Mercados atentos à reunião de Lula com estatais e à ata do Fed, enquanto Jackson Hole segue no radar.
Quarta-feira, 20 de agosto de 2025Tempo de leitura: 05 minutos
Bom dia, Investidor!
Suno Call
Resumo do Editor
Nesta quarta-feira, os mercados acompanham a reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com ministros e presidentes de estatais. No exterior, a atenção se volta para a divulgação da ata do Federal Reserve e para o simpósio de Jackson Hole, que começa amanhã, com investidores buscando sinais sobre cortes de juros nos EUA. Na Europa, bolsas operam mistas após liquidação de tecnologia em Wall Street e inflação acima do esperado no Reino Unido.
A única pessoa que você está destinado a se tornar é a pessoa que você decide ser
Ralph Waldo Emerson, filósofo norte-americano
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SUNO CALL #1870
A importância das táticas flexíveis
Muitos investidores gostam de enquadrar Warren Buffett em categorias fixas, como se ele tivesse evoluído de alguém que só comprava ações baratas (as famosas cigar butts) para um investidor exclusivamente voltado a negócios de altíssima qualidade. O fundador e gestor de portfólio da Saber Capital Management, John Huber, no entanto, contesta essa narrativa. Para ele, a verdadeira constante na trajetória de Buffett não foi uma mudança de estilo, mas sim sua habilidade notável de manter a flexibilidade estratégica, sempre buscando valor.
Buffett nunca abandonou as cigar butts, nem passou a rejeitar as barganhas. Ao longo de décadas, demonstrou uma abertura admirável para investir em diferentes tipos de ativos, desde que o valor fosse claro e compreensível. Nos anos 1950, comprou tanto cigar butts quanto a então promissora GEICO...
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reúne-se nesta quarta-feira (20) com ministros e presidentes da Petrobras, do BNDES e do Banco do Brasil, em encontro previsto para 9h30. O ministro da Fazenda também terá participação relevante, em dia de foco nos rumos da política econômica do governo.
No exterior, investidores aguardam a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve, que decidiu manter os juros, mas registrou dissidências internas.
A expectativa maior, no entanto, recai sobre o simpósio de Jackson Hole, que começa amanhã e terá, na sexta-feira, o discurso do chair Jerome Powell. Os analistas precificam quase totalmente um corte de juros em setembro.
Ainda no campo geopolítico, permanece a incerteza sobre um possível acordo para encerrar a guerra na Ucrânia.
Bolsas da Ásia Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam sem direção única nesta quarta-feira, pressionados pela queda de 2,6% das exportações japonesas em julho – maior recuo em mais de quatro anos.
Shanghai SE (China): +1,04%
Nikkei (Japão): -1,51%
Hang Seng (Hong Kong): +0,17%
Nifty 50 (Índia): +0,21%
ASX 200 (Austrália): +0,25%
Bolsas da Europa Os mercados europeus operam mistos, acompanhando a liquidação recente das ações de tecnologia em Wall Street. Analistas apontam influência do cenário global de aversão a risco e da maior interferência do presidente Donald Trump sobre o setor. Os índices também reagem à inflação do Reino Unido, que acelerou para 3,8% em julho, acima do esperado.
STOXX 600: +0,14%
DAX (Alemanha): -0,38%
FTSE 100 (Reino Unido): +0,27%
CAC 40 (França): +0,02%
FTSE MIB (Itália): -0,20%
Ibovespa cai 2,10%, e dólar sobe pelo segundo dia seguido
Após fechar em alta na segunda-feira, o Ibovespa recuou 2,10% na sessão de ontem, aos 134.432 pontos – a maior queda diária desde abril. O movimento refletiu principalmente o ambiente externo e as tarifas impostas pelo governo Trump.
No pregão, frigoríficos se destacaram entre as poucas altas: Minerva (BEEF3) avançou 2,93% e Marfrig (MRFG3) ganhou 0,17%, apoiadas pela alta da carne nos EUA.
Já Vale (VALE3) oscilou e fechou praticamente estável (+0,08%), pressionada pela queda do minério na China. Também subiram Suzano (SUZB3), com 0,78%, e Hypera (HYPE3), com 0,48%.
O dólar comercial subiu 1,19%, na segunda alta seguida contra o real, acompanhando o fortalecimento global da moeda americana. O índice DXY avançou 0,10%, para 98,27 pontos.
Para ficar de olho 👀
Dividendos acima do CDI: O Fiagro AAZQ11 registrou no mês de julho um resultado de R$ 2,97 milhões. No mesmo mês, o fundo distribuiu R$ 0,10 por cota, o que corresponde a um dividend yield de 1,28% ao mês. Leia mais.
Juros e tarifas afetam Ibovespa: O Ibovespa encerrou julho com perdas de 4,17%, o maior tombo desde dezembro. Num mês dominado pelo risco de escalada da guerra comercial entre Brasil e Estados Unidos, não havia muito espaço para otimismo. Entenda.
Preço-alvo de VALE3: O Itaú BBA divulgou um novo relatório com projeções para as ações da Vale (VALE3), após os resultados do segundo trimestre de 2025. A casa manteve a classificação outperform para os papéis. Saiba mais.
FIIs e inflação: Especialistas apontam fundamentos consistentes para os fundos imobiliários, estratégicos na proteção contra inflação, com a expectativa de que a redução da Selic pelo Banco Central possa ser o gatilho da recuperação. Leia mais.
RBRF11 e RBRX11: Os investidores dos fundos imobiliários RBRF11 e RBRX11 foram convocados para decidir, em Assembleias Gerais Extraordinárias (AGE), sobre a proposta de consolidação dos dois veículos. Saiba mais.
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