O Copom decidiu hoje aumentar a Selic pela sétima vez seguida. De 14,75%, fomos para 15% ao ano, a taxa mais alta desde julho de 2006. Sinalizou que deve deixá-la nesse patamar por um tempo pra ver como fica. Sobre as especulações de quando vai começar a cair, recomendo a leitura de coluna de Raquel Landim aqui. Vinicius Torres Freire estima para o "dia de São Nunca, à tarde". Numa curta reportagem analítica, Amanda Klein ouve a impressão de vários agentes do mercado e, em certo trecho, comenta: "Enquanto o governo perde credibilidade, o Banco Central trabalha para manter a dele". Dá pra argumentar que a razão da queda de credibilidade do governo está na política. Numa relação em que está enfraquecido ante o Congresso, o Executivo vem tomando uma série de derrotas nas propostas para lidar com os problemas fiscais. O único remédio encontrado até agora é a liberação de verbas de emendas, o que, por si só, não combina muito com equilíbrio das contas. E a política agora parece que vem morder as canelas de Gabriel Galípolo, que vinha sendo poupado pelos governistas, ao contrário de seu antecessor, Campos Neto. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, já vociferou contra os juros nas redes sociais. "Parece que o PT vai eleger um novo bode expiatório", diz a colunista. |