNPJ.

"O Estado não está na favela. Então, para você conseguir um CNPJ, você tem que sair da favela. Você tem que enfrentar, por maior que tenha sido o modelo do Simples, uma série de dificuldades com documentos. Quando você abre um negócio, a primeira coisa que você encontra não é uma oportunidade de crédito, mas um fiscal na sua porta", disse Meirelles.

A principal dificuldade relatada por quem pretende abrir um negócio próprio em uma comunidade é, sem dúvida, a falta de investimento.

"A pesquisa deixou claro que falta financiamento, falta grana, falta crédito. Os bancos hoje não oferecem crédito de acordo com a necessidade da favela. Também falta conhecimento de conseguir expandir o seu negócio através da tecnologia, por mais que hoje nove em cada dez moradores da favela tenham acesso à internet", falou Meirelles.

Aprender a empreender

"Uma coisa é você querer ter o negócio, outra coisa é você ter o negócio e outra é saber gerir o seu negócio. O que achamos é que a favela precisa de uma escola de negócios", disse Celso Athayde, fundador da Central Única das Favelas (Cufa). Ele também é CEO da Favela Holding e idealizador da Expo Favela.

"O que falta na prática é conhecimento. Minha mãe morreu sendo empreendedora sem saber que era empreendedora. Nem essa linguagem de empreendedor a gente usa na favela. A gente fala que a gente se vira, que a gente dá o nosso pulo, faz o nosso corre. Falamos por códigos. E agora a gente precisa também falar não só o favelês, mas o asfaltês. E, nesse sentido, precisamos mudar essa narrativa e desenvolver novas formas de expressão para sermos reconhecidos pelo asfalto e a favela passar desse momento para um outro momento", acrescentou.

De acordo com o pesquisador e fundador do Data Favela, as comunidades brasileiras oferecem muitas oportunidades de negócios, principalmente no setor de economia criativa.

"Você tem um potencial grande na economia criativa, que são os designers, são as agências de comunicação, são os influenciadores digitais que dentro da favela começam a vender para o mundo. Você tem aquele cara que faz boné ou camiseta, que durante a pandemia começou a vender para fora da favela. Tem aquelas doceiras que se cadastraram no iFood, e que conseguiram transformar o seu pequeno negócio, num negócio que fazia buffet para fora da favela", citou.

Expo Favela

Para que pudesse atrair investidores para esses negócios que surgem nas favelas brasileiras, Celso Athayde criou a Expo Favela. "Sempre sou convidado pelo asfalto para poder ir para o evento dele. Mas agora estou convidando o asfalto para vir no nosso evento. Aqui é um momento em que não estamos fazendo um evento de favela para favela. Mas fazendo um evento pela favela, com a participação também do asfalto", disse ele.

Participando da Expo Favela como expositora, a artesã e mobilizadora social Marisa Rufino, 48 anos, viu uma grande oportunidade na feira. Representando um grupo de 20 pessoas, ela saiu de Araxá (MG) para apresentar as bonitas toalhas e outros produtos que ela e seu grupo confeccionam.

"Saímos de Araxá com o intuito de conhecimento, de conhecer pequenos negócios como o nosso. Estou representando mais de 20 pessoas nesse momento. E essa experiência que vou levar será de grande importância para cada uma delas mexer no seu produto", disse ela, em entrevista à reportagem da Agência Brasil.

"É a primeira feira que a gente participa. Temos um produto bom, que precisa ser melhor visto. Esse resgate do artesanato, do feito à mão, tem que vir em alta também. E acho que a feira dá esse impulsionamento para nós, como empreendedoras. Meu pequeno serviço pode se tornar grande a partir do momento em que trabalho com a comunidade", falou.

Negócio próprio das comunidades

Já Valcineide Santana, 37 anos, moradora da comunidade quilombola Fazenda Cangula, de Alagoinhas, no interior da Bahia, veio à Expo Favela para apresentar o projeto Farmácia Verde.

"Atualmente temos 10 mulheres incluídas nesse projeto. O objetivo é resgatar a cultura do povo negro. Quando surgiu, em 2017, houve o objetivo de resgatar a cultura com o uso das plantas medicinais. Hoje produzimos sabonetes medicinais, que tem fim terapêutico", explicou ela.

"Nosso maior objetivo [ao participar do evento] é mostrar que lá no interior da Bahia, numa comunidade quilombola, tem um grupo de mulheres que trabalha com as plantas, que usa o recurso natural dentro da comunidade para criar um produto que beneficia várias pessoas. Queremos mostrar o nosso potencial e conseguir investidores para outros objetivos que queremos, como a construção do nosso laboratório", disse ela.

O laboratório, explicou Valcineide, é a maior necessidade da comunidade nesse momento. Ele serviria para o trabalho com uma linha de medicamentos naturais.

"Mas hoje não estamos comercializando esse produto porque sabemos que tem toda essa burocracia brasileira, principalmente com o pequeno negócio. E hoje precisamos de um laboratório e um químico ou farmacêutico para assinar esses medicamentos para que então possamos comercializá-los", disse.

Além do artesanato e dos sabonetes medicinais, muitos outros produtos estão sendo apresentados na feira da Expo Favela, evento que teve início hoje (15) e segue até domingo. O evento promove também shows, palestras, exposições e rodadas de negócios. Mais informações podem ser obtidas no site.

------ Este artigo foi escrito por Redação Dinheirama. Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama

Governo propõe salário mínimo de R$1.294 em 2023

Posted: 14 Apr 2022 05:30 PM PDT

salário mínimo - Dinheirama

Se tem um assunto que certamente causa polêmica tanto pela importância quanto pela diferença que faz na vida das pessoas, é o salário mínimo. A saber, ele é considerado o valor-base de remuneração dos trabalhadores brasileiros, assalariados, aposentados e pensionistas. Por isso, merece atenção.

Além disso, profissionais com carteira assinada, que atuam no regime CLT, são diretamente influenciados pelas mudanças nos valores do salário mínimo.

salário mínimo - Dinheirama
Crédito: Creative Commons

O que é salário mínimo?

Conforme o nome já diz, o salário mínimo é o menor pagamento possível que uma empresa pode oferecer a um funcionário.

O valor do mínimo é estabelecido por lei e, dessa forma, é reavaliado anualmente. Esse reajuste é de acordo com a perda do poder de compra da população.

Assim, a mudança no custo de vida do brasileiro ocasionada pela inflação é geralmente reposta pela atualização do salário uma vez por ano.

O salário mínimo surgiu no Brasil em 1936, no momento em que foi promulgada a Lei 185 por Getúlio Vargas. Entretanto, um decreto posterior, de 1938, regulamentou e fixou os valores do mínimo.

A lei e o decreto traziam uma tabela de salário com vigência de três anos. Então, em 1943, reajustes começaram a ser concedidos.

O movimento se deu porque na época existiam 14 salários mínimos distintos. Sem dúvida, eles apresentavam diferenças significativas entre cidades e regiões.

O Rio de Janeiro, que era então a capital do país, pagava até três vezes mais que cidades do Nordeste, por exemplo.

No entanto, o salário mínimo nos moldes que conhecemos hoje (ou quase) surgiu mesmo em 1984, com uma unificação melhor coordenada.

Qual é o valor do salário mínimo?

Atualmente, o salário mínimo de fato em vigor é de R$ 1.212. Ele foi estabelecido conforme a Medida Provisória 1.091, de 30 de dezembro de 2021.

Assim, o valor fixado tem validade para os salários mínimos pagos desde o primeiro dia de janeiro deste ano.

Para 2023, o salário mínimo deverá ser de R$ 1.294, sem aumento acima da inflação. O reajuste consta do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2023, enviado dia 14/04 ao Congresso Nacional.

O projeto também apresentou previsões de R$ 1.337 para o salário mínimo em 2024 e de R$ 1.378 para 2025. As projeções são preliminares e serão revistas no PLDO dos próximos anos.

Quando o salário mínimo vai aumentar?

As discussões para mudança do salário mínimo geralmente acontecem nos últimos meses do ano. Ou seja, quando os índices de inflação são analisados considerando o período de 12 meses.

Desse modo, o Presidente da República costuma editar uma Medida Provisória. Em seguida, ela passa a ser apreciada pelo poder Legislativo.

Ocorrem então discussões quanto ao índice de revisão utilizado, para só depois se chegar a um consenso sobre o percentual a ser corrigido.

Nesse sentido, os índices mais usados para isso costumam ser:

  • Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC);
  • IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
Como guardar dinheiro - Dinheirama
Foto: USP Imagens

Como funciona o salário mínimo?

O salário mínimo deveria ser capaz de representar o que se convenciona chamar de padrão de vida mínimo de um cidadão.

Nesse sentido, o salário precisa acompanhar pelo menos a alta dos preços, conhecida como inflação.

Mas, no Brasil, a inflação costuma ser medida através de diferentes índices e metodologias. Portanto, sempre há polêmica sobre a real revisão salarial dos trabalhadores.

Cabe frisar também que, diante de situações específicas, o governo pode aumentar acima da inflação ou congelar os salários.

Muitas pessoas questionam o real padrão de vida mínimo dos brasileiros. Dessa forma, existem órgãos que analisam esta questão com profundidade.

Uma destas entidades é o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

De acordo com o Dieese, em novembro de 2021, o salário mínimo deveria ter sido de R$ 5.969,17. 

Isso quer dizer que esse era o valor necessário para que uma família tivesse um padrão de vida considerado confortável.

Conforme a metodologia do departamento, considera-se uma família de quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças.

Como é calculado o mínimo?

Em 2015, conforme entrou em vigor a Lei 13.152, o cálculo do salário mínimo passou a considerar duas variáveis:

  • Em primeiro lugar, o crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) do ano retrasado ao que será feito o reajuste;
  • Assim como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado daquele ano.

No entanto, se o PIB for negativo, ele é considerado zero para efeitos de soma com o INPC.

Desde 2020, o reajuste passou a seguir apenas a reposição do INPC, por causa da Constituição, que determina a manutenção do poder de compra do salário mínimo. Segundo o Ministério da Economia, cada aumento de R$ 1 no salário mínimo tem impacto de aproximadamente R$ 389,8 milhões no orçamento.

Isso porque os benefícios da Previdência Social, o abono salarial, o seguro-desemprego, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e diversos gastos são atrelados à variação do mínimo.

salário mínimo - Dinheirama
Crédito: Creative Commons

Tabela salário mínimo

Confira a tabela abaixo para que você possa verificar o salário mínimo vigente desde 1994 até hoje:

AnoValor% de aumento
2021R$ 1.100,005,26%
2020R$ 1.045,000,58%
2019R$ 998,004,11%
2018R$ 954,001,81%
2017R$ 937,006,48%
2016R$ 880,0011,68%
2015R$ 788,008,84%
2014R$ 724,006,78%
2013R$ 678,009%
2012R$ 622,0014,13%
2011R$ 545,000,93%
2010R$ 510,009,68%
2009R$ 465,0012,05%
2008R$ 415,009,21%
2007R$ 380,008,57%
2006R$ 350,0016,67%
2005R$ 300,0015,38%
2004R$ 260,008,33%
2003R$ 240,0020%
2002R$ 200,0011,11%
2001R$ 180,0019,21%
2000R$ 151,0011,03%
1999R$ 136,004,62%
1998R$ 130,008,33%
1997R$ 120,007,14%
1996R$ 112,0012%
1995R$ 100,0042,86%
1994R$ 70,008,04%

Conclusão

O salário mínimo é de fato um tema delicado e que requer cuidado. Isso porque sempre haverá polêmica em torno do seu valor e dos reajustes aplicados anualmente.

A discussão, no entanto, é saudável e precisa ser realizada. O aprendizado decorrente do entendimento da questão certamente criará uma nação mais consciente e democrática.

Por fim, lembre-se de que o valor do salário mínimo costuma ser atualizado com base na inflação. Assim, ele garante o poder de compra de um ano para o outro.

Por isso, muitas negociações também acontecem através de entidades patronais e sindicatos com base no mínimo. Principalmente no caso de profissões regulamentadas e bem estruturadas.

------ Este artigo foi escrito por Redação Dinheirama. Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama

Propaganda